Dead Island (PC, PS3, X360) Preview: O paraíso se transforma em inferno
Dead Island é um game que foi anunciado em 2007, quase foi engavetado por falta de distribuidora e se manteve quietinho por muito tempo. Quando enfim resolveu se mostrar ao mundo, o game surpreendeu a todos com um belíssimo trailer que mostrava o drama de uma família em férias em uma ilha paradisíaca repleta de zumbis.
Passado o hype do trailer – que é espetacular, mas é todo em CG – devemos analisar com calma o real potencial de Dead Island. Será que a nem tão famosa Techland vai honrar o hype criado, e oferecer um game que seja tão surpreendente quanto o trailer?
Vamos aos fatos: a trama do game se passa no Royal Palms Resort, um luxuoso complexo hoteleiro apinhado de turistas, que fica na ilha de Banoi. O que era uma viagem de sonho acaba se tornando um horrível pesadelo, quando uma epidemia zumbi se alastra pelo local, transformando turistas e trabalhadores em mortos-vivos sedentos por sangue.
O que causou esta tragédia na ilha? Ninguém sabe. Caberá ao jogador desvendar os mistério da ilha de Banoi, enquanto luta para se manter vivo e salvar quantos sobreviventes puder, em um game que é rotulado pela empresa como um “first-person zombie-slasher/action-RPG”.
Se você viu o fantástico trailer do game, deve, antes de mais nada, esquecer aquela família: você não poderá jogar com nenhum daqueles personagens. A versão final do game deve contar com novos personagens, e até agora as imagens divulgadas nos apresentaram dois deles: uma mulher, de nome ainda não divulgado, e Sam B, um rapper que ia se apresentar na ilha, antes de o lugar se tornar uma filial do inferno.
Cada personagem de Dead Island terá seus respectivos pontos fortes e fracos, o que tornará a jogabilidade um pouco diferente entre eles. Um cara fortão obviamente vai bater mais forte, mas será mais devagar do que uma moça magrinha, o que deixa cada um com uma vantagem distinta na luta pela sobrevivência.
Na evolução dos personagens, Dead Island segue um estilo RPG, com upgrades e habilidades que podem ser destravados com a utilização de pontos de experiência. Com este recurso, você poderá otimizar a energia, a velocidade e várias outras características de seu personagem.
Além de árvores de evolução distintas, cada personagem deve ter ainda algum tipo de habilidade especial única. Um dos personagens já apresentados pode entrar em uma espécie de berserk, que deixa seus golpes momentaneamente mais poderosos, permitindo que ele dê cabo da zumbizada com as mãos nuas.
Embora seja um game típico de zumbis, com todo o fator violência que o gênero demanda, Dead Island deve ser jogado de maneira estratégica. Tenha em mente que você é um turista, não um soldado super equipado. Logo, escapar de um confronto pode ser uma boa opção para garantir a integridade do seu cérebro.
Se você acabar tendo de sair no braço com um zumbi, fique esperto, pois uma postura de luta evasiva, que mantenha distância e se baseie em contra-ataques, certamente será bem mais eficiente do que um mano a mano direto.
Caso você seja agarrado por um zumbi faminto, não se desespere, pois ainda não é o fim. Neste momento de tensão, você poderá se livrar das dentadas utilizando alguns comandos específicos de esquiva e contra-ataque.
Bom, mas claro que nem só de matança de zumbis se faz um bom game de terror: o gameplay de Dead Island envolverá muita coisa além dos combates, com missões de resgate e escolta de sobreviventes, e a busca por safehouses, locais seguros onde os não infectados podem dar uma respirada entre um susto e outro.
A Techland promete um amplo arco de desenvolvimento dos personagens, e afirma que o jogo terá cerca de 30 horas de duração. Dado o tamanho do mapa e o tempo de jogo, é fácil deduzir que a produtora está colocando muitas sidequests e eventos opcionais para desenvolver o roteiro e testar a perícia e as capacidades de sobrevivência dos jogadores.
Um dos fatores que mais vem recebendo a atenção da mídia são as armas do game. Ou melhor, a falta de armas. Independente do seu personagem, você é basicamente um turista em uma ilha paradisíaca, não um guerrilheiro preparado para uma situação de combate.
Partindo deste princípio, você terá que se virar com o que tiver à mão na hora de enfrentar os zumbis. Muitos objetos banais que estiverem pelos cenários poderão ser usados como armas. Extintores de incêndio, facas de cozinha, canos de ferro, garrafas de bebidas: tudo em Dead Island é uma arma em potencial.
Logicamente, tais objetos vão sofrer desgaste e acabar se quebrando, o que aumenta o esquema tático de sobrevivência do game. Sair batendo em todo zumbi que aparecer pela frente rende experiência, mas pode te deixar desarmado em um momento de dificuldade. E ficar desarmado nesta ilha definitivamente não é uma boa ideia.
Seguindo um esquema semelhante ao do game Fallout, em Dead Island será possível juntar equipamentos diferentes para criar armas mais poderosas. Pelo que foi visto até agora, pode-se criar desde coquetéis molotov até machetes eletrificados, armas que devem facilitar um pouco a vida dos sobreviventes.
Algumas armas de fogo também poderão ser encontradas na ilha, mas elas serão bem raras. E se por ventura você topar com uma em seu caminho, poupe a munição o máximo que puder, pois não vão haver cartuchos dando sopa dentro de caixotes ou gavetas. Lembre-se: você está de férias em um resort paradisíaco, não em um arsenal do exército!
Baseado em tudo que foi dito aqui, nosso veredicto é: estamos loucos para jogar Dead Island e constatar se o game vai mesmo entregar tudo o que promete! Infelizmente, uma data de lançamento ainda não foi oficializada, mas o game deve sair ainda este ano, com versões para PC, Playstation 3 e Xbox 360.
Enquanto espera por este título promissor, você pode conferir o nosso top 10: melhores jogos de zumbis de todos os tempos, para já ir entrando no clima do que vem por aí!
Este preview foi publicado originalmente na edição 23 da Revista Arkade.