RetroArkade: Born to be Wild em Rock’n Roll Racing!

9 de novembro de 2014

RetroArkade: Born to be Wild em Rock'n Roll Racing!Com a BlizzCon 2014 que “acabou de acabar”, muito jogador retrô vai se lembrar dos clássicos da empresa. Então vamos lembrar de um dos preferidos da galera: aumenta o som pois o jogo da vez é Rock’n Roll Racing.

Em uma época onde música e videogame ainda era resumida a barulhos eletrônicos, a Blizzard apostou suas fichas ao unir no mesmo jogo corrida e rock’n roll! E você já sabe o resultado da ousadia dos desenvolvedores: sucesso eterno, pois até hoje muita gente joga o cartucho e o desejo por um remake (ou pelo cartucho que custa um bom dinheiro Internet afora) é intenso!

Como já aconteceu com alguns jogos, lembro que já falamos de Rock’n Roll Racing em outra ocasião, mesmo assim como na RetroArkade todo clássico tem vez e a nostalgia fala mais alto, vamos relembrar novamente! E um aviso. Devido a Blizzcon 2014 e o fuso horário de seis horas daqui para a cidade de Anaheim, a RetroArkade está excepcionalmente hoje no horário das 14h. Mas domingo que vem estamos de volta ás 11h para você tomar café da manhã acompanhando os clássicos de sempre, combinado?

RetroArkade: Born to be Wild em Rock'n Roll Racing!

O “nosso representante”: Snake Senders. Com cabeleira e tudo! \m/

Mas vamos lá: 1993 foi um ano muito importante para o mundo dos videogames. Clássicos e mais clássicos estavam aparecendo e se estabelecendo como grandes de sua geração: Mortal Kombat e Street Fighter tinham chegado aos consoles para colocar mais gasolina na eterna luta “dos jogos de luta”; nos lados do Neo Geo, Samurai Shodown estava mostrando que jogo de luta com arma podia sim. E até o Master System, já veterano, recebeu Sonic the Hedgehog: Chaos.

E entre muita coisa legal para se jogar, a Blizzard desenvolveu e a Interplay publicou Rock’n Roll Racing, um jogo de corrida como tantos outros que estavam disponíveis, mas com personalidade própria e muita qualidade. O jogo até é bem simples, se tratando de um torneio intergalático em que o mais rápido vence, usando do recurso “tiro, porrada e bomba” para atrapalhar seus adversários e conseguir a vitória.

Não era o único jogo que contava com este recurso nem o primeiro: Mario Kart já existia e era sucesso. Mesmo assim, ditou tendências, pois um ano depois Bike Mice from Mars (outro jogo que merece uma RetroArkade) apareceu com as mesmas corridas com trapaças e visão isométrica. E mais pra frente, o Playstation conheceu Twister Metal, que mesmo mais focado na destruição do que na corrida em si, bebe muito dessa fonte.

RetroArkade: Born to be Wild em Rock'n Roll Racing!

A personalidade do jogo estava na sua atitude Rock’n Roll. Em uma época cheia de “mascotes” e jogos coloridos, as corridas aqui eram disputados em lugares bem trash, os pilotos eram caras bem mal-encarados e a trillha sonora é um capítulo à parte. Além disso, como era costume na época, dinheiro era conquistado com as vitórias e podia ser usado em carangos mais rápidos.

Os locais de disputa do campeonato são: Planeta Chen VI, Planeta Drakonis, Planeta Bogmire, Planeta New Mojave, Planeta Nho e o Planeta Inferno com seus 160°C (quer ir para o Inferno? No VS. Mode na tela seleção de planetas segure R + L + Select, e vá apertando para a direita, até o Inferno aparecer). Já os carros são apenas cinco mas são animais. confira os veículos e seus preços:

  • Dirt Devil (18.000)
  • Marauder (18.000)
  • Air Blade (70.000)
  • Battle Trak (110.000)
  • Havac (130.000)

E os pilotos que disputavam o torneio eram:

  • Snake Sanders representa a Terra (+1 Aceleração, +1 Velocidade)
  • Cyberhawk representa Serpentis (+1 Aceleração, +1 Pulo)
  • Ivanzypher representa Fleagull (+1 Pulo, +1 Velocidade)
  • Katarina Lyons representa Panteros V (+1 Pulo, +1 Curvas)
  • Tarquinn representa Aurora (+1 Velocidade, +1 Curvas)
  • Jake Badlands representa Xeno Prime (+1 Aceleração, +1 Curvas)
  • Olaf que é de The Lost Vikings e vem de Valhalla (+1 Aceleração, +1 Velocidade, +1 Curvas, e +1 Pulo) – Olaf é secreto, para desbloqueá-lo, basta na tela seleção de personagens apertar R + L + Select e apertar para a direita, até o viking aparecer.

E o prazer que era jogar Rock’n Roll Racing, lembra? Tudo funcionava muito bem, controlar os carros era muito agradável e a sensação de velocidade também convencia. E não tinha como não fazer este texto sem ter um gameplay, então toma:

Os personagens eram carismáticos, os veículos invocados e os cenários bacanas, não é mesmo? Mas o fator que determinou o sucesso do jogo foi a sua parte sonora. Aqui era rock em alto e bom som, das músicas aos berros do locutor Larry (Let the carnage begin!)! Vamos curtir então as músicas do jogo? Tinha de Born to be Wild do Steppenwolf, passando por Highway Star do Deep Purple até o Paranoid do Black Sabbath! Garanto que na época tinha gente que gastava bom tempo apenas ouvindo as músicas ao invés de jogar.

É só dar o play na lista abaixo e ouvir todas as músicas tocadas no jogo:

E aí? Vai ficar ouvindo estes clássicos do rock em 16-bit para matar a saudade o domingo todo? Ou vai querer jogar novamente este épico dos jogos de corrida? Se você quiser jogá-lo, Rock’n Roll Racing é um jogo de Super Nintendo e Mega Drive, mas contou com uma versão para o Game Boy Advance. Existe um jogo indie, Motor Rock, que está mais para homenagem do que para remake e vale a conferida. Neste caso o que resta é a Blizzard ouvir os apelos (enormes) dos fãs e se esforçar para lançar um novo jogo (ou mesmo um remake em HD). A gratidão seria tão eterna quanto o que já acontece com o cartucho que já tem vinte e um anos de vida.

Junior Candido

Conto a história dos videogames e da velocidade de ontem e de hoje por aqui! Siga-me em instagram.com/juniorcandido ou x.com/junior_candido

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