Análise Arkade: Runestone Keeper, um roguelike simples e cativante!

17 de julho de 2018

Análise Arkade: Runestone Keeper, um roguelike simples e cativante!

Runestone Keeper é um jogo no estilo roguelike com elementos de RPG, desenvolvido pela empresa Blackfire Games, que a primeira vista parece ser extremamente simplório, mas no decorrer da jogatina, as tentativas de finalizar a campanha e/ou habilitar todos os personagens se tornam verdadeiros desafios!

Quase um RPG de mesa

Com elementos clássicos de RPG, como buffs, debuffs, diferentes armaduras, armas medievais, magias e até diálogos com escolhas, Runestone Keeper é um dungeon crawler roguelike que apoia-se em mecânicas fáceis de se compreender, o que faz o jogo ser bastante agradável para amantes do gênero.

Se liga na simplicidade desse jogo: você inicialmente “controlará” Guy, um aventureiro que carrega um machado, para enfrentar as mais diversas criaturas, valendo-se também de uma magia que serve para diminuir temporariamente a força dos inimigos (e é extremamente eficiente, diga-se de passagem).

Análise Arkade: Runestone Keeper, um roguelike simples e cativante!

O controle do personagem é semelhante a um jogo de RPG de mesa, porém ao invés de termos um mestre para descrever o que acontece a cada ação, o cenário interage diretamente com os cliques feitos pelo jogador, mostrando o que há escondido na névoa da masmorra.

Na hora das batalhas, você pode utilizar itens e magias com diferentes efeitos que enfraquecem os monstros ou melhoram seus atributos. Temos também o famoso ataque corpo a corpo, e para que tudo isso aconteça, basta clicar nos itens e nas criaturas, se atentando com os danos causados e sofridos, para não acabar morrendo de bobeira.

A ação, porém, rola em uma espécie de tabuleiro dividido em quadrantes, que exploramos “clicando”. Coleta de itens, batalhas e tudo mais rolam neste mesmo esquema. Se liga no gameplay aí embaixo para entender melhor:

Aparecerão diversas criaturas (algumas com efeitos que atrapalharão o jogador) e armadilhas para dificultar a sua jornada, numa pegada meio Diablo. Você tem que procurar pela escada para ir cada vez mais fundo na masmorra, encontrando diversos itens e equipamentos para se reforçar e dar conta dos inimigos, que obviamente vão ficando mais fortes quanto mais longe você chega.

Também existem algumas ações a serem decididas durante sua trajetória. Sempre que isso acontece, uma pequena história será contada, e você terá que fazer alguma escolha, como no bom e velho RPG de mesa.

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Mesmo na dificuldade Normal (a menor dificuldade possível) o jogo é bem desafiador, e se você gosta de jogos difíceis, esse certamente lhe trará boas horas de diversão, pois toda partida será diferente: nenhum inimigo irá aparecer no mesmo lugar entre uma jogatina e outra.

Caso morra, eventualmente você irá se deparar com sua tumba de uma jogada anterior, podendo recuperar um bocado de vida e mana. Também há chances de encontrar objetos que lhe trarão buffs, como estatuetas de deuses, ajudando com a árdua missão de chegar ao chefão final.

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Mas se caso você não obtenha sucesso em terminar a masmorra, não se preocupe, (eu também não consegui XD). Ao final de cada tentativa há uma pontuação — outra motivação de jogar mais e superar pontuações anteriores — na qual lhe será dada uma quantia de moedas de ouro, que servirão para habilitar melhorias para seu personagem.

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Não reparem no nível do Guy nem no andar da masmorra!

Habilitando melhorias e novos personagens

Claro que as moedas não serão ganhas apenas ao final das partidas, você também as encontrará durante sua jornada na masmorra, seja em batalhas contra criaturas, abrindo baús, ou desvendando o mapa (sim, há um Deus que lhe concede o poder de receber moedas por cada bloco desconhecido habilitado).

Essas moedas podem ser usadas tanto para comprar equipamentos durante a partida, ou na tela inicial, em atualização, que é meio que lojinha de upgrades, onde podemos comprar habilidades que poderão tornar nossas próximas jornadas um pouco mais fáceis.

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Existem várias melhorias que podem ser compradas.

No início, só temos disponível Guy como personagem jogável, mas existem ao todo 10 personagens com diferentes atributos e poderes, e para desbloquear os demais, é necessário concluir alguma tarefa específica, desde chegar a um certo nível na masmorra em uma dificuldade maior até finalizar a partida com uma certa quantia de ouro na mochila.

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Audiovisual

Runestone Keeper tem um visual pixelado com um mapa que lembra bastante um jogo de tabuleiro no estilo D&D. As criaturas são todas as que já estamos acostumados em outros jogos do estilo: zumbis, fantasmas, trolls, ogros, etc.

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A trilha sonora é bastante imersiva, trazendo a sensação de estarmos em uma caverna repleta de inimigos perigosos, e quando jogada em dificuldade elevada (Chaos) tem até uma música empolgante, motivando o jogador a botar para quebrar!

Ou vai dizer que esta música não deixa tudo mais emocionante:

Conclusão

Runestone Keeper me ganhou logo que vi a imagem de capa: é um estilo de jogo quase casual, mas com uma pegada hardcore (por causa da pontuação) que faz o jogador se internar por horas a fio sem perceber.

Mesmo tendo vários momentos frustrantes — como não conseguir eliminar um inimigo ou aparecer uma criatura estrondosamente mais forte que seu personagem –, Runestone Keeper é aquele tipo de jogo que dá vontade de jogar cada vez mais, para habilitar novos guerreiros, juntar moedas para adquirir novas atualizações, montar estratégias diferentes e ver até qual andar na masmorra você é capaz de chegar.

Runestone Keeper teve seu lançamento para PS4 recentemente no dia 10 de julho e para Xbox One no mês de Abril. O jogo também está disponível para PCs e smartphones.

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