O Green Day escolheu uma foto dos conflitos da Irlanda do Norte como capa de seu novo disco
O Green Day resolveu escolher uma foto dos tempos dos conflitos na Irlanda do Norte como capa de seu próximo disco. Saviors, o próximo trabalho de Billie Joe, Mike Dirnt e Tré Cool já tem um novo clipe, com tema zumbi para o single principal ‘The American Dream Is Killing Me’.
Savior contará com a co-produção de Rob Cavallo, que retorna com a banda após ajudar em dois dos discos mais populares do trio: Dookie e American Idiot. A capa, que lembra de longe a capa de Nimrod, é preta, com o nome da banda escrita em rosa, e uma foto em preto e branco de um jovem sorrindo com uma pedra na mão durante um conflito, com um carro pegando fogo ao fundo.
A foto é real e foi tirada por Chris Steele-Perkins, um aclamado fotógrafo inglês que foi para Belfast, nos anos 70, para registrar os conflitos que incendiaram a Irlanda do Norte naqueles dias. A foto, sendo mais específico, foi tirada durante um motim em Leeson Street, na região oeste de Belfast, em 1978.
A imagem é real, porém foi levemente alterada, com o garoto olhando mais para cima, com olhos maiores, dando um ar maior de sarcasmo em sua expressão.
Steele-Perkins, da Magnum, visitou Belfast em 1978 para registrar o dia a dia das pessoas durante os conflitos que atingiram a Irlanda do Norte. Hoje, já na casa dos 70 anos, o fotógrafo conta com um livro, chamado “The Troubles”, onde mostra muito de suas fotos desta época. Você pode ver algumas fotos desta época, pelos olhos de Steele-Perkins, em uma matéria do The Guardian.
Os conflitos na Irlanda do Norte, conhecidos por lá como “The Troubles” (Os Problemas), foi um período de tensões políticas e confrontos sectários que ocorreram principalmente entre as décadas de 1960 e 1998. As raízes desses conflitos remontam a questões históricas, religiosas e políticas entre as comunidades católica e protestante.
A luta envolveu grupos paramilitares, como o IRA (Exército Republicano Irlandês), que buscava a reunificação da Irlanda, e organizações lealistas que eram a favor da manutenção da Irlanda do Norte como parte do Reino Unido. Os confrontos resultaram em violência, terrorismo e tensões intercomunitárias, deixando um legado complexo de divisões profundas e, eventualmente, levando a acordos de paz, como o Acordo de Belfast de 1998.
O curioso, conforme visto pelo site Planet Radio, é que na época em que o livro foi publicado, em 2021, um usuário no Reddit chegou a dizer que esta foto “daria uma boa capa para um disco punk”.
O Green Day diz que Saviors é “um convite para o cérebro da banda”, mostrando o espírito coletivo do trio como uma compreensão de amizade, cultura e legado dos últimos 30 anos.
‘É cru e emocional. Engraçado e perturbador. É uma risada da dor, chorar no tipo de disco de felicidade. Honestidade e vulnerabilidade. Sobre o que são os Salvadores (os Saviors, no caso), você pergunta? Power pop, punk, rock, triunfo indie. doença, guerra, desigualdade, influenciadores, retiros de ioga, alt right, aplicativos de namoro, máscaras, SAÚDE MENTAL, mudança climática, oligarcas, divisão de mídia social, erva daninha livre, fentanil, fragilidade,,..
‘O que Andy Warhol faria? O que John Waters faria? O que Quentin Tarantino faria? O que o GREEN DAY faria?’, diz a banda em sua apresentação.