Análise Arkade – Labyrinth City: Pierre the Maze Detective é um relaxante passatempo

22 de junho de 2021
Análise Arkade - Labyrinth City: Pierre the Maze Detective é um relaxante passatempo

Lembram dos jogos de passatempo de revistas no estilo “Olho Vivo” ou então “Onde Está Wally“? Pois bem, Labyrinth City: Pierre the Maze Detective segue exatamente essa linha, trazendo cenários complexos no melhor estilo de Wally com uma história que lembra outro clássico: Carmen Sandiego.

Adaptado pela desenvolvedora Darjeeling a partir de uma série de livros infantis conhecidos no exterior como “Pierre The Maze Detective“, o game nos coloca no papel do detetive Pierre, que busca recuperar a Pedra do Labirinto roubada pelo misterioso gênio do crime Mr. X — será que é o vilão de Streets of Rage, ou aquele de Resident Evil 2 Remake?

Análise Arkade - Labyrinth City: Pierre the Maze Detective é um relaxante passatempo

O jogo apresenta uma narrativa simples e carismática, com mapas labirínticos muito bem desenhados e um ritmo que tem tudo para ser divertido para crianças e relaxante para adultos.

Um livro interativo

A história de Labyrinth City lembra de fato um livro infantil. Sua narrativa é no formato de uma fábula, apresentando uma corrida constante do detetive Pierre e sua assistente atrás do misterioso ladrão. A narrativa é propositalmente infantil, ao ponto de ser bastante carismática e até fofa em alguns momentos. O que com certeza pode agradar crianças com menos de 7 anos, e também divertir seus pais.

O game funciona num ritmo de fases, com cada fase sendo um grande labirinto no qual você possui uma missão principal que, basicamente, gira em torno de encontrar determinados personagens no decorrer do mapa. Mas para aumentar a graça dos mapas labirínticos, você também possui alguns colecionáveis para encontrar. Em cada fase temos três estrelas, quatro páginas, quatro tesouros e um troféu especial para encontrar.

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Essas “missões” opcionais acabam deixando a jogatina ainda mais divertida, com o jogador explorando sem pressa e com mais gosto cada cantinho dos complexos cenários artísticos em 2D criados para o jogo. A sensação é de estar com um daqueles antigos almanaques de joguinhos que eram vendidos nas bancas de jornal, como aqueles da Revista Recreio nos anos 90 e 2000.

Variedade muito criativa

O jogo se resume basicamente a isso: superar labirintos interativos do ponto A ao ponto B (e depois ao C, D, E…) enquanto explora cantinhos e interage com o cenário para encontrar os colecionáveis. É uma jogatina bem simples e linear, mas nem de longe causa a sensação de repetição ou tédio, principalmente pelas suas qualidades ímpares.

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A primeira delas é o seu visual, que tem um traço muito carismático, lembrando sempre um desenho de criança muito bem feito, ou alguma animação no estilo Tintim. Os cenários são sempre muito coloridos e chamativos, repletos de detalhes que não fazem diferença para a resolução dos puzzles, mas agregam uma pitada de carisma extra muito bem-vinda à experiência.

A variedade de cenários é sensacional. Desde museus que ganham vida até toda uma rede de complexa de pontes numa floresta de lenhadores, passando por castelos mal assombrados, cidades no estilo grego, portos, andares e mais andares de lojas populares, e muito mais. Cada mapa tem seu próprio tema, representando situações complexas e interessantes de se ver e interagir.

Análise Arkade - Labyrinth City: Pierre the Maze Detective é um relaxante passatempo
Os labirintos são muito maiores do que cabe nas imagens!

Tudo isso apresentado sempre num tom de humor leve e carismático, com uma trilha sonora igualmente carismática, mesmo que levemente repetitiva em algumas fases. No fim das contas, é um jogo muito interessante em vários aspectos, mesmo que seja um simples passatempo.

Um exercício saudável para a mente

Como a maioria dos jogos de puzzle, Labyrinth City é uma ótima pedida para exercitar a mente. Para crianças, ele pode ser um ótimo incentivo para atenção concentrada, raciocínio espacial e resolução de tarefas complexas. Já para adultos, serve principalmente como uma atividade lúdica e relaxante, pois possui ritmo e temática bem diferentes do que estamos acostumados.

Análise Arkade - Labyrinth City: Pierre the Maze Detective é um relaxante passatempo

Mesmo no mundo dos jogos, onde temos várias oportunidades diferentes de exercitar vários aspectos mentais, Labyrinth City é um ponto fora da curva. Por ser uma experiência tão despretensiosa e cheia de aspectos relaxantes, o jogo vai muito mais na direção de um New Pokémon Snap do que de jogos mais tradicionais de puzzle.

Por fim, para os papais e mamães de plantão, o jogo ainda é uma ótima oportunidade de passar um tempo com seus filhos mais novos. Poder dividir essa experiência entre família é algo que cai como uma luva em um momento onde estamos mais restritos às atividades dentro de casa. Uma pena que o game só possui textos em inglês, pois seria muito mais acessível caso tivesse textos em português devido a sua temática.

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Labyrinth City: uma experiência analógica no mundo virtual

Labyrinth City acaba por ser um jogo muito simples, mesmo que tenha uma boa variedade de fases e um fator replay interessante. Entretanto, é uma oportunidade ímpar de fazer gerações diferentes dialogarem e conseguirem jogar juntas.

Com simplicidade e carisma, o game sem dúvida tem tudo para entreter crianças que precisam de uma atividade que requer atenção, e adultos que buscam um passatempo colorido e divertido para fugir do stress do dia a dia.

Labyrinth City: Pierre the Maze Detective está sendo lançado hoje (22 de junho de 2021), com versões para Nintendo Switch, Android, iOS e PC (versão analisada). Infelizmente, o game não recebeu localização para o nosso idioma, e conta com áudio, menus e legendas em inglês.

Gilson Peres

Gilson Peres é Psicólogo, Mestre em Comunicação e aqui no Arkade fala principalmente sobre Realidade Virtual, jogos de PC e novas tecnologias desde 2019.

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