O Ouya foi descontinuado, mas a Razer continuará o projeto ao absorver a empresa

28 de julho de 2015

O Ouya foi descontinuado, mas a Razer continuará o projeto ao absorver a empresa

O Ouya que todos conhecemos não existe mais. A iniciativa foi descontinuada, mas a Razer anunciou a compra de partes da empresa e continuará com o projeto.

O anúncio foi divulgado ontem (27) pela Razer, onde a empresa explicou que comprou parte do universo Ouya, como as ferramentas de software, a plataforma que envolve o sistema Android funcionando na TV, o catálogo com a loja, o nome Ouya e a equipe técnica de desenvolvedores. Tudo isso foi absorvido pela Razer, que continuará trabalhando com o projeto.

Já o console e o controle não foram envolvidos no negócio e poderão ser descontiunuados. A intenção da Razer após a compra é ajudar os donos de Ouya a migrarem para o seu já existente console ForgeTV, que propõe a mesma experiência de se jogar títulos de Android na TV, além de servir de plataforma de jogos de PC via streaming.

O Ouya foi descontinuado, mas a Razer continuará o projeto ao absorver a empresa

Com isso, os jogos, controles e contas destes usuários podem ser levados para a nova plataforma e não sofrerem perdas, como os jogos comprados, por exemplo. Descontos consideráveis também fazem parte do processo de migração de donos de Ouya para o sistema da Razer.

Isso mostra que a Razer está de fato focada no seu console ForgeTV, conforme noticiamos no começo deste anoJulie Uhrman, CEO e cofundador do Ouya explicou que seu projeto está em boas mãos: “A Razer é a casa perfeita para o Ouya e para o time que o desenvolveu. Eles podem dar à plataforma um alcance ainda maior e inspirar desenvolvedores e gamers do mundo todo.”

Jogando Android na TV

O Ouya foi descontinuado, mas a Razer continuará o projeto ao absorver a empresa

Juntamente com outras iniciativas que levaram o Android para plataformas além dos dispositivos móveis, o Ouya apresentou sua proposta no Kickstarter, aonde conseguiu quase 9 milhões de dólares para lançar seu projeto e até apareceu de maneira bastante inusitada na E3 de 2013, com um stand do lado de fora do evento, que inclusive gerou momentos dignos de Datena com a polícia indo até o local.

Com um sistema próprio e custando US$99, o Ouya ofereceu os games de Android otimizados para os televisores e também foi um espaço para a GameFly oferecer seus jogos via streaming, de maneira idêntica aos televisores da Samsung que contarão com o suporte da mesma GameFly.

O sistema, considerado por alguns como um “console indie”, não atingiu seu sucesso esperado e a febre sobre sua iniciativa logo se esfriou. Mas por ser Android, ganhou uma sobrevida com seus usuários, com vários emuladores e “desbloqueios” sem fim.

Junior Candido

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