Análise Arkade – Herodes traz o estilão R-Type, mas dentro do corpo humano
Na Bíblia, Herodes foi o nome de reis judeus, mas vinculados ao Império Romano, que governaram a então Judéia durante a passagem de Cristo. O nome, que vem do grego Herod, significa, segundo alguns estudiosos, algo como a “canção do herói”, ao unir as palavras heros (herói) e oides (canção).
Mas para a TecnoloGils e a QUByte, Herodes é o nome de um game “de novinha” assim como R-Type e tantos outros, mas que troca o macro pelo micro de forma bem interessante. Quer dizer: se no passado os games do gênero levavam o jogo para a infinidade do espaço e suas muitas galáxias, por aqui a ação se passa no corpo humano, dentro dele para ser mais específico.
A sinopse do game explica bem esta situação:
É o ano de 2197. A humanidade nunca esteve tão perto da imortalidade – não há doença que não possa ser curada, nenhum vírus que não possa ser derrotado. Até agora. Você usará tecnologia de ponta para se encolher e caçar um novo e misterioso vírus que não pode ser derrotado por nenhum outro meio.
E é aí que entra o jogador, que assim como o Chapolin Colorado toma uma espécie de “pílula de nanicolina” e adentra o corpo de uma pessoa infectada, para buscar o tão temido vírus. A ideia aqui é bem interessante, pois jogos como R-Type também contam com cenários cheios de entranhas e “coisas esquisitas”.
Por isso, Herodes traz um ambiente familiar, no fim das contas, porém com a originalidade de não ser um planeta, e sim as entranhas de uma pessoa, o local da ação. Isso significa que você está salvando o mundo e lidando com ameaças que um médico teria de lidar, mas com a sua navinha lidando com vírus e outras ameaças.
Fora isso, é mais um interessante shoot ‘em ups, como os dos velhos tempos. Apenas um pouco menos caótico do que os jogos clássicos, o que ajuda alguns novatos, que poderão aproveitar o game sem sofrer tanto quanto em games que eram desenvolvidos para espremer todos os seus centavos através de fichas.
Mas nem por isso o jogo é fácil. Podemos dizer que a dificuldade é justa, já que o jogador pode ir jogando para dominar o avanço dentro das seis fases, onde precisará ajudar o paciente de várias formas, ganhando poderes especiais, úteis contra os chefes e inimigos, e tudo vai se melhorando com o passar do tempo. Mas, pelo menos no começo, ele vai te fazer suar um pouco a mais, especialmente se estiver enferrujado com o gênero.
O legal é que cada fase é dentro de um órgão em específico. E sério, nunca imaginei que jogaria no coração ou no estômago de alguém. O que traz uma variedade interessante no gameplay. Por exemplo: o coração é frágil, o que impede você de sair atirando feito doido, pois poderá matar o próprio paciente ao invés de resolver o problema, enquanto o estômago é escuro, e exigirá mais desvios por parte do jogador do que tiro em si.
De qualquer forma, Herodes é um ótimo shoot ‘em up, que faz muito bem o seu papel. É um shoot ‘em up muito competente, com uma premissa criativa e que traz um ar mais novo para o gênero. A ideia do corpo humano como cenário foi bem explorada, e, embora o jogo seja muito mais difícil do que parece no começo, quem se dedicar nele vai conseguir curtir tudo sem grandes problemas.
Herodes já está disponível, para PC, Nintendo Switch, consoles Xbox e consoles PlayStation.