Como a geração antiga do universo de games continua sendo relevante?

20 de junho de 2022
Como a geração antiga do universo de games continua sendo relevante?

Quando se fala no mundo dos games, inovação, e-sports, é normal aliar tudo isso à juventude: esportistas jovens, startups com pouco tempo de mercado, prodígios na criação, desenvolvimento e lançamento de títulos. Mas quando se cita a Valve, Activision e Blizzard, estamos falando de décadas e décadas de experiência.

Os videogames não são algo novo. Quem jogou Atari estava usando um produto de uma empresa de 1972. A Nintendo, que já foi um gigante na indústria, também não conseguiu se renovar tão bem. Mas as empresas citadas no primeiro parágrafo não só se renovaram como ainda cresceram muito ao entender o atual mercado.

O eterno Counter Strike

O Counter Strike foi lançado em 1999 para computadores Windows. O jogo de tiro em primeira pessoa foi uma febre no Brasil, com lan houses abrindo suas portas a noite inteira para adolescentes participarem do chamado “corujão”.

Desde lá foram lançados novos títulos, com o atual – Counter-Strike: Global Offensive, ou CS:GO – já tendo quase uma década (2012). Como ele continua relevante em uma indústria onde lançamentos acontecem toda hora e a renovação das tecnologias também é constante?

Primeiro, é um bom jogo. Parece algo básico, mas mesmo que não tenha os gráficos mais inacreditáveis, ele é divertido de jogar, especialmente quando envolve partidas com amigos. E o segredo é esse: o jogo cria uma comunidade, uma experiência que muitos podem compartilhar e se divertir juntos.

Não à toa que ele é um dos jogos que entraram no mundo dos e-sports e as competições se multiplicaram ao redor do globo, gerando ainda mais interesse pelo título e ainda mais “braços” para esse gigante. Por exemplo, há plataformas que permitem apostas CS GO em jogos desses torneios, algo inimaginável poucos anos atrás.

Assim como o CS:GO abre uma enorme quantidade de apostas (quem vencerá tal mapa, qual equipe será campeã, quantos kills etc), o mesmo se aplica aos tradicionais jogos de futebol. Ou seja, os apostadores contam com diferentes plataformas que permitem apostas esportivas, como a Betano, onde os usuários apostam em quem vencerá, quem fará gol, quando será esse gol e outros.

E o mesmo se aplica para o DOTA, jogo também da Valve e que também é um sucesso em torneios ao redor do mundo e abre a possibilidade para apostas, comércio de itens, criação de comunidades de interessados, enfim, todo um ecossistema que vai muito além de apenas um jogo, uma distração momentânea.

Activision e Blizzard

Hoje, as duas empresas estão juntas – Activision Blizzard – mas surgiram separadas, a primeira em 1979 e a segunda em 1991.

A Activision surgiu de uma dissidência do citado Atari e começou a produzir jogos de forma impressionante nas décadas de 80, 90, 2000 e 2010. Entre os mais famosos estão a série Tony Hawk de skate, Guitar Hero de música, os jogos inspirados no filme de animação Shrek mas especialmente o Call of Duty.

O jogo de guerra é um sucesso completo, também tendo sua comunidade própria e muito ativa de jogadores e competições ao redor do mundo. A Blizzard faz o mesmo com o World of Warcraft, lançado em 2004 e cujo mundo fantástico deixa os seus fãs completamente imersos e apaixonados.

A lição é a mesma da Valve e seu Counter Strike. O incentivo na criação de comunidades, a abertura para novas tecnologias e novas ideias e o investimento em storytelling são mais fortes que colocar todo seu dinheiro em ter o melhor gráfico do mundo.

A adaptação para o mundo totalmente conectado, que até bancos tiveram que fazer, não foi fácil nem para empresas de games, que tiveram que passar de criar jogos para alguém sozinho jogar no quarto para um gamer que está conectado com o mundo.

As empresas de games e os títulos mais famosos são os que se abriram para as competições de e-sports, incentivaram o uso de streamings para compartilhar momentos dos jogos e criaram mundos fantásticos, inigualáveis, que geram uma sensação de “quero mais”.

Entre alguns dos principais campeonatos do de E-sports estão o CBLoL, que é o Campeonato Brasileiro de League of Legends, além de outros torneios como Clutch Circuit, LBFF e Liga Nacional de Futebol Eletrônico.

A possibilidade de compartilhar esse momento com amigos e conhecidos só potencializa ainda mais esses jogos, que agora geram notícias até em mídias mais tradicionais: canais de esportes transmitem as partidas, têm programas dedicados aos assuntos e fazem cobertura como se fosse uma final de Campeonato de futebol.

E o Brasil sem dúvidas é um dos países que puxam esse mercado para a frente, com grandes competições, equipes de e-sports famosas mundialmente e com excelentes resultados e um enorme mercado consumidor.

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