X-Men: Primeira Classe – CineReview: O começo dos mutantes
A franquia X-Men já parecia estar saturada no cinema, mesmo após o bom X-Men – Origens: Wolverine. Parecia ser difícil tirar mais da história dos mutantes – pelo menos era o que se pensava até o lançamento de X-Men: Primeira Classe, o novo e melhor filme da franquia.
Como o nome implica, a história deste quinto filme se passa antes de todos os outros quatro e mostra como surgiu a amizade – e eventual inimizade – entre Charles Xavier (James McAvoy) e Erik Lensherr (Michael Fassbender), respectivamente, Professor X e Magneto. Por isso, o diretor Matthew Vaughn gasta um tempo extra de película simplesmente para mostrar o desenvolvimento de ambos personagens, o que se mostra uma decisão acertada, gerando profunda empatia entre o público e os mutantes na tela.
Xavier (McAvoy) e Lensherr (Fassbender) em uma tradicional partida de xadrez
Aliás, a relação de Xavier e Lensherr gera os melhores momentos do filme, tanto os de tensão quanto os de humor. Adicione a isto a presença de Raven/Mística (Jennifer Lawrence), irmã de criação de Xavier e eventual interesse romântico de Lensherr, e temos um triângulo e tanto de personagens principais.
O famoso capacete de Magneto aparece no filme
O elenco, por sinal, dá um show de bola, muito graças à direção competente de Vaughn. Todos os personagens possuem momentos de importância, mostrando que ninguém está lá por apenas estar. Ainda temos inclusive a presença de alguns personagens e atores dos filmes originais, com destaque para a impagável aparição de Logan/Wolverine (Hugh Jackman).
A bela Frost (Jones) e o maníaco Shaw (Bacon) são os vilões da vez
Mas não são somente os heróis que possuem destaque. Os vilões Sebastian Shaw (Kevin Bacon), Emma Frost (January Jones), Azazel (Jason Flemyng) e Maré Selvagem (Álex González) são responsáveis pelas cenas de mais ação e pela maior quantidade de efeitos especiais do filme. Frost, entretanto, é o maior erro do filme, não pela personagem que é, mas por já ter aparecido como uma adolescente em X-Men – Origens. Aliás, os anacronismos entre Primeira Classe e Origens são bastante diversos, o que prejudica a continuidade da franquia, mas é algo que dá pra tolerar.
X-Men: Primeira Classe não é perfeito, mas chega perto disso. Altamente recomendado para fãs dos mutantes, é divertido ver como começou a relação entre Xavier e Lensherr e tentar relacionar os mutantes que aparecem no filme com os mutantes mais famosos de X-Men, como Ciclope, Tempestade e Noturno. Se você ainda tem dúvidas sobre se vai ver ou não, pode ir sem medo que o ingresso valerá a pena.
Nota: 9,0
