Top Arkade – As 10 melhores histórias da Rockstar
A Rockstar, além de desenvolvedora que traz games criativos, viciantes, e que contam com uma longa vida útil, também é uma excelente contadora de histórias. Tudo bem que a maioria dos jogadores de GTA não tem muito interesse sobre detalhes da vida de CJ ou de Niko Belic, preferindo tocar o terror das mais variadas formas.
Mas, de qualquer forma, elas estão lá. Histórias bem contadas, trazendo dramas, conflitos pessoais, situações inusitadas e todos os ingredientes de uma boa aventura. Junto a nossos leitores no Arkade Gamer Clube, selecionamos as dez melhores histórias que a Rockstar já contou. Veja bem, não estamos falando dos dez melhores jogos, e sim das melhores histórias.
Dito isto, vem com a gente conferir dez games com histórias que valem a pena acompanhar. Vendo, assim, como a Rockstar consegue mandar muito bem, quanto o assunto é enredo.
10. Bully
Também presença constante em listas de “jogos que precisam ter uma continuação”, Bully consegue concentrar bem uma das características da Rockstar: o absurdo. Seu enredo traz muito de GTA, mas com o tema escolar. Jimmy, o valentão do jogo, é “jogado” na Bullworth Academy, uma escola digna de formar as pessoas mais insanas do mundo. E, obviamente, a única a aceitar um aluno com histórico de vandalismo, entre outras coisas.
E, nesta aventura que é um misto de “se tornar o pior aluno” com “dominar a escola”, vamos cumprindo missões absurdas, dignas de um filme escolar da Sessão da Tarde, mas com muito mais violência. Assim, essa mistura entre a fórmula GTA, que envolve “gangues”, corruptos, gente doida e momentos insanos, e os muitos filmes escolares dos anos 80, se mostrou um sucesso de vendas.
E justo o enredo, algo que poderia ser dispensável por aqui, foi um dos elementos que mais ganharam críticas positivas quando o jogo saiu, em meio a todas as polêmicas que esse jogo trouxe consigo. Talvez até mais do que todos os jogos GTA que foram lançados.
9. Max Payne 3
Evoluir personagens é difícil, mas a Rockstar conseguiu fazer um Max Payne diferente dos demais jogos, mudando tanto protagonista, quanto plano de fundo. Oito anos após os eventos dos jogos anteriores, Max, cada vez mais entregue à bebida e ao cinismo, agora está no Brasil, atuando como segurança de uma família rica em São Paulo.
O jogo mostra, em missões flashbacks, como Max foi parar em São Paulo. E, uma vez no Brasil, ele novamente tem que lidar com questões de corrupção, e criminalidade. Praticamente fugindo de um problema, para se encontrar com outro, o game mostra um pouco mais da atual vida do protagonista, e o quanto que os problemas dos games anteriores pesaram em sua mente.
Apesar do clima de novela, com direito a tiroteio em baile funk, Max Payne 3 segue um estilo de enredo clássico da série. E consegue, mesmo em um contexto bastante diferente dos dois primeiros jogos, continuar a história do personagem. Trazendo, assim, um bom e velho conhecido, em um cenário totalmente diferente. E mesmo assim, a Rockstar o fez com bastante competência.
8. L.A. Noire
Como se trata de um game de investigação, logo imaginamos, ao jogá-lo, que a Rockstar iria focar apenas nos casos. E, de fato, os casos são incríveis. Bem construídos, cheios de mistérios e reviravoltas, só eles por si garantiriam uma boa lembrança por enredo em L.A. Noire.
Mas o game não fica só nisso. A vida do protagonista Cole Phelps é muito bem explicada. Soldado dos EUA na Segunda Guerra Mundial, lutando no Japão, participou da sangrenta Batalha de Okinawa. E, eventos que viveu ou protagonizou por lá, criaram demônios pessoais, os quais ele teria que lidar em seu retorno a Los Angeles.
De volta a seu país, ele entra para a polícia, e o game vai mostrando, junto com sua progressão na organização, toda a corrupção e sujeira que a cidade respirava. Sabiamente contada, é possível ver elementos do passado, e do presente de Phelps. E ver como é duro viver em um mundo cinza, sem “mocinhos e bandidos”, ou “bem e mal”.
7. Max Payne
A história mais triste que a Rockstar contou, com certeza, é a de Max Payne. O jogador vê, logo no início do jogo, a família do policial morrer por viciados de uma droga fictícia, e poderosa: a Valquíria. Para o policial, restou a vingança.
E ela vem, através de muito tiroteio e bullet time. Durante as fases, cutscenes em formato de história em quadrinhos e um tom noir vai mostrando a evolução da investigação de Max, tanto para vingar sua família, quanto para descobrir o quê, ou quem, está por trás da Valquíria.
6. GTA Chinatown Wars
O GTA portátil nos apresentou um universo que, embora presente em alguns games da franquia, nunca havia sido explorado pra valer: o crime asiático. Especificamente, a Tríade, e criminosos chineses e coreanos.
Na pele de Huang Lee, que perdeu seu pai há pouco tempo e, por causa de uma armadilha, quase morreu também, uma história que envolve vingança e recuperação de uma espada importante, a relíquia de sua família.
Apesar de ser um game lançado primeiramente para o Nintendo DS (o jogo saiu meses depois para o PSP, e para Android e iOS), a história é bem pesada. Envolvendo mortes, traições, e tudo o que um legítimo submundo tem para oferecer, seu enredo, apesar de simplificado, devido a ser um game portátil, tem muito a oferecer. Por isso cativou tanto todos aqueles que o jogaram, pelo menos uma vez.
5. GTA Vice City
Já assistiu Scarface? Então você vai adorar GTA Vice City. A equipe responsável pelo game de 2002 é fã declarada do filme de Tony Montana. Se em 2001 GTA III tinha uma estação de rádio que tocava apenas as músicas do longa, no game seguinte a própria história em muito se inspirou no trabalho de Brian de Palma.
Muitos elementos de Scarface estão na Vice City que tem Tommy Vercetti como protagonista. Desde easter eggs, como a lendária motosserra num quarto de hotel, até a mansão, que também é bem parecida, o caso do recém saído da prisão que tem de reaver dinheiro sobre uma transação mal sucedida, e que vai crescendo a ponto de se tornar o chefão do crime na cidade, vai cativando o jogador, missão por missão.
Por ser bem parecida com a história de Tony Montana, o enredo já começa bem, funcionando quase que como uma homenagem ao longa dos anos 80. Porém, não é só uma “simples cópia”. Ver Vercetti crescendo durante o jogo, criando seu império comprando todo tipo de negócios, igual ao seu “colega” cubano, e lidar com seus rivais é, de fato, uma história muito legal de se acompanhar.
4. GTA San Andreas
C.J. é um dos personagens mais carismáticos dos videogames. Mas, quem decide acompanhar sua trajetória, consegue apreciar ainda mais a vida do personagem. A jornada que inclui o resgate da Groove Street, traição, corrupção, e até eventos reais que a Rockstar recriou no game, como os violentos tumultos de Los Angeles em 1992, traz uma história muito interessante de se acompanhar.
Como San Andreas é um estado, e o game ofereceria algo inédito para a sua época, que seriam várias cidades vizinhas entre si, o enredo do game sabiamente coloca o jogador em contextos diferentes a todo momento. São vários personagens diferentes, com motivações específicas, e que sempre somam na história.
Seja andando pelas ruas de Los Santos, a jornada pela área rural, embalada por “Lousiana Woman, Mississippi Man”, ou até mesmo as aventuras em Las Venturas, há muito não só a se fazer no lendário game. Mas também a se conferir, em uma história que é tão ambiciosa quanto o próprio game em si.
3. Red Dead Redemption 2
A história de Arthur Morgan e a gangue Van der Linde também é digna de elogios. Com um enredo que foca hora no grupo, hora em personagens específicos, aqui a Rockstar conseguiu, de maneira brilhante, explicar muita coisa sobre os motivos e razões dos eventos do primeiro game da série.
O incrível é que, tanto a história geral, quanto a de Arthur, impressionam. Quem jogou o primeiro game, fica de queixo caído ao ver tantos detalhes, falados, ou comentados pelos personagens do primeiro jogo, expostos no game. Até as pequenas coisas, como um easter egg de Bonnie MacFarlane, personagem importante do game original, estão lá.
Já sobre Arthur, a história de redenção sobre um homem que busca ser honrado, a sua maneira, em meio a tantos problemas, vai se tornando algo cada vez mais cativante. Momentos importantes em sua vida são revelados para os jogadores, que vão se conectando cada vez mais com o personagem. Tudo isso é coroado pelo seu desempenho durante o jogo, especialmente se os seus níveis de honra estão elevados.
E, por fim, John Marston. O game faz questão de explicar, nos mínimos detalhes, muito sobre a vida do homem, da construção de sua família, e do rancho Beecher’s Hope. Além de eventos que geraram o que aconteceu no primeiro game. Falei sobre o fim deste game, e sobre as muitas coisas bacanas que a Rockstar colocou em seu enredo. Se você terminou o game, vale a pena a leitura.
2. GTA IV
Como game, muitos jogadores não gostam muito de GTA IV. Mas todos aqueles que gostam, com certeza, curtem sua história. Um pouco mais pesada do que o usual em GTA, aqui temos Niko Belic, em sua busca de vingança, enquanto tenta viver o “American Dream”, uma vez que veio do Leste Europeu em guerra.
Há sim momentos engraçados, personagens divertidos e momentos “padrão Rockstar“. Mas, não tem como negar que a vida de Niko é dura, que sua mente está devastada, por tudo o que viu, e sofreu, e que a vingança foi o que acabou por fazer com que muitas coisas ruins acontecessem com ele.
Não é um game com “final feliz”. Niko tem que conviver, missão após missão, com traição, maldades e perdas. Mas também cria laços de amizade muito importantes durante sua estada em Liberty City. Isso sem mencionar os diversos “arcos”, que até renderam dois capítulos extras para o jogo, que deixam a história ainda mais interessante.
GTA IV merece uma oportunidade, até para aqueles que não gostaram muito do jogo. Sua história é boa, e, com várias coisas acontecendo em uma cidade vibrante, mostra como a Rockstar consegue criar bons e dinâmicos enredos.
1. Red Dead Redemption
Apesar do sucesso do segundo game, é o primeiro Red Dead Redemption que continua, na opinião de muitos gamers, como o auge da Rockstar, na arte de contar histórias. A história envolvendo John Marston, e seu drama envolvendo a captura de seus antigos companheiros de gangue contou com muitos momentos memoráveis.
Apesar de não contar com o mesmo tom cinematográfico de sua sequência, o que foi apresentado ali já foi suficiente para cativar os jogadores. Em raras ocasiões, os jogadores conseguem se apegar ao personagem que, mesmo cumprindo suas missões, estava, na verdade, servindo a propósitos de pessoas arrogantes, que usavam-o sem dó, se aproveitando de seu ponto mais fraco.
Além disso, também temos bons momentos em família, nos pontos finais do jogo, personagens secundários que permitem dar ao protagonista uma postura mais honrada em meio a todo o caos que ele vê, uma parte bastante interessante no México, além de personagens e momentos marcantes.
Sem sombra de dúvidas, Red Dead Redemption é, praticamente, um livro em forma de game. Que nos permite viajar até sua época, no final da era do Velho Oeste, e conhecer personagens, contextos, e enredos fora de série.