Análise Arkade: as diferentes facetas de um vilão em The Walking Dead: In Harm’s Way (Season 2 Ep. 3)
Mais um mês se passa e mais um episódio da excitante jornada Clementine continua. Confira a análise do novo capítulo de The Walking Dead Season 2, intitulada In Harm’s Way na sequência!
Finalmente chegamos no que pode ser considerada a metade da história desta segunda temporada de The Walking Dead. Clementine continua sua jornada encontrando novos personagens (porém, conhecidos pelo jogador se você jogou o conteúdo adicional 400 Days), enfrentando o mais novo vilão desta temporada e driblando novos obstáculos enquanto tenta atingir o simples objetivo de sobreviver em um mundo infestado de zumbis e uma ameaça pior ainda: os próprios sobreviventes.
Antes de começarmos a discutir sobre In Harm’s Way, quero avisar que esta análise não revelará nenhum spoiler importante deste episódio, porém alguns momentos pequenos serão discutidos a respeito dos últimos dois episódios, All That Remains e A House Divided, cujas análises você pode ler clicando nos links.
Agora vamos para a análise!
In Harm’s Way continua horas após o emocionante e tenso embate contra o mais novo antagonista, Carver, indo para a base de operações onde Clementine e seu grupo irão ter que se adaptar, querendo ou não, a esta nova família.
Os primeiros momentos do game começam a demonstrar como a nossa protagonista está indefesa diante desta nova ameaça. Clementine pode ser bem madura e perspicaz para sua idade, mas ela ainda não havia encontrado ninguém tão frio, cruel e ardiloso como Carver.
Este episódio se apoia na força do vilão e em todas as suas facetas, desde seus objetivos, como ele lida com pessoas que discordam de suas regras e acima de tudo, como ser um líder competente — de seu próprio ponto de vista, claro — e pulso firme diante de todas as adversidades.
Assim como os vilões já vistos na série e nos quadrinhos, Carver também ganha o seu lugar na lista de personagens que amamos odiar. E o fato de ter sido dublado por Michael Madsen (Mr. Blonde em Cães de Aluguel, Budd em Kill Bill) ajuda muito na construção da personalidade do sujeito.
Porém Carver não é o único personagem cativante nesta nova comunidade: conhecemos melhor um sobrevivente que detalha um pouco mais da história deste novo grup, em ais alguns personagens acabam se destacando e ganhando um lugar permanente para o futuro da jornada, como é o caso de Bonnie, que apareceu em um dos mini-episódios do DLC da primeira temporada, 400 Days.
O diálogo esta impecável como sempre; a Telltale consegue fazer um trabalho impressionante com o roteiro, tornando suas escolhas cada vez mais tensas e gerando consequências cada vez maiores em relação a maneira como Clementine é vista pelos outros sobreviventes. Isso para não mencionar o “…” — opção de ficar em silêncio” — presente em praticamente todos os diálogos do game até aqui, mas particularmente pouco utilizada, pois eu sempre tentava escolher uma opção que se encaixava no que a “minha” Clem faria.
Desta vez a ideia de que nenhuma resposta é boa o bastante e o sentimento de “é melhor eu ficar calado” se intensifica muito, especialmente durante as conversas mais importantes e cruciais entre Clementine e o persuasivo Carver.
Assim como The Wolf Among Us, o terceiro episódio desta série se torna uma ponte de transições nas histórias de vários personagens, utilizando, como sempre, a morte como a ferramenta principal. Desde a morte literal de alguns personagens até a morte simbólica da inocência de outros, no final tudo se resume à morte.
The Walking Dead: In Harm’s Way novamente acerta em praticamente todos os seus pontos, introduz novos personagens, intensifica a psique de um vilão carismático, apresenta um contraponto notável à Clementine, e ainda deixa um gancho insuportavelmente tenso para o início do próximo episódio.
Faltando apenas dois episódios para o fim desta temporada, o futuro de Clem e seus amigos ainda é incerto, mas a narrativa mantém o jogo mais empolgante do que nunca… e nos deixa empolgados para ver os novos projetos da Telltale, como Tales of the Borderlands e Game of Thrones.
The Walking Dead: In Harm’s Way está disponível para PC, PS3, X360, PS Vita, iPhone e iPad.
Nota do editor: sabemos que essa resenha está “um pouco” atrasada, mas assuntos como a cobertura da E3 e o preview de Destiny acabaram deixando as coisas meio corridas por aqui. Mas, como diz o ditado, “antes tarde Duke Nukem“. =)