Crysis 3: Arkade testou o beta multiplayer, confira nossas impressões!
Com o beta do multiplayer de Crysis 3 liberado para todos essa semana, decidimos testar o game e dividir nossa experiência com vocês!
A primeira coisa que as pessoa pensam quando ouvem falar do nome Crysis é sempre a mesma: gráficos. O primeiro título da série apresentou visuais revolucionários, e virou referência absoluta em questão de gráficos e potência de hardware. “Roda Crysis no máximo?” virou uma pergunta padrão na hora de montar um PC gamer.
Como não poderia deixar de ser, a primeira coisa que analisamos nesse teste foi o desempenho gráfico do jogo. A seguir você confere o hardware da máquina que usamos no teste (sem overclock):
- Processador: AMD Phenom II X4 965 Black Edition
- Placa-mãe: Asus M4A79T Deluxe
- Memória RAM: 8Gb Corsair Dominator (DDR3)
- Placa de Vídeo: Radeon HD 5870 (2Gb)
- Sistema Operacional: Windows 8
Não é um “PC da NASA“, mas atende as especificações recomendadas do jogo. Já de cara, fica evidente que o game é bem pesado, e faz jus a fama da série: o motor gráfico da Crytek proporciona belos gráficos, com destaques para as texturas de alta definição, o número impressionante de partículas na tela e o design caprichado dos cenários, que se passam em uma versão abandonada da cidade de Nova York que está sendo dominada pela mãe natureza.
Usamos a opção de Anti Aliasing (função que elimina o serrilhado nas bordas dos objetos) em MSAA 4x e o Motion Blur (o efeito de desfoque de movimento) desligado. Isto por que normalmente o Motion Blur impacta bastante a performance e alguns preferem não usá-lo. Bom notar que uma taxa de aproximadamente 60 frames por segundo é considerada boa para games de PC, e quanto mais melhor.
Com as configurações gráficas no máximo (todas as opções em Very High), atingimos uma média de 30 frames por segundo, com picos raros de 40 FPS e quedas para 20 FPS ou até menos.
A verdade é que o jogo ficou bem travado, e infelizmente esse sistema não foi o suficiente para curtirmos os gráficos de Crysis 3 em toda a sua glória. Isso já era esperado, visto que o game realmente é feito para “forçar” os PCs e nos obrigar a atualizar nossas máquinas.
Nós testamos também as opções gráficas mais baixas (o famoso “tudo no low“). Durante a jogatina, a média de frames por segundo ficou em 50 FPS, com picos de até 70 FPS e quedas para 30 FPS.
A boa notícia é que mesmo nos ajustes mais baixos, o game continua com um visual muito bacana. Com a opção de Anti Aliasing FXAA, o FPS aumenta ainda mais em todas as configurações (a média vai para 50 FPS em Very High e mais de 100 FPS em Low).
Lembrando que isso não é um benchmark de alta precisão, apenas um teste simples do desempenho do jogo, e que a versão final deve ter opções gráficas ainda mais altas (Ultra). Crysis 3 tem inúmeros ajustes de gráficos e cada player vai buscar a melhor combinação para adequar o game ao seu sistema.
Mas e aí? O jogo é divertido?
Como todos nós sabemos, nem só de gráficos são feitos os jogos. Então o que esperar da diversão e da jogabilidade em si? Nós testamos o multiplayer de Crysis 3 nos dois mapas disponíveis neste beta: Airport e Museum. Ambos são muito bem feitos, com vários caminhos e espaços interessantes para os jogadores travarem suas batalhas.
Muita coisa continua parecida com Crysis 2, como o sistema de progressão, que permite ao jogador liberar novas armas, habilidades e equipamentos conforme acumula pontos. A jogabilidade também mudou pouco: continua o padrão dos shooters atuais com a vantagem de se poder usar os poderes da nanosuit (como força, velocidade e invisibilidade) para levar vantagem.
Dois modos estão disponíveis por enquanto: Crash Site (uma espécie de King of The Hill, onde vence o time que dominar por mais tempo uma área do mapa) e Hunter.
O Hunter é o destaque disparado. Nele, apenas dois dos 16 jogadores de cada partida começam como os hunters (caçadores), equipados com a nanosuit em modo invisível permanente e armados com arco e flecha (aquela versão high tech dos trailers), enquanto todos os outros jogadores ficam no papel de soldados “comuns”.
A missão dos hunters é matar todos os soldados antes que o tempo da partida acabe. Cada vez que uma vítima morre, ela se torna um hunter também, e a coisa vai ficando cada vez mais desesperadora para os sobreviventes, numa situação ao melhor estilo Predador.
O que fazer quando você é o último jogador restante contra 15 supersoldados assassinos usando nanosuits com camuflagem, visão térmica e um arco mortal? A resposta é: momentos extremamente divertidos e intensos de caçada e sobrevivência!
Uma pena que cada round dure apenas dois minutos. Se fosse mais longo e bem elaborado, esse modo de jogo sozinho justificaria o multiplayer de Crysis 3, com uma proposta inovadora, divertida e bem ao estilo da série.
Por fim, Crysis 3 parece ser um game promissor, baseado no que vimos no multiplayer. O ponto negativo vem com a ausência completa de servidores brasileiros (pelo menos no beta para PC), o que resulta em partidas com latência bem alta.
O novo modo de jogo e algumas pequenas novidades (como a possibilidade de se arrancar partes do cenário e usá-las como armas, ou até mesmo pilotar um enorme mech de batalha alienígena), complementam os gráficos insanos para compor uma ótima experiência.
Quem quiser testar o game pode acessar o site oficial de Crysis 3. O open beta ficará disponível até 12 de fevereiro para a galera do PC, Xbox 360 e Playstation 3, e é necessário ter uma conta no Origin para jogar.
Fique de olhos, pois obviamente faremos uma análise mais completa quando o game for lançado!