O Festival Filmelier no Cinema está oferecendo a chance de curtir vários filmes independentes
Para os amantes da sétima arte, os festivais de cinema independente são algumas das poucas oportunidades para acompanhar de perto, na tela grande, alguns dos filmes mais interessantes do ano que, por questões diversas, pouco chegam ao circuito comercial de exibição, isso quando chegam.
É uma oportunidade única para poder assistir, por exemplo, uma comédia colombiana, um filme policial francês ou um drama iraniano que certamente não dividem o mercado com os filmes da Disney, da Warner ou da Universal.
Desde este dia 19 de abril, está acontecendo o Festival Filmelier no Cinema 2023 em diversas cidades do país e a seleção é extremamente diversa, cheia de produções premiadas no mundo todo e que, diferente de outros eventos similares, tem um modelo de exibição pulverizada por mais de 30 cidades pelo país: São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto, São José dos Campos, Rio de Janeiro, Niterói, Belo Horizonte, Brasília, Goiânia, Palmas, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Caxias do Sul, Salvador, Fortaleza, São Luís, João Pessoa, Recife, Teresina, Natal, Aracaju e Manaus.
São 20 filmes sendo exibidos: 99 Luas de Paixão (Suíça), A Noite do Dia 12 (França), Além do Tempo (Holanda), Barraco de Família (Brasil), A Sindicalista (França), Blue Jean (Reino Unido), Infiltrada: Golpe de Vingança (EUA), O Último Soldado (China), Tesla – O Homem Elétrico (EUA), Herói de Sangue (França), Meu Vizinho Adolf (Israel, Polônia, Colômbia), Sem Ursos (Irã), O Falsificador (Alemanha), O Lugar da Esperança (Irlanda, Reino Unido), Os Filhos dos Outros (França), Querida Zoe (EUA), Rodeo (França), Três Mulheres: Uma Esperança (Países Baixos, Luxemburgo, Alemanha), Uma Noite em Haifa (Israel, França), e Uma Nova Paixão (Austrália, Reino Unido).
Já tivemos a oportunidade — e agradecemos a organização do festival pelo convite e por todo o suporte — de assistir duas destas produções. O primeiro deles, Meu Vizinho Adolf, consegue flertar com uma mistura entre a comédia de situação e obras de conspiração gerando situações constrangedoramente cômicas.
Ao não se apoiar em situações convencionais de conflito cultural, o filme é sustentado por um texto absolutamente afiado, a imprevisibilidade da resolução e principalmente no jogo de cena entre seus dois protagonistas. Confira o trailer abaixo:
Já o segundo filme, um drama policial francês chamado A Noite do Dia 12 subverte o gênero quando em comparação a séries e filmes policiais mais convencionais em vários aspectos, mas sobretudo quando toca em temas outros que não o crime em si.
Ainda que se mantenha sutil e não se aprofunde em questões sensíveis para a sociedade, é um olhar outro que não está tão preocupado em chocar em seu desfecho – na verdade, logo nos primeiros segundos ele já conta o que acontece no final – e se dedica a nos envolver na forma como uma investigação pode consumir emocionalmente todos aqueles que fazem parte dela. O clima de tensão pode ser visto já no trailer:
Nos próximos dias, teremos críticas detalhadas sobre cada uma das obras, mas por agora, fica a recomendação de que se você mora em alguma das cidades onde o festival terá exibições ou mesmo se estiver por perto, vale muito a pena conferir a programação e ter um novo olhar sobre a nobre arte do audiovisual.
Saiba tudo sobre o Filmelier em: https://festivalfilmelier.com.br/