O micro:bit, dispositivo de programação para crianças, virá ao Brasil através da Positivo

31 de outubro de 2017

O micro:bit, dispositivo de programação para crianças, virá ao Brasil através da Positivo

O micro:bit é um projeto encabeçado pela BBC que consiste em um dispositivo bem pequeno, feito para ajudar no ensino de programação para crianças no Reino Unido. A iniciativa agora vai ganhar outros ares, e chegará ao Brasil através de uma parceria com a Positivo Tecnologia. Escolas públicas e privadas do país já podem contar com o dispositivo.

A pequena placa é exposta para que a curiosidade seja um dos seus primeiros e principais pilares, ela acompanha uma saída micro USB para alimentação e transferência de dados, conector para 2 pilhas AAA, em caso de uso externo, um botão reset, dois botões de ação, e um pequeno display de 25 LEDs vermelhos para mostrar texto ou imagem. Todo o dispositivo é feito para que a programação seja ensinada, usando uma variedade imensa de possibilidades, dependendo apenas da criatividade de professores e alunos.

Com ele, os alunos podem aprender mais sobre a Internet das Coisas, e até sobre a construção de gadgets, tendo o seu primeiro contato com um dispositivo bem completo, levando-os depois para estágios mais avançados de desenvolvimento. O micro:bit também tem processador ARM Cortex Mo de 32 bits, 16KM de RAM, acelerômetro, bússola, sensor de luz e temperatura, bluetooth e cinco conexões I/O.

O projeto teve início em 2016, com a BBC à frente, e com ajuda de parceiros como a ARM e a Microsoft. Os primeiros dispositivos foram distribuídos de graça a alunos do sétimo ano nas escolas da Inglaterra e Gales, além de alunos a partir de 11 anos de idade em escolas da Irlanda do Norte e Escócia, gerando um resultado de um milhão de alunos que usam a plaquinha para aprender, junto com programas educacionais também desenvolvidos pela BBC. Os resultados são positivos: pesquisas mostraram que 88% dos estudantes afirmam que o dispositivo ajudou a mostrar que qualquer um pode programar.

A mesma pesquisa diz que 45% já pensam em seguir carreira nas áreas do desenvolvimento, além do interesse das meninas na área, que cresceu de 23% para 39%. Tudo isso fez com que o micro:bit se transformasse em uma fundação educacional, que iniciou as parcerias pelo mundo para levar o dispositivo para mais escolas. No total, mais de 40 países, incluindo o Brasil, estarão com o micro:bit disponível.

Para o Brasil, projetos-piloto já estão em desenvolvimento e serão implementados em três escolas com alunos a partir de 11 anos. Com isso, o projeto vai crescendo, pouco a pouco, e tem ambições de atingir mais países da América Latina. E, por hora, a Positivo anunciou que o produto não será vendido no varejo, sendo apenas disponibilizada para programas de educação.

Junior Candido

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