Björn Ulvaeus, do ABBA, propõe discussão sobre uso de IA na música
Björn Ulvaeus, membro icônico do ABBA, expressa certa apreensão quanto ao impacto da Inteligência Artificial na música em comunicado ao assumir a presidência da CISAC (Confederação Internacional de Sociedades de Autores e Compositores).
Neste ano, vimos a IA “ajudar” na criação de “novas músicas” do Oasis, caso os irmãos Gallagher estivessem em paz e produzindo novas músicas. Além disso, também ficamos sabendo que Paul McCartney está usando a tecnologia para a “última música dos Beatles“, e ouvimos opiniões como a de David Hayter e Paul Eiding, de Metal Gear Solid, totalmente contrários à clonagem de suas vozes.
Os resultados deste ano mostram que o sistema de gerenciamento coletivo, apesar dos desafios enormes que enfrenta na adaptação ao digital, continua robusto e eficaz. Os CMOs (organizações de gestão coletiva) apoiam os criadores que servem e agora estão entregando mais dinheiro a mais criadores do que nunca.
E isso é uma boa notícia — porque, depois da Covid e da crise econômica, o que enfrentamos agora é outro desafio existencial muito sério — o da inteligência artificial. A IA vai mudar radicalmente o mundo dos criadores e a indústria criativa.
É preciso liderança internacional e uma forte frente unida de todas as partes da indústria criativa.
Essa declaração vem à tona durante a turnê do ABBA: Voyage, onde a banda utiliza a tecnologia de captura de movimento. Esta técnica permite que os fãs vejam no palco avatares virtuais dos artistas quando jovens, na época da explosão do quarteto em todo o mundo, que, por sua vez, ouvem os músicos cantando e tocando “por trás dos palcos”, criando uma experiência única e futurista.