BGS 2023 – Jogamos Prince of Persia: The Lost Crown
Este ano, a Ubisoft trouxe o novo Prince of Persia para os jogadores brasileiros testarem antes de seu lançamento. Obviamente não estou falando do remake de The Sands of Time, que sabe se lá quando na ampulheta do tempo será lançado. Estou falando de Prince of Persia: The Lost Crown, que mostrou muito potencial!
Primeiramente, o game não segue o estilo da franquia The Sands of Time, muito mesmo o estilo original da série, lançada para computadores lá nos anos 90. O novo game é um legítimo Metroidvania, e um bem competente em sua apresentação!
Por conta de tempo disponível para jogar a demo na BGS 2023, tive que pular todas as cutscenes e focar apenas no gameplay, que é bem desafiador. The Lost Crown tem a vantagem de conseguir mesclar características padrões dos Metroidvanias com as particularidades de Prince of Persia, especialmente wall-jump e puzzles baseados em cenários.
Nos combates o game é simples, mas com uma forte demanda por timing. Você possui duas habilidades para evitar sofrer dano: esquiva e parry. E ambas demandam bastante precisão para serem executados. Não sei se é uma característica da demo ou do game em si, mas os inimigos mais básicos necessitavam de muita porrada para serem vencidos, enquanto inimigos mais fortes, mesmo com mais vida, pareciam dar menos trabalho para seren derrotados.
O parry é extremamente preciso, levei uns bons minutos até me acostumar com essa mecânica, principalmente por que em certos momentos a esquiva é ineficaz, ou melhor dizendo, ela tem uma animação longa, que deixava meu personagem vulnerável no final. Talvez tenha sido falta de habilidade minha, afinal é possível cancelar a esquiva, Mas ela me pareceu uma face de dois gumes. Ela ajuda, mas pode te atrapalhar no final.
A demo vai até uma batalha com um chefão, uma quimera gigante, que apareceu no trailer de anúncio do game. Eu quase consegui derrotá-la, mas acabei morrendo, o que encerrou meu tempo de diversão com a demo. Lutar com a quimera foi o que me fez aprender a usar o parry, que quando usado no tempo certo gera uma animação de ataque que causa enorme dano em qualquer inimigo.
Entre os poderes disponíveis no game, teremos o uso de duas espadas curvas, um arco e flecha, um chakram que ricocheteia pelas paredes, o ataque automático de um parry executado no tempo perfeito, e um frasco das areias do tempo que causa dano aos inimigos e gera uma zona de cura no chão. Esse frasco recarrega com o tempo e foi o que literalmente salvou minha vida muitas vezes na batalha contra a quimera.
E por fim há a habilidade de criar um clone transparente seu, e usá-lo como âncora para “voltar no tempo”. Basicamente você ativa a habilidade e ao usá-la novamente, você retorna até onde esse clone está. Mas confesso que eu quase não usei essa habilidade, chegando até a esquecer que ela existia. Essa habilidade tem tudo para ser muito útil na versão final do game, especialmente evitar ser atingido ou corrigir erros, mas no tempo que tive com a demo, acabei mal fazendo uso dela.
No fim, o que vimos foi um Metroidvania divertido, que segue bem à risca as características do gênero, com áreas inacessíveis até você desbloquear uma habilidade específica, áreas secretas, checkpoint, e tudo o mais. Infelizmente, a Ubisoft não disponibilizou muitas estações para os jogadores testarem a demo. Isso levando em conta que Assassin’s Creed Mirage, que já foi lançado, teve muito mais estações disponíveis.
Prince of Persia: The Lost Crown será lançado no dia 18 de janeiro de 2024 para PC, Playstation 4 e 5, Xbox Series X/S, Nintendo Switch e Amazon Luna. Se você estiver passando na BGS neste feriadão, dê uma conferida!