Análise Arkade: Lies of P é um Souls-like que fez a lição de casa direito

30 de outubro de 2023
Análise Arkade: Lies of P é um Souls-like que fez a lição de casa direito

Lies of P é um game cuja própria proposta é muito interessante: E se o Pinóquio existisse num mundo de horror gótico? E se esse mundo fosse ao estilo Souls-like? Parece uma ideia muito aleatória para se ter, mas quer saber? Foi uma ideia ousada e que deu frutos!

Vamos então conferir esta análise completa do game, em especial sobre como ele consegue a façanha de se tornar um Souls-like que realmente deixa uma marca positiva no gênero! Mas antes de seguirmos, lembre-se, quem mente o nariz cresce!

O Boneco que quer ser menino, numa versão gótica do apocalipse das máquinas

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Lies of P é ambientado na fictícia cidade de Krat, um local que atingiu o ápice da evolução com a descoberta do Ergo, uma milagrosa nova fonte de energia encontrada nas minas no subterrâneo da cidade. Graças a essa descoberta, inventores e alquimistas passaram a produzir todo tipo de elixir e engenhocas tecnologicamente avançadas. E sem dúvida a maior dessas criações foram os Títeres (tradução que o game dá para a palavra “Puppet” – Marionete).

Os títeres foram inventados por Geppetto, o gênio responsável pela grande evolução de Krat. Eles foram criados para servirem à população de cidade atuando em todas as formas de trabalho, com títeres policiais, mordomos, faxineiros, trabalhadores de fábricas e etc. E essa criação espalhou-se rapidamente pela cidade graças a Lorenzini Vegnini, um boêmio magnata, que também é um prodígio em tecnologia, construindo uma imensa fábrica para produção em massa de títeres.

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Um dia, um evento estranho acontece, fazendo com que todos os Títeres saíssem do controle e começassem a matar toda a população da cidade. Esse estranho evento, misteriosamente ligado ao surgimento de um misterioso ser chamado de “Rei dos Títeres” transformou o que era antes a mais próspera cidade de todo o mundo em um mausoléu a céu aberto de metal, corpos e muito, muito sangue.

E se isso não fosse o bastante, a cidade é vítima de uma epidemia que vem gradativamente se espalhando por sua população: A doença da petrificação, que degrada seus infectados gradualmente até que, no fim, seus corpos literalmente comecem a petrificarem-se e eles acabem se tornando verdadeiras estátuas desfiguradas do que um dia já foram.

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E neste mundo você controla Pinocchio, ou como é conhecido aqui, P. Que acorda no vagão de um trem, após uma borboleta azul pedir por sua ajuda. P desperta com dois principais objetivos: O primeiro é encontrar Geppetto, que desapareceu após o início do frenesi dos títeres. E o segundo é salvar Krat da total aniquilação.

E o jovem Títere foi chamado para esta árdua tarefa por dois motivos principais: O primeiro é por ele ser imune ao que causou o frenesi, mantendo seu controle mesmo em meio ao inferno. E, acima de tudo, porque ele é mais que um mero Títere, pois possui uma habilidade que nenhum outro boneco possui: P consegue mentir, algo que um títere é incapaz de fazer.

E assim, exploramos Krat acompanhando uma versão muito mais sombria do clássico conto do Pinóquio, que resgata elementos do conto e os dá novos contextos, além de explorar de forma muito mais aprofundada o que é ser um humano e como nossas escolhas definem quem nós somos.

O Ergo e a Mentira

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Sendo uma adaptação do conto do Pinóquio, obviamente mentir é uma mecânica presente aqui. Porém, assim como normalmente é com Souls-like mais “tradicionais”, os efeitos de contar mentiras são difíceis de interpretar num primeiro momento, sendo uma mecânica que afeta a história, quests, interações com personagens e a aparência de Pinóquio.

Durante o game, você vai se deparar com diálogos em que terá a opção de mentir ou dizer a verdade. E esses diálogos vão desde contar mentiras pequenas, ou até “mentiras empáticas”, ao confortar alguém em desespero contanto uma mentira, até mentiras grandes, como mentir para infiltrar-se em locais proibidos para títeres.

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Sendo assim, o andamento de algumas quests, bem como as recompensas ao final delas é afetada por suas decisões, isso sem mencionar é claro nos finais do game (existem três finais diferentes aqui). Mas a influência mais direta dessa mecânica de mentiras está no próprio Pinóquio. Títeres são incapazes de mentir, pois isso é uma habilidade que apenas humanos possuem. Sendo assim, quanto mais você mentir, mais humano Pinóquio se torna.

E quanto ao nariz crescendo? Pois esse detalhe também existe aqui! Apesar do próprio Pinóquio manter seu nariz normal, com apenas seu cabelo crescendo e sua fisionomia ficando mais humana, o nariz crescendo é visível em um quadro encontrado em uma parte avançada da história. Esse quadro é o “medidor de humanidade” de Pinóquio. Com um nariz em forma de galho, com uma folha em sua ponta, crescendo para fora do quadro quanto mais você mentir.

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E se por um lado a mentira torna Pinóquio mais humano, por outro seu corpo de títere se fortalece graças ao Ergo, a misteriosa substância que transformou Krat na próspera cidade que um dia foi. O Ergo é envolto em mistério, pois as minas em que a substância foi descoberta estão sob o controle do Alquimistas, sendo que este grupo isolou-se completamente da população assim que o Frenesi dos Títeres começou.

O Ergo são as “almas” de Lies of P, sendo usado tanto para evoluir Pinóquio, quanto para comprar itens, melhorar armas e etc. Além dessa sua usabilidade direta, o Ergo também tem muita importância para a narrativa, pois a humanidade de Pinóquio afeta o Ergo de seu próprio corpo.

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Assim como em Demon’s Souls, Dark Souls 2, 3, Bloodborne e Elden Ring, para subir de nível você precisa conversar com uma NPC, e em Lies of P essa NPC é Sophia, uma misteriosa garota de cabelo azul, representando a própria Fada Azul do conto de Pinóquio, que tem uma conexão direta com o Ergo, podendo manipulá-lo e despertar seus poderes dentro de Pinóquio. Além de oferecer muitos conselhos sobre o que você deve fazer durante a aventura.

E, em relação à evolução de Pinóquio, há dois quesitos principais a serem gerenciados: Um é o próprio Ergo, usado para aumentar os pontos de stats dele, aumentando a barra de vida, força, barra de stamina e etc. E o outro quesito é o Braço Legionário, um braço mecânico bem ao estilo do Braço Biônico de Metal Gear Solid V: The Phantom Pain e da Prótese Shinobi de Sekiro.

Uma boa dose de Bloodborne, um pouco de Sekiro e uma pitada de MGSV

Lies of P tem como inspiração direta e bem clara o game Bloodborne, e isso fica muito evidente tanto por toda a sua estética gótica quanto por seu gameplay mais focado na velocidade e esquivas ao invés da defesa. A defesa em especial já é mais puxada para o lado de Sekiro, demandando que o jogador domine o timing dos inimigos para usar parry no tempo certo.

Ao se defender mantendo a defesa pressionada, você sofre chip-damage, uma fração do dano completo que receberia normalmente. E ao usar parry, você não perde vida, gastando sua stamina no lugar. E uma mecânica vinda diretamente de Bloodborne é que você pode se recuperar desse chip damage atacando.

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Se você usar a defesa, sua barra de vida desce, mas não de fato, com uma linha branca marcando onde ela estava antes do golpe, assim se você atacar inimigos rapidamente após a defesa, sua barra de vida vai se encher novamente a cada golpe, sendo possível restaurar toda a vida perdida, se você souber usar esse recurso direito. Mas fica o aviso, danos recebidos sem defesa não podem ser recuperados assim, apenas usando itens de cura.

E então temos o Braço Legionário, que funciona de forma bem semelhante aos diversos braços biônicos de Metal Gear Solid V: The Phantom Pain. Ao encontrar certas peças específicas, você pode produzir novos braços e melhorar os braços que tem disponível, com cada um tendo um efeito diferente.

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Há um braço que dispara uma explosão elétrica, um que funciona como lança-chamas, outro com um escudo que causa uma explosão ao defender um golpe, e outros tipos de braço que oferecem diferentes vantagens na hora dos combates. E há, puxando agora um pouco mais de Sekiro, um braço com um Grapling Hook, que é usado para puxar inimigos para perto ou para fazer Pinóquio se aproximar deles (mas infelizmente esse braço não tem utilidade para atravessar cenários).

O uso do Braço Legionário consome uma barrinha específica, que quando esgotada inutiliza o braço. Você pode recarregar essa barrinha usando itens ou ao desbloquear o perk de recarga com ataques.

Falando em perks, há um terceiro menu de evolução, que é ao usar uma cadeira e imbuir Pinóquio com cristais de Quartzo. Os perks são divididos em cinco fases, cada um com quatro melhorias. Entre as melhorias há o aumento do número de itens de cura, aumento da cura realizada, melhorias na esquiva e por aí vai. Esses desbloqueios são acompanhados por buffs passivos. Você escolhe o perk que quer desbloquear e um buff de uma lista, podendo assim customizar Pinóquio para deixá-lo adequado a seu estilo de jogo.

Isso tudo são as características específicas de Lies of P, visto que seu gameplay segue a cartilha dos Souls-like de forma fiel, com ataques fortes e fracos, ações baseadas em gasto de stamina, equipar-se com amuletos que concedem buffs e etc.

Mas, seguir a cartilha, fazendo o básico funcionar direito, é algo que muitos Souls-like já lançados nos últimos anos acabam não sabendo fazer. Vamos falar um pouquinho disso em mais detalhes:

Lies of P e seu nível de dificuldade

Um Souls-like deve ser difícil. Isso é o mínimo que se espera de um game que decida explorar este subgênero. Ao mesmo tempo, ele “não precisa” ser difícil só porque todos os outros são. Confuso? Eu sei, mas deixe-me explicar.

Lá em 2019 eu publiquei um editorial discutindo sobre a polêmica gerada na mídia sobre o nível de dificuldade elevado de Sekiro: Shadows Die Twice. E não mudo minha opinião sobre o que escrevi naquela época, mas amadureci neste meio tempo para poder enxergar a questão numa visão mais ampla.

Um Souls-like deve ser difícil. Ponto. A premissa desses games é oferecer um desafio ao jogador e testá-lo de forma a sentir a adrenalina fluir ao finalmente derrotar aquele inimigo ou aquele boss difícil que estava bloqueando seu caminho. Porém, isso não significa que todo mundo precisa jogar esses games seguindo um “passo-a-passo” definido. Todos esses games, desde Demon’s Souls, e até mesmo antes, em King’s Field, ofereciam ferramentas para os jogadores encararem os desafios a sua maneira.

Seja jogando no combate próximo com armas brancas, a distância com magias, usando armas e armaduras pesadas ou fazendo um personagem leve e com ataques baseados em acumulo de status negativos, cada jogador decide como quer encarar o desafio. O desafio em si não muda, ele é o mesmo para todos. O que muda é como cada um o encara.

Elden Ring, que é o maior e mais completo Souls-like que existe hoje, oferece muitas ferramentas para os jogadores superarem seus desafios. Seja ao invocar NPCs ou jogadores online, invocar espíritos para lutarem por você, com magias poderosíssimas, ataques poderosos à distância, armas de curto alcance que causam dano massivo, e etc.

Ou seja, o subgênero evoluiu com o tempo, tornando-se mais refinado, mas ainda mantendo suas bases no desafio alto e no sistema de mortes. Lies of P não é diferente. E como já mencionado, ele tira inspiração direta de games como Bloodborne e Sekiro. E acima de tudo oferece um desafio alto aos jogadores.

O game não possui multiplayer, oferecendo no máximo a opção de invocar um NPC ajudante para enfrentar os chefões principais da aventura. E todas as suas armas são baseadas em combate próximo. Porém, Lies of P oferece customização de armas, quase ao estilo da customização de habilidades de armas de Elden Ring.

A maioria das armas do game (com exceção de certas armas especiais), são divididas em duas partes: Lâmina e cabo, com cada uma possuindo uma habilidade. Você pode criar combinações novas de armas, alterando seus combos e mesclando seus efeitos, o que permite a criação de armas mais adequadas a seu estilo de jogo. Por exemplo, você pode colocar a lâmina de uma adaga no cabo de uma lança. Ou a cabeça de um machado no cabo de uma adaga.

É importante mencionar que todas as armas possuem barrinha de durabilidade, e se você as usar de forma descontrolada poderá quebrá-las, o que exigirá que você pague para consertá-las. Felizmente, a durabilidade das armas é fácil de se manter, pois o próprio Braço Legionário tem uma função de lixadeira que repara a arma que você está equipada. E você pode usar essa lixadeira sempre que quiser.

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Essas opções são especialmente úteis para batalhas contra chefões e inimigos específicos de certas áreas. Por exemplo: Títeres são vulneráveis a ataques de eletricidade. E Carcaças (um tipo de inimigo bem imprevisível e perigoso), é mais vulnerável a fogo.

E, num geral, a dificuldade de Lies of P não é nada de outro mundo. Inimigos básicos podem dar algum trabalho, mas são fáceis de derrotar, inimigos mais fortes oferecem um desafio bem maior, demandando paciência e estratégia para serem derrotados. E chefões são o desafio extremo, e como esperado, vão ficando mais e mais difíceis conforme você avança, com a grande maioria possuindo no mínimo duas fases de batalha.

Porém, o game é exigente com timing, seja para esquivas e principalmente para a defesa. Dessa forma, há uma forte exigência de habilidade sobre o jogador, e com certeza você vai empacar em alguns trechos e ter dezenas de mortes seguidas até conseguir entender padrões de ataque e escolher as armas certas para usar em cada luta.

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Tudo isso foi dito, desde uma análise sobre o subgênero até as características de Lies of P para chegar a esta conclusão: O game é um excelente Souls-like, que sabe como fazer o básico do subgênero do jeito certo, incrementando-o com seus próprios elementos que o destacam.

A maioria dos Souls-like não se preocupa em refinar a interação inimigo-jogador, que não é simplesmente baseada em ataques dos dois lados. Cada arma tem um peso, e esse peso precisa ser sentido. Atacar inimigos deve gerar uma resposta adequada, seja tirá-lo de sua “poise” com um golpe, ou mesmo com o inimigo não esboçando reação. A balança está em quando um inimigo deve perder a postura e quando ele vai receber o golpe como se não fosse nada.

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Adicione a isso o sistema de Stamina, que muitas vezes é completamente desbalanceado, com inimigos que não possuem timing, ou não reagem às ações do jogador, simplesmente atacando a esmo e conseguindo derrotar o jogador na pura base da falta de polimento. Lies of P não tem nada disso. E mesmo seus inimigos mais casca grossa, que atacam sem parar e não te dão uma brecha para respirar, são “justos” durante o combate.

Audiovisual

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Como sempre, meu parâmetro para medir a qualidade visual de um Souls-like está em sua sujeira, e Lies of P manda muito bem nesse ponto. A cidade de Krat pode não ter os caixões empilhados nas ruas ou gigantescas criaturas lovecraftianas espreitando nos telhados, mas tem um estilo que mistura gótico com steampunk de forma bem legal.

Krat é dividida em várias áreas diferentes, que vão desde bairros pobres de ruas estreitas, a áreas nobres de ruas largas, casas com arquiteturas belas, até áreas de campos e montanhas com cabanas de madeira abandonadas. E em todos esses lugares a morte, destruição e decadência do que um dia foi uma cidade que se ergueu graças a tecnologia e ciência, são claramente visíveis, com corpos humanos espalhados por todos os lugares, ruas bloqueadas, carroças tombadas e etc.

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Os personagens do game, desde Pinóquio, Gepetto e Sophia, até NPCs que encontramos pelos caminhos, são todos muito estilosos, e suas animações são muitíssimo bem feitas. Já os inimigos, sejam títeres, carcaças ou monstros grotescos, todos possuem visuais legais, e sujos! Títeres possuem manchas de ferrugem e sangue espalhados sobre eles, carcaças possuem peles pálidas e cheias de rupturas e bolhas, e os monstros são genuinamente nojentos!

A trilha sonora de Lies of P é uma mistura um tanto interessante. Ela possui orquestras ao estilo música sacra, com algumas canções que podemos encontrar, seja tocando ao longe, ou ao encontrar discos de vinil, com letras cantas em inglês e francês. Estranhamente, o idioma italiano está ausente aqui, visto que o conto original de Pinóquio é ambientado na Itália. No geral, toda a trilha sonora pende para um estilo mais francês.

O game possui um excelente trabalho de vozes, contanto inclusive com atores que atuaram em Elden Ring. Apesar de não possuir dublagem em português brasileiro, o game conta com localização em seus menus e legendas, que estão muito bem feitos.

Conclusão

Análise Arkade: Lies of P é um Souls-like que fez a lição de casa direito

Lies of P é um excelente Souls-like, porque entende as mecânicas básicas desde subgênero e as replica de forma funcional, criando sua própria identidade a partir disso. Em termos de gameplay, ele segue a receita de bolo de forma bem feita, entregando combates equilibrados e desafiadores, cenários bem construídos (puxando pra um lado mais linear, mas ainda contendo atalhos e interligações entre cenários), e principalmente uma boa história para contar.

A grande qualidade do game é pegar um antigo conto infantil que praticamente todos nesse mundo conhecem e colocá-lo num novo cenário sombrio, sem que o resultado seja algo ridículo ou esquisito. A existência de Pinóquio num universo de robôs assassinos acaba fazendo sentido, em especial pelo game desviar-se do conto, usando-o apenas como base para a criação de sua história.

Seu nível de desafio é alto, mas o game ajuda novos jogadores a se familiarizarem bem com seus controles e inclusive oferece dicas nas primeiras horas sobre como superar desafios maiores. Porém, é na hora de enfrentar os chefões que a coisa realmente aperta, e você precisará usar tudo o que aprendeu para sair vitorioso.

Lies of P foi lançado no dia 19 de setembro, com versões para PC, Playstation 4, Playstation 5, Xbox One e Xbox Series X/S.

Renan do Prado

Amante de Metal Gear, platinador de Soulsborne e exímio jogador online (quando o lag não atrapalha).

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