GameXP 2019 – A CBCS quer protagonizar o cenário de CS:GO no Brasil
Com o passar dos anos, o Brasil foi vendo muitos talentos em Esports aparecendo para o mundo. E, com a ascensão dos Esports, incluindo o Counter Strike, que saiu das Lan Houses e hoje atrai milhares de espectadores em seus estádios, transmissões e times milionários, brasileiros e brasileiras vão fazendo sucesso no cenário. Entretanto, mesmo em meio a vários torneios locais com o CS:GO, não havia um projeto a nível nacional, para apresentar jogos e jogadores para o grande público.
Esta foi a brecha encontrada pela CBCS, o Campeonato Brasileiro de CS:GO. Com a sua primeira rodada realizada na GameXP 2019, o projeto é ambicioso, e busca, nas palavras de Miah Campos, organizadora do torneio, “mais que um torneio, e sim, uma nova maneira para que o público brasileiro consuma CS:GO“.
Em conversa que aconteceu durante a GameXP 2019, questionei Miah sobre o formato da competição, as ambições da liga, e sobre qual a razão que faz o projeto possa ter maior atenção do público. Ela nos explicou que, apesar do CS:GO manter a qualidade entre os jogadores brasileiros, o protagonismo do game no universo dos Esports diminuiu.
Potencial para uma comunidade mais ativa, e o surgimento de novos talentos
Ela acredita que mesmo assim, há uma excelente audiência, e potencial para oferecer um cenário nacional. Que possa envolver jogadores e espectadores. A CBCS busca pegar esta audiência “pulverizada” entre vários torneios. E oferecer um campeonato regular, mais longo, e com a promessa de maior interação com o público.
Questionada sobre o formato do evento, e sobre a busca por expansões, foi explicado que no ano 2, o torneio terá a CBCS Academy, para buscar apresentar novos talentos. Tanto para os times da liga, quanto para o mercado geral de CS:GO. E, ainda falando sobre o modelo de franquias, Miah explicou sobre os desafios de se trazer um torneio com um formato que, apesar de ser bem comum em outros países, seja em esportes tradicionais, ou em Esports, no Brasil ainda é algo pouco utilizado.
Ela nos explicou que todos os times são sócios da liga. E significa que todos os times tem participação dos resultados. A ideia é a de equilibrar a liga e garantir competitividade. Miah citou a NBA como um dos exemplos que os inspiraram para o CBCS, e disse que a ideia é também de oferecer transparência. A CBCS permitirá aos times fazerem auditorias dos valores da liga, para terem consciência dos valores que o torneio receberá. Os times tem cinco anos de contrato, com possibilidade de expansão.
A CBCS quer mais profissionalismo nos Esports no Brasil
Como liga, também foi explicado que a liga busca melhorar o profissionalismo dos Esports no país. A liga pede para que os times participantes precisam registrar todos os jogadores e técnicos no regime CLT. Também faz parte da liga o Salary Cap. Um meio de equilibrar os valores de gastos entre os times. Assim, os times, através de uma aliança criadas entre eles, decidirão um valor que será o salário-teto do torneio. Uma proposta de salário superior ao teto terá que ser remunerado aos outros times da liga, para cada um real a mais gasto.
Assim, a CBCS acredita que o cenário pode ser mais equilibrado. Com os times crescendo juntos, e profissionalizando-os mais, pois, por exemplo, os times terão que ter gaming houses em São Paulo, pois as partidas serão presenciais. Seja pelos prêmios financeiros, pelas vagas em torneios oficiais, ou pelas possibilidades de melhorias profissionais, a organização do CBCS acredita que suas propostas iniciais, podem ajudar a alavancar o cenário competitivo de CS:GO no país.
O CBCS teve seu início no dia 25 de julho, na GameXP. INTZ, Evidence e Redemption estrearam com vitórias. O campeonato volta no dia 5 de agosto, com transmissão no SporTV, além dos canais oficiais do torneio.