Xperia Play: Reviews, jogos e tudo sobre o Playstation Phone

6 de abril de 2011

Xperia Play: Reviews, jogos e tudo sobre o Playstation Phone

No final do mês passado a Sony lançou oficialmente na Europa o Xperia Play, vulgarmente conhecido por aí como “Playstation Phone“. Mas será que juntar um console com um smartphone foi uma boa ideia? A Sony conseguiu colocar no mercado um aparelho que execute de maneira satisfatória a função de ambas as coisas? Conheça um pouco mais do Xperia Play na sequência!

O Xperia Play tem um design robusto, pesa 175 gramas e, segundo a Sony, conta com uma bateria que aguenta até 5 horas e meia de jogatina. O “problema” é que ele também é um smartphone, logo, a bateria que é gasta jogando pode fazer falta na hora de utilizar outras funções do aparelho.

Para quem se liga em especificações técnicas, vamos à elas:

  • Tela TFT de 4 polegadas com resolução 854×480
  • Processador Scorpion de 1 GHz de um núcleo
  • Chip gráfico Adreno 205
  • 512MB de RAM
  • Memória interna de 400MB (que pode ser aumentada com cartões de memória de até 8GB)
  • Câmera de 5MP que filma em 720p  e flash de LED
  • 3G, Wi-Fi, Bluetooth, USB, DLNA e aGPS.

A interface do aparelho roda em Gingerbread, a versão 2.3 do Android, e apresenta todas as funcionalidades de um bom smartphone. A navegação pelos menus e funções do aparelho é feita de maneira simples e prática, embora a customização do sistema, com aplicativos para redes sociais e coisas do gênero, deixe um pouco a desejar. Com a interface é simples, a Sony garante que não terá problemas com atualizações para os próximos modelos de Android.

Xperia Play: Reviews, jogos e tudo sobre o Playstation Phone

Bom, mas vamos ao que interessa: como é o desempenho do Xperia Play com os games? A resposta é: o controle, que fica “escondido” por uma estilosa aba deslizante, é ótimo para quem está cansado dos “botões virtuais” da concorrência, mas a experiência de jogo propriamente dita ainda pode melhorar.

O controle é bom por ser praticamente igual ao do bom e velho Playstation. Praticamente tudo está lá, com exceção das alavancas analógicas, que foram trocadas por estranhos touchpads. A função é a mesma, mas é preciso muita prática para dominar o controle com elas. A vantagem é que o controle é compatível também com os emuladores de outras plataformas.

O processador aguenta bem o tranco de jogos mais pesados, e  a jogabilidade foi bem adaptada para os controles do aparelho. O problema é que os games propriamente ditos não receberam o mesmo polimento. Os gráficos dos games de Playstation ficam meio esticados na tela widescreen, e alguns bugs na interface comprometem um pouco a diversão.

Outro problema é justamente a portabilidade com os games de Playstation: dos 5 games que vem na memória, apenas Crash Bandicoot veio do Playstation. Os outros títulos – FIFA 10, Bruce Lee, Star Battalion e The Sims 3 – podem ser encontrados na Android Market comum. Há até uma interface diferente para navegar pelos jogos dos diferentes sistemas, o que não é muito prático.

Xperia Play: Reviews, jogos e tudo sobre o Playstation Phone

Logicamente, há vários jogos de Playstation que podem ser comprados online, mas o preço da maioria – cerca de 6 dólares – pode acabar não compensando a compra, para aqueles que já curtiram os games no console original e queriam apenas matar a saudade.

Por fim, a tela com pouco brilho complica a vida de quem quer jogar ao ar livre, e prejudica a ideia de que um console portátil é feito para ser jogado em qualquer lugar.

Em resumo, o Xperia Play é a primeira tentativa da Sony de unir o útil (celular) ao agradável (videogame). Pode-se dizer que ela fez um bom trabalho em vários aspectos, mas o apelo do aparelho junto ao público gamer pode ficar comprometido pelo preço dos títulos, e pela conversão um pouco mal planejada deles.

Lembrando que a própria Sony deve lançar em breve o NGP, aparelho que não será um celular, mas promete ser o próximo passo em termos de consoles portáteis multifuncionais.

(Via: Engadget, Phone Arena, Tech Radar)

Rodrigo Pscheidt

Jornalista, baterista, gamer, trilheiro e fotógrafo digital (não necessariamente nesta ordem). Apaixonado por videogames desde os tempos do Atari 2600.

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