Análise Arkade: gaming headset Razer Tiamat 2.2 V2
Gamers são exigentes por natureza. Querem produtos de qualidade e que, de quebra sejam bonitos, estilosos, requintados. Algumas empresas ainda não entenderam isso, e oferecem produtos cafonas e extravagantes. Não é o caso da Razer, que entrega com o headset Tiamat 2.2 V2 excelente qualidade de áudio, e um visual discreto, mas muito bonito.
Quem curte gadgets gamers certamente já conhece a Razer de longa data. Famosa por seus periféricos top de linha, a empresa produz equipamentos e acessórios utilizados (ou almejados) por gamers e cyber atletas de todo o mundo.
O headset que experimentamos deles nos últimos dias, o Tiamat 2.2 V2 mantém essa tradição, aliando uma excelente qualidade de áudio com um acabamento discreto, estiloso e confortável.
A versatilidade também merece ser levada em conta: ainda que haja um modelo específico para PC gaming, o modelo que testamos traz um cabo P2 (3.5 mm) — com cabo adaptador dividido para PC incluso –, sendo compatível com Playstation 4, Xbox One, PC, smartphone, e por aí vai.
Especificações Técnicas
Fones de ouvido:
- Drivers: 4 x ímãs de neodímio de 40mm com diafragma de titânio revestido
- Resposta de frequência: 20 – 20.000Hz
- Impedância: 32Ω
- Sensibilidade a 1kHz : 109 ± 3dB
- Entrada de alimentação: 60mW
Microfone:
- Resposta de frequência: 50 – 16,000 Hz
- Sensibilidade a 1kHz: -36 dB ± 2dB
- Relação sinal-ruído: 50 dB
- Padrão polar: Unidirecional
Cabo:
- Cabo em fibra trançada de 1,3m, com adaptador split (para PC) de 2m
Um headset discreto e confortável
Embora a maioria dos seus produtos traga muito verde (cor do logo da Razer), o Tiamat 2.2 V2 é predominantemente preto com detalhes em cinza. Um visual discreto que muito me agrada, e também não chama tanto a atenção quanto outros periféricos gamers disponíveis no mercado.
Ainda que seja meio pesado, o Tiamat é ergonômico, acolchoado e extremamente confortável. Joguei a campanha toda do novo God of War com ele — mais de 40 horas de jogo — e em nenhum momento senti ele pesando na cabeça nem machucando as orelhas. Quem usa óculos (como eu) certamente já sofreu com fones apertando as hastes dos óculos nas orelhas. Relaxe, isso não acontece aqui.
Para não dizer que tudo são flores, um detalhe que me incomodou é o fato dos fones em si girarem 90º para um lado. Tipo assim, ó:
Além de não haver uma razão prática para isso — que eu saiba, todo mundo tem as orelhas na mesma posição, dos lados da cabeça –, esse eixo que permite esse movimento passa uma impressão de fragilidade. Provavelmente ele nem é tão frágil assim, mas putz, dá um medinho de rolar um estalo e ele se partir.
Tá, mas e o áudio?
A qualidade do áudio é excelente: clara, cristalina e com ótimo abafamento de ruídos externos. A tecnologia “dual driver” deixa o som ainda mais potente, pois coloca um subwoofer de cada lado do headset, possibilitando o máximo “impacto” dos graves em ambos os ouvidos.
Já falei aqui na Arkade o quanto o áudio binaural de Hellblade é impressionante. Justamente por isso, revisitei o game da Ninja Theory para testar o Tiamat. O resultado foi incrível, as vozes de Senua realmente pareciam estar na minha cabeça, e as trovoadas retumbavam alto com o poder do subwoofers pareados.
Também aproveitei os fones para ouvir música e assistir alguns episódios de séries. Em ambos os casos, o resultado foi excepcional. O volume máximo é realmente alto (realmente não recomendo que ninguém ouça música tão alto), e o bom abafamento mantém o foco na batida.
Um detalhe curioso é que o recurso “dual driver” pode ser desativado. Mas, considerando que ele é um dos melhores pontos do Tiamat, não tenho certeza de por quê alguém poderia querer desligar isso, mas, caso alguém queira, há essa opção.
O microfone também faz um bom trabalho, captando de forma clara o som da voz do jogador. Pessoalmente, prefiro microfones com hastes que possuam maior amplitude de ajuste (adoro o Cloud Alpha da HyperX, que me permite desacoplar completamente o microfone), mas isso não quer dizer que o microfone esteja mal posicionado, é só questão de gosto, mesmo.
Vale lembrar que o headset traz botões de volume/mute no próprio cabo, o que facilita bastante a vida da gente. E, também é bom ressaltar que os PC gamers mais exigentes podem configurá-lo através do app Razer Surround para uma experiência de áudio Virtual 7.1 mais precisa e personalizada.
Conclusão
Como em quase tudo que se trata de Razer, o que temos aqui é um produto top de linha, para jogadores exigentes, que buscam conforto e desempenho, e sabem que isso tem um preço.
Em uma olhada rápida em algumas das principais redes de varejo online, o valor do Tiamar 2.2 V2 fica entre 800 e 900 reais. Pode parecer caro, mas ainda é um custo-benefício interessante para um acessório com a qualidade de uma das maiores fabricantes do mundo.
E, convenhamos, hoje em dia qualquer placa de vídeo de entrada já custa mais de 700 reais, e as mais tops, tipo a GeForce 1080, custam quase R$ 3 mil. Se você está disposto a investir em algo para seus olhos, porque também não fazer um agrado para os seus ouvidos? Sua imersão vai ser bem maior, e consequentemente, sua experiência de jogo também.
A Arkade agradece a assessoria da Razer Brasil, que nos disponibilizou o produto para análise.