Polêmica: EA irá implantar sistema de microtransações em todos os seus games
A Electronic Arts tomou uma decisão bastante polêmica, que certamente irá gerar imensas discussões e revoltas na comunidade gamer: a empresa anunciou que irá adotar as famigeradas microtransações em todos os seus games!
Antes de mais nada, vamos dar uma breve contextualizada: a atual geração nos brindou com um tópico que gera um misto de reprovação e empolgação em gamers de todo o mundo: os DLCs, sigla para Downloadable Contents, que em português significam, de forma bem literal, “Conteúdos Baixáveis“.
A empolgação neste termo está relacionada ao aumento da vida útil de alguns games: The Elder Scrolls V: Skyrim, por exemplo, possui expansões vendidas digitalmente que aumentam enormemente a “vida” do game, adicionando várias horas extras de aventuras novas e inéditas.
Outro exemplo de DLC bem utilizado está em jogos da Rockstar: GTA IV e Red Dead Redemtpion, por exemplo, contam com DLCs que são praticamente novos jogos dentro do universo já estabelecido do game.
O lado negro da Força está no constante crescimento de DLCs inúteis, que acrescentam elementos (mapas, personagens ou benefícios) que poderiam muito bem estar inclusos no disco. Muitas vezes, fica aquela amarga impressão de que não recebemos 100% do jogo que compramos, pois algumas DLCs acrescentam elementos importantes, que deveriam estar no disco (e muitas vezes estão, mas “bloqueados”).
Uma das maiores polêmicas envolvendo esses conteúdos estão nos games de luta. Graças ao sistema de DLCs, personagens que deveriam estar no game são vendidos separadamente, o que deixa ainda mais forte aquela sensação de “jogo incompleto”.
Um dos exemplos que causa mais revolta em muita gente é o modelo de negócios que a Capcom adota. Ela tinha o péssimo hábito de bloquear certos recursos do game (como personagens ou missões extras) dentro do disco, vendendo via DLC apenas a “chave de desbloqueio” para estes conteúdos, que já estão contidos na programação do game.
Segundo a Capcom, esta era uma forma mais fácil de gerenciar esses conteúdos e eliminar downloads muito longos, mas por conta da revolta geral dos jogadores, o sistema não anda mais sendo utilizado. Os DLCs continuam existindo, mas desta vez eles (em teoria) não estão no disco.
Esta semana, Blake Jorgensen, diretor financeiro da Electronic Arts, declarou que a produtora planeja implantar um sistema de microtransações em todos os seus games por vir. O sistema é semelhante ao que vimos no recente Dead Space 3, onde o jogador pode comprar armas e itens exclusivos utilizando dinheiro real.
Através dessas microtransações, em novos games ainda por vir, os gamers poderão (se quiserem) usar dinheiro real para, por exemplo, comprar uma arma melhor para seu soldado de Battlefield, um jogador melhor para seu time em FIFA, ou até mesmo um upgrade para a toda-poderosa Nanosuit de Crysis? Estamos apenas especulando, mas tudo dependerá das estratégias que a EA irá empregar para cada jogo.
Jorgensen fez a seguinte declaração: “estamos construindo em todos os nossos jogos a capacidade de pagar por coisas ao longo do caminho, para chegar a um nível superior, e os consumidores estão gostando e abraçando essa forma de negócio“. Será mesmo? Com que consumidores ele ando falando?
Ele ainda disse que a EA está desenvolvendo uma forma de realizar essas microtransações de maneira mais segura, em especial para usar cartões de crédito durante as transações. Já há até mesmo uma equipe da EA está desenvolvendo uma forma de gerenciar as transações de dentro da EA, evitando complicações externas para os clientes.
Obviamente, vários gamers já estão demonstrando sua insatisfação por esta iniciativa em fóruns e sites pela internet.
E você, caro leitor, o que acha desta nova medida da EA? Acha que a empresa está exagerando ao querer inserir microtransações em todos os seus futuros jogos, ou concorda que esta novidade pode ser benéfica de acordo com seu funcionamento? Deixe sua opinião nos comentários!
(Via: IGN)