Tim Stamper, cofundador da Rare, comemorou a chegada de Zelda TOTK com um protótipo de Ocarina of Time
Zelda Tears of the Kingdom já chegou e como era de se esperar, cativou muitos jogadores, sendo um dos jogos mais falados do momento. Inclusive, já temos nossas primeiras impressões com o game. E, para celebrar o lançamento, Tim Stamper, um dos fundadores da Rare, resolveu compartilhar um item muito especial de seu acervo.
Trata-se de um protótipo raríssimo do primeiro Zelda em 3D, o famoso Ocarina of Time para Nintendo 64. O protótipo foi enviado à Rare em uma época a qual a Nintendo tinha no estúdio inglês uma grande arma para oferece exclusivos “fora da curva” no mundo Nintendo. Sempre muito “familiar”, era na Inglaterra que jogos como GoldenEye 007, Perfect Dark, Banjo-Kazooie ou o controverso Conker’s Bad Fur Day podiam trazer algo de diferente para a Big N.
O cartucho foi entregue em algum momento perto do lançamento do jogo, e contém a demo do jogo que foi apresentada na Spaceworld ’97. A demo em questão traz os primeiros momentos do game, como podemos ver aqui:
Esta demo está preservada no Forest of Illusion, cuja equipe focada em arquivamento de games encontrou os dados em um cartucho de desenvolvimento de F-Zero. A demo pode ser jogada em qualquer emulador ou cartucho Everdrive, no entanto, é muito bacana ver que existe um cartucho original que pode rodar um momento tão importante na história da Nintendo.
Junto com a foto, Stamper escreveu a seguinte mensagem:
“Em homenagem ao The Legend Of Zelda Tears Of The Kingdom que será lançado amanhã, eu queria prestar homenagem ao primeiro jogo 3D Zelda: Ocarina Of Time”
David Doak, também ex-Rare, trouxe informações adicionais em relação ao cartucho, resgatando notas que fez sobre o game 25 anos atrás. Os ingleses, que eram muito próximos da Nintendo, jogaram o protótipo para trazer feedback e fazerem anotações.
Entre suas anotações temos alguns palavrões sobre a câmera, reclamações quanto a IA e críticas do sistema de combate. Felizmente, o jogo final trouxe sim uma câmera boa, dentro do contexto da época (com exceção de alguns cenários pré-renderizados, que seriam corrigidos em Majora’s Mask), e um bom sistema de combate, que embora não fosse completo, foi revolucionário a ponto de ditar o que seria padrão, até hoje, em combates dentro de jogos de ação.
Dito tudo isso, é curioso ver como a Rare acabou, mesmo que de forma indireta, ajudando no desenvolvimento de Zelda Ocarina of Time. Um game que é conhecido como um dos melhores de todos os tempos, contou, no final, com um toque, mesmo que discreto, de um dos estúdios mais criativos e competentes que o mundo dos games já viu, que é a Rare dos anos 90.