Preview Arkade – Tandem: A Tale of Shadows e seus puzzles de luz e sombra
Que tal ajudar uma garotinha e um ursinho de pelúcia a desvendarem um crime misterioso resolvendo puzzles? Esta é a premissa de Tandem: A Tale of Shadows, jogo que pudemos testar com antecedência recentemente!
A garota & o ursinho
Tandem: A Tale of Shadows imediatamente chama a atenção do jogador por seu visual. A estética lembra muito o estilo marcante de cineastas como Tim Burton e Henry Sellick.
A build à que tivemos acesso ainda não estava finalizada, mas é fato que o jogo esbanja estilo, apostando em um bizarro que é um pouco fofinho, mas que também consegue ser perturbador — tipo Little Nightmares, sabe?
O jogo nos apresenta à uma garotinha chamada Emma. Na companhia de um urso de pelúcia chamado Fenton, ela terá que resolver puzzles por diversos cômodos de um misterioso e surreal casarão, enquanto procuram um mágico chamado Thomas Kane, que está desaparecido.
A busca rola dentro da mansão do mágico. E, na casa de um mágico, o tecido da realidade é… um pouco mais flexível, digamos assim. Então, cada cômodo acaba sendo uma verdadeira viagem psicodélica, no melhor estilo Alice no País das Maravilhas.
Cooperação single player
Mecanicamente, Tandem: A Tale of Shadows possui dois momentos bem específicos. Emma e Fenton estão sempre perto um do outro, mas em “planos” diferentes do cenário. Há barreiras e obstáculos no caminho de ambos, e eles precisam se ajudar para progredir.
A garotinha, Emma, carrega um lampião, e vai utilizar sua luz para criar caminhos de sombra para o urso Fenton. Quando sua fonte de luz falha, ela precisa improvisar, utilizando postes e arrastando barreiras para criar caminhos para Fenton. O ursinho, por sua vez, vai saltar entre plataformas para pressionar botões e acionar mecanismos que ajudam Emma a prosseguir. O cerne do jogo está nessa sinergia entre os dois personagens, pois um depende do outro.
Curiosamente, isso tudo é feito por apenas um jogador: Tandem: A Tale of Shadows é meio que um jogo cooperativo single player. Alternamos entre os dois personagens, mas cada um sempre fica preso no seu plano: quando controlamos Emma, a visão é de cima — até para enxergarmos os padrões de sombras que criamos. Já o ursinho Fenton, avança por sombras e plataformas em uma perspectiva 2D.
Nesta build provisória que pudemos experimentar, tivemos acesso a dois “mundos”, cada um com cerca de uma dezena de fases. O mapa segue um esquema jogo de tabuleiro, por onde acessamos as fases. Cada fase, na prática, é um environmental puzzle autocontido e independente, um quebra-cabeça com começo, meio e fim.
O jogo, no fim das contas, se resume a isso: resolver puzzles que passeiam por duas realidades que correm em paralelo. Os jogos de luz e sombra da garotinha abrem caminho para Fenton, que então consegue alcançar botões e mecanismos para permitir que Emma possa avançar.
Conclusões iniciais
Pelo que pude jogar até agora, Tandem: A Tale of Shadows mostrou-se um jogo um tanto formulaico, mas capaz de criar puzzles gradativamente mais complexos dentro da fórmula que foi estabelecida. A falta do lampião em alguns momentos ou aranhas implacáveis patrulhando os corredores são só alguns exemplos de elementos que vão exigir uma dose extra de perspicácia do jogador.
Puzzles que envolvem luz e sombra não são novidade no mundo dos games, mas acho que esta é a primeira vez que este tipo de mecânica é aplicada em um jogo tão estiloso — que ainda traz um gameplay “2 em 1”, com dois protagonistas que se alternam.
Justamente por isso, acredito que seria ótimo se a versão final do jogo tivesse um modo cooperativo, mas acho pouco provável que isso aconteça. Encarar os puzzles do game poderia ser ainda mais divertido em dupla, com duas cabeças pensando juntas e propondo soluções.
De qualquer modo, Tandem: A Tale of Shadows tem tudo para ser um bom exercício para o cérebro. Saberemos mais quando ele for lançado em definitivo. O lançamento deve rolar ainda este ano, com versões para PC (versão que testamos esta early build), Playstation 4, Xbox One e Nintendo Switch.