5 jogos que adoramos mas que não temos ideia de que já foram banidos
Existem jogos que são, realmente, violentos. Isso é um fato, há uma sede na indústria por sangue e, bem, não temos do que reclamar. Não obstante da discussão se isso é ou não algum tipo de gatilho para infelizes eventos no mundo real (culpar esses tipos de jogos é uma válvula de escape para a mídia), existem aqueles jogos que a pura criação é uma ofensa para determinadas culturas ao redor do mundo.
Não preciso citar aqui nossa famosa Portaria nº 724/99 ou citar joguinhos que já foram banidos ao longo do globo devido o teor de sexualidade ou violência, no entanto, existem aqueles jogos que, mesmo sendo adoráveis ao nosso ver, por algum motivo, foram banidos em algum lugar neste vasto mundão.
Pokémon (Arábia Saudita)
Claro. Um jogo que faz apologias à violência contra animais, certo? Errado. Todos os produtos dos monstrinhos mais famosos do mundo(Digimon não chega aos pés) da Nintendo são proibidos no país desde 2001. Os líderes religiosos da Arábia Saudita afirmam que os jogos – e, principalmente, as cartas colecionáveis – promovem jogos de azar (o que viola a doutrina muçulmana), o materialismo e a curiosidade sobre outras religiões entre as crianças.
Talvez seja a solução para a minha pessoa que acompanha a série a quase 15 anos e continue gastando uma grana forte com isso.
Mass Effect (Singapura)
O jogo quase mais violento desta lista entrou por motivos válidos, ou quase isso. Durante a história de ME(quase no final) é possível ter uma relação amorosa com um dos personagens femininos do jogo, sendo você também uma personagem feminina.
O real problema não foi as incitações à liberdade sexual, mas sim uma cena de sexo entre a Comandante Shepard e a, azul é a cor mais quente, Liara T’Soni. Só esqueceram de avisar para as autoridades do país que a Liara não é necessariamente uma mulher e que isso não constitui uma relação homossexual, mas sim extra-racial (?!), certo? Mas tudo bem, consigo entender a confusão.
O jogo foi proibido mas, após um grande abaixo-assinado, foi liberado meses depois com venda restrita a maiores de 18 anos.
Injustice: Gods Among Us (Emirados Árabes)
Sangue e violência? Tudo bem, próximo. Deus no título? Banido! Exato, Injustice: Gods Among Us foi proibido de chegar às prateleiras nos Emirados Árabes Unidos porque contém “God” (Deus) em seu nome.
A Warner Bros, distribuidora do jogo, bem que tentou algum jogo de cintura, é verdade. De fato, as embalagens para o país tiveram estampado o título “Injustice: The Mighty Among Us”. Mas não teve jeito. Afinal foi distribuída a versão Europeia do software nos discos, logo, o nome original ainda aparecia estampado nela.
Bravely Default (Arábia Saudita)
Até o old-school JRPG produzido pela Square Enix, teve seus problemas com a censura da Arábia Saudita. O jogo conhecido pelo belo visual e arte japonesa, beirando o infantil, foi acusado de incitar a pedofilia e promiscuidade sexual em crianças. No original japonês os personagens principais tem, em média, 15 anos de idade, e, devido a customização das personagens femininas, realmente há uma sexualidade latente, apenas nas mulheres, que se estende por todo o resto do jogo.
O que é comumente retratado e aceito no Japão, geralmente não é bem visto no Oriente Médio. As idades dos personagens foram trocadas para a maioridade quando o jogo fora portado para a América do Norte e Europa, mas isso é apenas um número em um livro(dentro do jogo) e não altera as suas idades no canônico japonês, o que acabou fazendo com que o jogo não possuísse circulação na Arábia Saudita.
Fallout 3 (Japão)
Tudo bem, tecnicamente não foi banido, mas é o mais próximo que iremos chegar num país tão tolerável quanto o Japão, então vale a pena ser citado. Jogos raramente são proibidos no Japão, pelo contrário, provavelmente a terra do sol nascente é o país que detém o primeiro lugar como um dos maiores produtores de jogos banidos do mundo. No entanto, Fallout 3 foi editado no Japão devido a uma arma no jogo chamada de The Fat Man.
Nada mais diplomático do que nomear uma arma que atira pequenos mísseis nucleares em homenagem à bomba atômica que destruiu Nagasaki, pouco mais de seis décadas atrás. A arma foi renomeada para Nuka Launcher, e ficou tudo certo no fim das contas (tirando é claro o NPC Mr. Burke e sua infame missão de explodir Megaton).
Muitos outros jogos ficaram de fora, como o caso que houve com GTA: Episodes from Liberty City e o funkeiro brasileiro MC Miltinho ou no Football Manager 2005 em que as nações Taiwan e Tibet são consideradas repúblicas separadas da China, entre outros. Caso tenha faltado outros episódios similares e vocês queiram discutir sobre isso, seus comentários são bem vindos logo abaixo.