Hacker do Team Xecutor terá de pagar parte de seu salário “para sempre” para a Nintendo em indenização
Gary Bowser, o chamado hacker do Team Xecutor que havia sido preso após acusação de hackear o Nintendo Switch e permitir que o console rodasse games piratas, foi solto, mas terá de pagar parte de seus ganhos para a Nintendo pelo resto de sua vida. Ele havia sido condenado a três anos de prisão, mais 14,5 milhões de dólares de indenização.
Foi feito um acordo com a Nintendo, no valor de US$ 10 milhões, mais uma multa dos EUA, de US$ 4,5 milhões, somando os US$ 14,5 milhões mencionados.
A liberdade cantou, mas a Nintendo não perdoou a conta. Sobre a prisão, o cidadão canadense, que estava preso em uma prisão federal dos EUA, saiu antes por bom comportamento, e poderá retornar ao seu país de origem. A multa também não será paga, pois Bowser estará no Canadá.
Mas a Nintendo, essa seguirá lhe mandando cobranças pelo resto da vida. Isso acontece porque a Big N fez um acordo com o hacker, onde a companhia poderá levar de 25% a 30% de sua renda mensal, durante toda a sua vida, enquanto puder trabalhar. Até o momento, foi pago US$ 175, através de trabalhos feitos na prisão em que estava, no Centro de Detenção Federal SeaTac, em Washington.
A Nintendo sabe que Bowser não conseguirá pagar toda a dívida, ao menos se seguir trabalhando normalmente pelos próximos anos, mas seus advogados explicam que tal situação serve como “mensagem” para todos os outros hackers que atuam com seus consoles:
“Este é um momento muito importante para nós. É a dinâmica de compra de videogames que mantém a Nintendo e seu ecossistema, e é a venda de jogos que trazem alegria às pessoas. É por essa razão que fazemos tudo ao nosso alcance para evitar que os jogos dos sistemas da Nintendo sejam roubados”.
Bowser se defendeu na época das acusações, dizendo que era um vendedor para a Team Xecuter, e que mantinha um site onde frequentemente vendia seus produtos, conseguindo uma renda entre US$ 500 a US$ 1.000 por mês. É acreditado que ele tenha acumulado cerca de US$ 320 mil enquanto atuou com o grupo, pelo período de sete anos.
Além de Bowser, outro homem foi preso neste caso com a Xecuter. Um terceiro, conhecido como Max Louarn, é um francês apontado como o líder da operação, o que ele nega veemente. Até o momento, Louarn conseguiu evitar deportação para os EUA, para responder a estas acusações.