GirlGamer SP: A união entre as garotas está fazendo a força nos eSports

8 de outubro de 2019
GirlGamer SP: A união entre as garotas está fazendo a força nos eSports

Como forma de valorizar e incentivar o cenário feminino de eSports, o GirlGamer Festival reuniu equipes femininas de League of Legends e CS:GO, que disputaram vagas para as finais na segunda metade de agosto. E, nos dias 5 e 6 de outubro, finais presenciais aconteceram nos estúdios da BBL, em São Paulo.

Mas engana-se quem esperava assistir apenas a disputas entre as equipes femininas. O evento também serviu para uni-las, cada vez mais. Buscando espaço no cenário, o ambiente estava leve, mesmo com os sentimentos distintos de vencedores e perdedores. Em jogo: a vaga da representante sul-americana, no mundial do GirlGamer, em Dubai.

Mas o que mais se podia ver nos estúdios, além do clima natural de competição, era um clima de amizade e companheirismo. Jogadoras de equipes que nem faziam parte da competição, como a dinha, da Black Dragons, que foi apoiar as colegas. Quem ganhava, em alguns casos, fazia questão de ir até o local das vencidas, dar um abraço, e uma palavra de apoio.

GirlGamer SP: A união entre as garotas está fazendo a força nos eSports

Elas sabem que o um evento como este é de muita importância para o cenário feminino. A goddess, que joga CS:GO pela Vivo Keyd, e já participou de um ArkadeCast conosco, comentou que tanto o GirlGame, como a BGS eSports (que também terá torneios femininos), é muito bom, pois há menos de um ano, não haviam muitos torneios femininos. O GirlGame, para ela, é uma oportunidade única, pois, apesar do evento já existir há alguns anos, não havia uma classificatória sul-americana,

Para ela, o torneio na BGS, que é considerado por elas como o “brasileirão feminino” da categoria, também é uma ótima oportunidade para mostrar que o cenário brasileiro está crescendo, e ofertando investimentos.

GirlGamer SP: A união entre as garotas está fazendo a força nos eSports
A Vivo Keyd, time da goddess, que participou das competições

Letícia Motta, analista de League of Legends, e que atuou nas transmissões do evento, valorizou o ambiente saudável do GirlGamer, além de explicar que tal exposição também serve como inspiração para que mais garotas adentrem o universo dos eSports:

“Pra mim o GirlGamer foi uma ótima oportunidade pras mulheres poderem ter seu espaço e apresentarem seu trabalho. No esporte eletrônico ainda é muito difícil conseguir se destacar sendo mulher, seja por falta de oportunidade ou porque poucas mulheres sentem que esse é um ambiente seguro. Então esse campeonato é muito importante pra que as jogadoras consigam competir num ambiente saudável, sem toxicidade, e comecem, pouco a pouco, a mostrar que estão lutando pelos seus sonhos também. Quanto à comunidade, vejo também que é uma inspiração pra todas as mulheres ver que estamos conseguindo esse espaço, porque é só o começo.”

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No CS:GO, tivemos uma final Brasil x Argentina. INTZ e Isurus se enfrentaram, e as brasileiras garantiram o título e a vaga para Dubai após conseguir uma virada por 2×1. A INTZ perdeu no Inferno, mas venceu em Mirage e Dust 2. A equipe, composta por santininha, fly, gabee, REGIANE, e napeR, havia conquistado a vaga um dia antes, ao vencer a Vivo Keyd, também por 2×1. A Pain Gaming também participou do torneio, mas foi eliminada nas semi-finais.

Já no League of Legends, também deu Brasil. A Team Innova, formada por FiodoCabelo, Jessie, Juraxxus, Jime e Giu, venceram as meninas do Pink Swords por 2×1. A Pink Swords chegou à final vencendo as mexicanas do GLG Esports, enquanto a campeã Innova consquistou sua vaga vencendo as chilenas do Eldeweiss.

O GirlGamer Festival passou por quatro cidades para fazer suas seletivas: Sydney, na Austrália, Seul, na Coreia do Sul, Madrid, na Espanha, e a última, em São Paulo. As classificadas, tanto em League of Legends, quanto em CS:GO, se enfrentarão em Dubai, nos Emirados Árabes, entre os dias 12 e 14 de dezembro.

Junior Candido

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