Preview Arkade – Conhecendo o caos de Riders Republic
Quando a Ubisoft anunciou Riders Republic, muita gente ficou curiosa em saber como, de fato, seria o game. Houve quem dissesse que seria um “Fall Guys” de corrida, enquanto outros apostavam que seria um game que misturaria os elementos já conhecidos de games da companhia francesa, com jogos radicais do passado, como Tony Hawk, Cool Boarders e tantos outros.
Assim, para entender um pouco do que esperar deste game, jogamos a sua versão beta, gentilmente cedida pela Ubisoft. A versão, que não é a completa e que traz um pouco do que o game irá oferecer, já é suficiente para entendermos a proposta, o gameplay, e projetar expectativas para uma série que busca ser bem diferente do que estamos acostumados.
Descendo a montanha, sem fazer manha
A essência do game, ao menos pelo o que jogamos é: desça montanhas, em vários veículos, e participe de centenas de atividades no mundo do game. Você terá à disposição vários meios de disputar provas. No beta, joguei com bicicleta, esqui, snowboard e snowmobile, além de um pouquinho de voo no foguete. Cada veículo conta com provas específicas.
As bicicletas rendem corridas de descidas alucinantes com muitos saltos, curvas fechadas e possibilidades de quedas e acidentes. O esqui é semelhante, mas em cenários com neve. O snowboard segue a tendência de fazer pontos com manobras e no snowmobile, a corrida também é o foco. O wingsuit, por sua vez, traz provas do tipo Pilotwings, no qual é preciso alcançar o ponto na tela para seguir a prova.
O gameplay é bem simples, embora possa ser ajustado pelo jogador. Para as corridas, por exemplo, o gameplay é bem ágil e fluído, sendo bem acessível, por exemplo, para jogadores que quiserem curtir o game de forma casual, sem compromisso com a exploração mais profunda do seu universo. No snowboard, por exemplo, as quedas podem ser automáticas, se o jogador assim quiser.
Também há um modo de rewind, como nos games da Codemasters. Mas, há uma particularidade por aqui: o rewind funciona apenas para você, não para o mundo do game. Em outras palavras, se você quiser usar o rewind, que é ilimitado, para corrigir uma queda errada, pode usar, mas seus adversários seguirão a corrida naturalmente, te ultrapassando. É só você que “voltará no tempo”. Isso será bem interessante em eventos online.
O foco, está bem claro, é a diversão. Haverá meios de potencializar a experiência, através de personalização e até uma central de manobras, porém o beta já nos deixa tranquilos para dizer que Riders Republic tem conteúdo e gameplay suficientes para atrair tanto os jogadores casuais, quanto os que querem explorar de maneira mais profunda seu mundo.
Um bom desempenho para o caos
A versão jogada rodou em um Xbox Series S. É claro que não vamos avaliar um projeto que está em andamento, mas já dá pra destacar algumas coisas. Entre elas, a viagem rápida quase instantânea entre os locais do game. O mundo é grande e pode ser explorado a bordo de um veículo, mas as viagens rápidas se fazem necessárias aqui, para o jogador não perder tempo apenas circulando entre os eventos. E é extremamente rápido viajar de um local ao outro do mapa.
Outra questão interessante é que, mesmo em um mundo cheio de coisa acontecendo, o desempenho se mantém satisfatório. Não sei dizer se esta situação será semelhante em Xbox One e Playstation 4, mas posso dizer que, se The Crew 2 rodou bem, Riders Republic tem, no mínimo, a possibilidade de trazer desempenho semelhante. No Xbox Series S, conforme prometido, o game rodou a 60FPS.
É importante observar esta questão, pois estamos falando de um game que terá muita coisa acontecendo, ao mesmo tempo. É muito comum você estar em um traçado de uma corrida, e ver outros competidores disputando outras provas, cruzando o seu caminho. E, com o jogo devidamente lançado e com os servidores cheios de gente, teremos uma situação bem caótica, mostrando bem a intenção dos seus desenvolvedores.
Construindo seu legado
Tivemos acesso a poucos elementos neste sentido, mas é possível ver que a customização será gigantesca em Riders Republic. Entre roupas, por exemplo, você terá acesso até a fantasias de dinossauros, coelhos e, não duvido nada, que no futuro apareçam também skins de games da própria Ubisoft, como Assassin’s Creed ou Watch Dogs. Isso sem falar em potenciais parcerias.
Conforme você progride no jogo, vai desbloqueando estrelas e ganhando dinheiro, para obter novos e melhores equipamentos. Com a ideia de “treine na campanha para brilhar no online”, o game vai te levando pela mão, nos primeiros momentos, mostrando passo a passo, mas sem ser chato, dos recursos do jogo.
Como o game tem proposta de um imenso foco no online, a construção do legado será de grande importância para os seus jogadores. Inclusive, há a promessa de save e multiplayer entre sistemas, de forma cruzada, como a Ubisoft já faz em seus últimos games. Tudo no game aponta para o mundo multiplayer, que, diferente do usual, dará a liberdade ao jogador escolher entre disputas casuais, ou um maior envolvimento com o game.
Um pouco de Steep, um pouco de The Crew, um pouco de Ubisoft
Riders Republic deixa bem claro, em vários aspectos, que se trata de um legítimo game da Ubisoft. Elementos comuns a vários games recentes da companhia, como mundo aberto, centenas de atividades e a possibilidade de conteúdos novos durante a vida útil do game mostra muito da proposta atual da empresa, que vem se mostrando, em números, algo que tem dado certo.
O jogador pode esperar duas coisas, com certeza: a de que conteúdos serão adicionados, constantemente, para manter o interesse e somar atividades. E a de que o online, que será com certeza o coração do game, também terá boa atenção por parte da Ubisoft. Se você já jogou The Crew ou Steep, já tem uma ideia do que poderá esperar em Riders Republic.
Inclusive, embora digam que o game tenha muita semelhança com Steep, por ter sido desenvolvido pela mesma equipe do game de esportes na neve, o que mais Riders Republic me fez lembrar foi The Crew. A variedade e a possibilidade de desbloqueio constante de novos veículos, além de um mundo aberto recheado de jogadores, e corridas que usam e abusam da criatividade, para o bem de uma jogatina divertida fazem a vez por aqui.
A experiência, apesar de não ser usual atualmente, nos remete muito aos bons tempos dos 32 e 64 bits, quando games radicais eram mais comuns. Quem viveu e jogou games como Cool Boarders, Tony Hawk, Dave Mirra Freestyle BMX, 1080 Snowboarding, ou 3Xtreme, vai acabar relembrando algum elemento, aqui e ali, presentes no game.
Assim, a promessa é a de que o game tenha bons recursos de diversão. Do modo campanha até as corridas massivas, que prometem 50 competidores ao mesmo tempo, cada um correndo com o que achar melhor (no PS4 e Xbox One serão 20 os competidores), a proposta é a mesma de sempre, mas com outros elementos: a de um game de mundo aberto da Ubisoft, com muita interação, conteúdo e atividades.
Riders Republic chega em 28 de outubro para Xbox One, Xbox Series X|S, Playstation 4, Playstation 5 e PC. A Ubisoft promete que jogadores que comprarem a versão de Xbox One e Playstation 4 poderá fazer o upgrade, gratuito, para seus respectivos sistemas de nova geração. Você poderá se registrar em betas futuros neste link.