Sony patenteou outro cartucho para o Playstation
Há um ano atrás, a Sony patenteou um cartucho. Na ocasião, se tornou público questões de design, como a sua construção em metal e resina sintética. Não se sabe, até o momento, o que a empresa busca com este produto, desenvolvido com foco em Playstation. E agora, um segundo cartucho apareceu em registros de patentes.
Desta vez, a Sony Interactive Entertainment registrou no INPI, o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual, no Brasil, um cartucho desenvolvido pela equipe do Playstation no Japão. Com dados descobertos pelo Let’s Go Digital, o documento mostra informações como o nome do responsável pelo design e a sua função.
Yujin Morisawa, design de arte sênior da SIE, que também é responsável por todos os produtos associados ao Playstation, é o nome por trás deste cartucho. E, no documento, se trata de “um dispositivo para gravar e armazenar dados”.
O que será que vem aí? Novo portátil, ou novo meio de guardar dados no Playstation 5?
Com poucas informações até o momento, o que resta é especular. No ano passado, com o primeiro cartucho patenteado, rumores se levantaram sobre um possível sucessor ao PS Vita, já descontinuado. Mas, em maio de 2018, o diretor da Sony, John Kodera, disse que via games portáteis como “meio de entregar mais experiências de jogo“. Sem algo concreto, ele poderia estar falando não só de um portátil, mas de ferramentas como a PS4 Remote Play, que permite que smartphones exibam a tela do console, desde que na mesma rede em que o Playstation 4 está ligado.
Entretanto, a Sony conta com um histórico problemático com mídias próprias. Nem pela qualidade dos produtos, mas por serem produtos exclusivos aos seus consoles, e caros. O PSP original usou o Memory Stick, cartão que a Sony usava em suas câmeras digitais na década passada, para guardar dados, enquanto o PSP Go usava o M2, uma versão mais compacta. Ambas fugiam do padrão SD (que depois viraria o Micro SD que conhecemos hoje), e custavam muito mais do que um cartão “comum”.
O PS Vita foi ainda pior, ganhando um cartão exclusivo, e extremamente caro. Até hoje, tais cartões são vendidos a preços absurdos, como o de 16 GB, que é vendido em sites pela Internet por R$ 299. Um cartão micro SD de 16 GB custa, hoje em dia, entre R$ 15 a R$ 30, dependendo da loja, e da marca.
Será que o Playstation 5 repetirá a “fórmula”, explorando uma memória (provavelmente de expansão) exclusiva da Sony para o console? O SSD que a Sony utiliza em seu projeto, que promete loadings rápidos pode indicar isso. Especulando, pode-se acreditar que tal cartucho, que lembra um pouco os cartuchos de expansão de RAM do Saturn, possa ser um método “prático” para a expansão de memória do console, sem a exigência de um mínimo de conhecimento de manuseamento de HDs e SSDs, necessários para trocar discos de Playstation 3 e 4.
Mas também devemos lembrar que patentes não significam, necessariamente, o iminente lançamento do produto. Patentes são registradas a todo momento, com as empresas buscando sempre desenvolver soluções para seus consoles. A Nintendo, por exemplo, patenteou, nos últimos meses, o controle de Super NES para o Switch, que se tornou real. Mas também patenteou um case de smartphone com o formato do Game Boy, o qual ainda não ouvimos nada a respeito.
Assim, resta a nós aguardar a Sony em seus próximos anúncios, para explicar, de fato, pra que servirá este cartucho. Hoje, você acha que serve para quê?