Fim do caso THQ: a história da empresa chegou ao fim
No final do ano passado, uma triste história, que teve seu início há 5 anos atrás, chegou a um ponto crítico. Agora, depois de altos, baixos e muita luta, esta história chegou ao fim. Um triste fim. A THQ não existe mais.
Recapitulando: em novembro de 2012, a THQ entrou no ponto mais grave de uma crise que durava 5 anos. Tentando sair do buraco, a produtora participou de um Humble Bundle, deu cópias gratuitas do game Metro: 2033 pelo Facebook, até que, há 2 semanas atrás, a THQ entrou com pedido de falência, buscando a proteção do Chapter 11 da legislação americana.
A produtora ganhou um breve período para tentar se recuperar, e conseguiu evitar ser totalmente vendida para a Clearlake Capital Group, que queria adquirir a empresa em proveito da proteção do Chapter 11. Mas no fim, ontem, no dia 22 de janeiro a THQ foi a leilão, e seu destino foi enfim definido.
Como resultado do leilão, a THQ não existe mais. As propriedades intelectuais e os estúdios que faziam parte da THQ foram desmembrados, adquiridos por diferentes compradores.
Veja a seguir a lista que mostra como foi feita a divisão da THQ:
- A Relic Entertainment, produtora da série Company of Heroes, foi adquirida pela Sega pela quantia de 26,6 milhões de dólares.
- A THQ Montreal, foi adquirida pela Ubisoft por 2,5 milhões de dólares.
- O game Evolve (que ainda está em produção, sob responsabilidade da Turtle Rock Studios), foi adquirido pela Take-Two Interactive por cerca de 11 milhões de dólares.
- A Volition Inc. (produtora da série Saint’s Row), foi adquirida pela Koch Media por pouco mais de 22 milhões de dólares.
- A série Homefront foi adquirida pela Crytek por “meros” 544 mil dólares.
- A série Metro, cuja sequência Metro: Last Night segue em produção, foi adquirida pela Koch Media por cerca de 5,9 milhões de dólares.
- A licença para criação de games da série South Park – incluindo o vindouro game South Park: The Stick of Truth – foi adquirida pela Ubisoft pela quantia de 3,2 milhões de dólares.
Vale ressaltar que algumas outras propriedades, tais como a Vigil Software – produtora de Darksiders – e outras propriedades intelectuais, ainda estão sobre a proteção do Chapter 11, e a diretoria que ainda permanece da THQ diz que irá fazer o possível para que essas propriedades sejam vendidas para compradores apropriados.
No entanto a situação dos funcionários que trabalhavam na THQ é incerta: vários funcionários faziam parte do leilão da THQ e as empresas que adquiriram estúdios ou propriedades intelectuais levam junto a equipe dos estúdios. Porém, isso não é garantia que seus empregos sejam mantidos.
Caso a empresa compradora não queira alocar esses funcionários em alguma área, eles serão simplesmente mandados embora. Além disso, um outro grupo de funcionários simplesmente não foi incluído no leilão, e estes, infelizmente, devem ir todos para a rua.
Alguns desses serão selecionados para permanecer na THQ até o dia 25, para ajudar nas mudanças e finalização da empresa, e serão pagos normalmente até o momento em que a empresa enfim se desfizer.
O CEO da THQ, Brian Farrell, e o presidente da produtora, Jason Rubin, deixaram uma nota para seus ex-funcionários agradecendo por todo o trabalho de todos e desejando o melhor para aqueles não sairão de forma boa deste caso. Clique aqui para ver a nota divulgada pelo Kotaku (em inglês).
Para nós, gamers, resta infelizmente lamentar pelo fim da THQ, que nos deixou uma grande quantidade de ótimos games para apreciarmos.
Agora, é torcer para que a Sega, Ubisoft, Crytek Take-Two Interactive e a Koch Media mantenham vivas as memórias da THQ e deem continuidade a suas séries da melhor maneira possível, de preferência, mantendo os funcionários dos estúdios comprados.
R.I.P., THQ, e muito obrigado por tudo.