RetroArkade: Faça elevar o cosmo do seu coração com os jogos dos Cavaleiros do Zodíaco

27 de julho de 2014

RetroArkade: Faça elevar o cosmo do seu coração com os jogos dos Cavaleiros do ZodíacoCavaleiro, queime seu cosmo! Já que você sabe que vamos falar de um dos maiores fenômenos culturais de todos os tempos, se prepare para relembrar a série e conhecer alguns jogos dos defensores de Athena.

Nós já estávamos acostumados com a cultura japonesa em nossa infância. Jaspion e Jiraya eram comuns em nossas lancheiras e brinquedos, de tanto que a gente assistia as séries. Mas faltava uma coisa daquela cultura em nossas vidas: os animes. Eles existiam, claro, mas eram poucos e adultos até demais como por exemplo o Akira. Até que alguém resolveu queimar o cosmo por aqui…

Em 1994, na Manchete (SAUDADES ETERNAS!) estreava o anime Saint Seiya de 1986, que conhecemos como Os Cavaleiros do Zodíaco graças ao sucesso que a série fez na França com este nome. Aliás, você sabia que aquela música de abertura original do anime era baseada na abertura francesa e não da japonesa? Confere aí:

http://youtu.be/kdH8HgXBPQo

E já que falei de aberturas, vamos relembrar a eterna abertura da Manchete (que teve CD e tudo), da dupla Larissa e William? Mas como a lembrança aqui é em níveis mais extremos, você vai ver a dupla cantando o sucesso no Xuxa Hits (e nem vem reclamar disso nos comentários, ok?). Apenas repare nos Cavaleiros dançarinos:

E por fim, a abertura preferida da maioria, seja por ter sido exibida na Band, época em que a maioria dos nossos leitores conheceram melhor o anime, seja porque é mais rock’n roll e você não gosta dessas coisas bregas prefere assim… Enfim, encha os pulmões e grite comigo: FAÇA ELEVAR O COSMO NO SEU CORAÇÃO!!!!

http://youtu.be/PeQCh1tPJMc

Só o fato de gastarmos tantos parágrafos apenas falando da abertura já mostra o fenômeno que os Cavaleiros foram aqui no Brasil, não concorda? Foram eles que abriram as portas para todos estes animes e mangás que você lê, coleciona, conversa e curte tanto. E é tão fenômeno que se fez sucesso em 1994 na Manchete, em 2004 repetiu a dose na Bandeirantes fazendo algo raramente visto: gerar o mesmo fenômeno cultural em duas épocas totalmente diferentes.

E ainda hoje a franquia continua sendo um sucesso, com vários longas, spin-off’s e até novos cavaleiros. Lembrando também do filme em computação gráfica que está para chegar e fazer o mesmo sucesso de toda vez.

Enfim, você está em um site de videogame e deve perguntar: cadê os jogos? Hoje temos algumas boas versões dos jogos sobre os defensores da deusa Athena e mesmo o PS2 tem um jogo bem legal (inclusive com um hack onde colocaram a dublagem, com narração e tudo o mais). Mas aqui o papo é coisa velha, então vamos lembrar dos poucos mas saudosos jogos que os Cavaleiros nos ofereceram.

Saint Seiya – Ougon Densetsu (Famicom – 1986)

Em 1987, durante o sucesso da primeira grande batalha dos Cavaleiros ao subir as 12 casas do Santuário, um RPG foi lançado pela Bandai. Como disse, o anime fez um sucesso impressionante na França e por isso ganhou uma localização especial em francês. Como a galera dos EUA estavam mais ligados nos Comandos em Ação naqueles tempos, nada do jogo em inglês.

A curiosidade aqui é sobre o vilão final: como o jogo foi lançado no meio da exibição desta saga, o “chefão final” do jogo não é o Cavaleiros de Gêmeos Saga e sim um vilão totalmente exclusivo para o jogo. O jogo mistura partes side-scrooling com lutas em turnos contra os Cavaleiros de Ouro. Para vencer, basta usar bem o seu cosmo, sendo sábio ao usar seus atributos a cada ataque. Você pode até morrer na luta, mas se seu cosmo acabar, é game over.

Saint Seiya Ougon Densetsu Kanketsu Hen (Famicom – 1987)

Como o primeiro jogo foi lançado durante a saga das 12 casas e não explorou como deveria o tema, outro RPG foi lançado, melhorando alguns aspectos e fazendo o jogo ser mais real ao anime. Saga de Gêmeos é o vilão aqui e embora o jogo permita que coisas que não aconteceram na história possam ser jogadas (exemplo: uma luta entre Shun de Andrômeda e Camus de Aquário), te oferece vantagens se, por exemplo, o escolhido para enfrentar o Máscara da Morte de Câncer for o Shiryu.

O RPG ainda existe aqui, mas em escala menor. Os atributos diminuiram e os pontos de experiência viraram pontos de sétimo sentido, que vão sendo obtidos através das vitórias nos combates, que devem ser investidos antes das fases e dos chefes. E outra coisa interessante é o fato de que os combatentes chegam aos combates “exaustos” como no anime, já que eles enfrentam o próximo oponente do mesmo jeito que saíram do último combate.

Saint Paradise (Game Boy – 1992)

Nem só de Pokémon (e Zelda e Metroid e Tetris…) viveu o Game Boy. Seiya e os Defensores de Athena também exibiram suas armaduras de bronze na telinha monocromática do portátil eterno da Nintendo. Aqui o jogo te leva do Santuário até Poseidon que são sequências diretas nos mangás — a saga de Asgard com Hilda e os Guerreiros Deuses são exclusividade do anime, lançados para “tapar o buraco”, afinal o anime estava quase acompanhando o mangá e isso atrapalharia a produção.

Tirando o rebelde Fênix, todos os Cavaleiros de Bronze “que lutam” (pois tem uns folgados que ficam de mimimi que precisam treinar e não fazem nada) estão disponíveis no jogo. Este é o mais RPG de todos, por envolver câmera do alto, conversas e combates por turnos com evolução. Sem mencionar o charme que é o visual do Game Boy e ver elementos da série no melhor formato “Pokémon” de ser.

Saint Seiya Ougon Densetsuhen Perfect Edition (Wonderswan Color – 2003)

O Game Boy Advance reinou soberano em sua época, mas no Japão a Bandai tentou incomodar com o Wonderswan. Não conseguiu, mas nem por isso que deixou de ter excelentes jogos — que podemos destrinchar com mais afinco no futuro — e por ser a detentora dos direitos sobre os Cavaleiros do Zodíaco, nada melhor que tentar vender console com um jogo com estes personagens.

Obviamente este jogo é muito desconhecido por ter sido lançado apenas no Japão, mas trata-se apenas de um remake unificado dos dois jogos de Famicom com evoluções óbvias, principalmente nos gráficos. Não tem muito a se comentar, afinal são os mesmos elementos de dois jogos já citados que foram melhorados, mas se é fã, não tem porque não conhecer.

E temos após esta época, jogos bons para o PS2, PSP e pelo visto PS4 e Xbox One continuarão a receber bons jogos sobre os personagens preferidos de muita gente. Os Cavaleiros do Zodíaco tiveram poucos jogos, se comparar com outras franquias japonesas, mas todos os lançados são mencionados com muito carinho por seus fãs. Não existem jogos horrorosos e terríveis, apenas ideias que vão evoluindo de tempos em tempos.

Isso porque não mencionamos iniciativas de fãs, como aquele jogo bacana em Mugen que você viu aqui e curtiu demais.

Claro que não precisa concordar que todos os jogos são obras primas maravilhosas e eternas — coisa que eu também não acho — mas se compararmos com várias outras franquias que pela pura ganância lançam tanta porcaria, podemos afirmar numa boa que os Cavaleiros tem uma biblioteca gamer interessante.

Junior Candido

Conto a história dos videogames e da velocidade de ontem e de hoje por aqui! Siga-me em instagram.com/juniorcandido ou x.com/junior_candido

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