#MayThe4thBeWithYou: Assisti todos os filmes de Star Wars pela primeira vez em 2021!
Há muito tempo, em um planeta não muito distante, uma nova mitologia surgia. Assim como povos antigos, como os gregos, os romanos, os fenícios e os galeses, esta geração teria uma nova história, um novo universo, e novos heróis. Conheceriam elementos misteriosos, que gerariam não só curiosidade, mas o início da maior franquia do cinema em todos os tempos.
E, neste mesmo planeta não muito distante vivia eu, uma criança dos anos 90 que, sabe-se lá por qual motivo, jamais havia assistido qualquer filme da trilogia inicial de Star Wars. Mesmo assim, já conhecia tudo o que era essencial para a série: a Força, quem era o Mestre Yoda, e até que Darth Vader era o pai de Luke Skywalker.
Fui bombardeado pelos inúmeros games lançados para os videogames naquela época. Em particular, lembro de dois: Rebel Assault, para SEGA CD, e Shadows of the Empire, para Nintendo 64. Também lembro, muito bem, do impacto que foi a chegada do Episódio 1, em 1999, quando via nos jornais filas e filas de pessoas pelo mundo, fantasiadas de Jedi, para assistir o retorno da franquia, após tantos anos longe das telonas.
Mas, sei lá qual o motivo, nunca me interessei em ver nenhum dos filmes. Embora sempre olhava as capas das fitas VHS nas locadoras, nunca tive interesse de pedir para meus pais para alugar, quando criança. Já adolescente, ir aos cinemas não era algo que fazia com muita frequência. Nasci em São Paulo, mas passei a infância no interior de São Paulo, em uma cidade que não tinha cinemas. E, adolescente, já vivendo na cidade grande, não tinha o costume, indo passar a frequentá-los já na fase adulta.
Além disso, minhas preferências eram outras. Variavam entre longas de comédia, filmes do Jackie Chan e filmes sobre a Mafia, como Scarface ou O Poderoso Chefão. Também adorava Matrix. Sempre achei interessante o universo de Star Wars. Mas sabe-se lá a razão, nunca quis pegar um filme pra ver. Mesmo quando o SBT transmitia os filmes, acabava ignorando. Nunca “não gostei” da série, só não a encarava como prioridade.
Porém, jogava alguns games, e conhecia o suficiente para entender sua mitologia e a razão pela qual a franquia arrebata fãs por todo o mundo. Até que, enfim, em 2021, resolvi ver os filmes. “Culpa” da Disney+, que oferece toda a saga além de suas séries, na plataforma. Assim, não faltavam mais desculpas, embora já havia, anteriormente, muitas outras oportunidades de assistir aos filmes da série.
A trilogia original justifica a idolatria por Star Wars
Comecei pela trilogia original, no Episódio IV, pois resolvi ver em ordem cronológica do cinema, não dos eventos. Uma Nova Esperança me chamou muita atenção por parecer quase que um filme experimental, pois era algo totalmente novo para o mundo do cinema naquela época. Inclusive tentei me colocar na pele de quem viu o longa em 1977.
O filme, bem divertido, é interessante por apresentar os conceitos essenciais da série logo de cara, mostrando já o interesse de continuidade. E, mesmo com coisas bem limitadas como o “treinamento” de Luke, e a “luta” entre Vader e Obi-Wan, deu pra aceitar tudo o que foi apresentado, até por entender a situação de “aposta all-in” que George Lucas deu para o filme.
Ah, e já comecei a virar fã dos meus personagens preferidos da guerra toda: C-3PO e R2-D2. Inclusive, eu adoro a “inconveniência” do robô amigo dourado, sendo colocado perfeitamente em qualquer momento dos filmes, atraindo o lado cômico. Han Solo, Chewbacca, Mestre Yoda, Luke Skywalker, Princesa Leia e tantos outros… quantos personagens legais, George Lucas!
Já O Império Contra-Acata, por sua vez, mostra tudo o que George Lucas já poderia ter feito antes, se tivesse crédito e grana suficiente naqueles dias. Que filme bacana! Mesmo Star Wars sendo um filme focado na ação e nos “zuns zuns” dos sabres de luz e “tins tins” dos tiroteios, agora tínhamos também uma ótima história, e a famosa revelação, que Homer Simpson fez o favor de entregar já na fila do cinema:
Já o Retorno de Jedi, que eu chamei com boas intenções de “Chapolin Colorado no Espaço”, é demais. Se tornou meu segundo filme preferido, não só pelo desfecho da trilogia ser bem feito e contar com momentos bem legais, mas por trazer muito do humor pastelão, que eu gosto, no meio da tensão de uma guerra.
Enfim, gostei muito de ver a trilogia original, mesmo remasterizada e sem o mesmo “ar” de ter conferido em tempos mais antigos. Valeu não só como uma volta no tempo, como também em observar como bons filmes podem ser atemporais.
A “segunda trilogia” e meu filme preferido
Se os fãs esperaram 16 anos para ver um novo filme Star Wars, eu só esperei por um novo final de semana. Chegou a hora de conhecer Anakin Skywalker, com quem já tinha mais afinidade, afinal, jogara Star Wars: Racer no passado. E, sendo bem sincero, tanto A Ameaça Fantasma quanto Ataque dos Clones não me cativaram tanto. Mas não achei justas as críticas que fizeram a eles no passado.
São filmes que explicam bem toda a construção do cenário de guerra que estava sendo construído, mas o ritmo de ambos os filmes cansa em certos momentos. Mas ambos os filmes tem finais legais e que valem a pena.
Agora, meus amigos, A Vingança dos Sith. Que filme sensacional. Consegue explicar mais sobre a situação Jedi, trazer uma dramaticidade que eu ainda não tinha visto nos outros filmes Star Wars (sei que os quadrinhos e livros possuem tal profundidade, mas nos filmes, ainda não tinha visto), contar uma história excelente, trazer combates e lutas excepcionais e, ainda por cima, trazer uma ascensão incrível de Darth Vader.
Se tornou, assim que terminei de ver, meu filme preferido de toda a saga. O que O Retorno de Jedi me agradou por ter vários momentos descompromissados e engraçados, a A Vingança dos Sith me cativou exatamente pelo oposto: por trazer uma história mais profunda e um ambiente mais sombrio, mas que conectava diretamente a “uma nova esperança” em seu final. Demais!
E a Disney?
Com duas trilogias completas, hora de ir para “o maravilhoso mundo de Walt Disney” e ver a trilogia final. Já fui não esperando “muita coisa”, afinal, estamos na era do entretenimento por algoritmos, que focam mais em entregar o que os acionistas querem do que um bom filme pode oferecer. Não que no passado não fosse assim, mas atualmente isso pesa mais, ao meu ver. Mas, fui de coração aberto.
Gostei da nova protagonista, Rey, e a sua construção de heroína, de maneira semelhante a ocorrida com Luke. Finn também é legal, além de Ren. E eles cumprem seus papeis muito bem. Eles não substituem ninguém, só dão vida a uma nova era, e tá ótimo como está. Também deu pra ver várias tentativas de trazer nostalgia, que também é útil para conexão do passado ao presente. Gostei e só.
Já Os Últimos Jedi é chato, hein? Na boa. É legal ver o desenrolar dos eventos e ver algumas coisas importantes para a saga acontecendo. Mas de todos, esse é o que se arrasta mais. Enquanto os outros filmes era bater o olho e ver que já tinha passado uma hora de história, neste aqui, tudo parecia demorar mais do que deveria. Mas, como conta com elementos chave para o desenvolvimento da franquia, ok também.
E, por fim, o episódio IX, A Ascenção Skywalker. Um filme que me chamou atenção de várias formas. Não é lá um dos melhores filmes que já vi, mas conclui eventos de maneira honesta e encerra ciclos muito bem. Também é fácil notar o alto tom de nostalgia, que já havia sido tentado nos filmes anteriores, mas que desta vez acertaram muito bem. Minha nostalgia de duas semanas foi muito bem servida.
E a construção deste, com suas novas revelações e novos significados também funcionaram bem. Diria que, embora o fã mais tradicional de Star Wars buscasse mais nesta trilogia, a achei decente. Não são, de fato, filmes extraordinários, mas podem ser considerados, afinal, legítimos filmes Star Wars. Em um contexto geral, gostei sim. Apesar de seguir preferindo o Ep. III e o Ep. VIII.
E agora? Vamos continuar investigando o espaço!
Bom, agora que enfim tomei vergonha na cara e vi todos os nove filmes da série principal, hora de me aprofundar mais no universo. Assistirei, claro, os demais filmes e as séries. Assim como seguirei buscando mais sobre o universo. Para entender mais sobre questões que ficaram em aberto pra mim.
Star Wars, mesmo sem nunca ter visto um filme da série por tantos anos, sempre me chamou a atenção por sua profundidade. Conseguia, mesmo com filmes mais focados na ação e na atração do grande público, expandir seu universo de uma forma incrível. É demais saber que vários livros, quadrinhos e até games (onde eu aprendi inicialmente sobre este universo) são canônicos e se encaixam, de um jeito ou de outro, no universo principal.
Assim, explicam mais sobre quem quer saber mais, e deixam os filmes livres para serem o que eles realmente são: blockbusters cheios de efeitos especiais que garantem bons momentos de ação e diversão. Escolhi, inclusive, o 4 de maio para este artigo, justamente por entender que, embora não tenha me tornado o maior fã da saga em todo o mundo, com certeza Star Wars ganhou um novo “amigo”, pronto para conversar sobre o seu universo em qualquer lugar.
Por isso, agora, neste 4 de maio, peço licença pois vou procurar algo de Star Wars pra ler, assistir, ouvir ou jogar. Quer sugerir algo pra assistir, ou ler? É só comentar aí embaixo!
E que a Força continue com você!