RetroArkade: The Lost Vikings mostrou como labirintos podem ser divertidos

8 de novembro de 2015

RetroArkade: The Lost Vikings mostrou como labirintos podem ser divertidos

Três vikings perdidos em ambientes com muito quebra cabeça. Foi assim que Erik the Swift, Baleog the Fierce e Olaf the Stout fizeram sua estreia nos games, em 1992, logo no comecinho da Blizzard.

Estamos vivendo dias de Blizzcon, então nada melhor do que relembrar dos clássicos da empresa, uma das mais queridas entre os gamers. No ano passado, falamos de Rock’n Roll Racing e como a lista de clássicos da empresa é boa, desta vez os escolhidos foram os simpáticos vikings de The Lost Vikings.

E já vale avisar: se você quer jogar novamente este game, a Blizzard disponibiliza ele de maneira gratuita em seu site. Neste link, é possível encontrar Rock’n Roll Racing, Blackthorne e The Lost Vikings totalmente na faixa, em versões para Windows, devidamente otimizadas para clicar e jogar, além de serem compatíveis com emuladores, no caso de Linux e Mac.

O começo de carreira da Blizzard

RetroArkade: The Lost Vikings mostrou como labirintos podem ser divertidos

Falar de The Lost Vikings é o mesmo que falar dos primeiros passos da que hoje é lar de games como Diablo, Starcraft, Warcraft e de uma potência do e-Sport com Heroes of the Storm. Mas até então, a Blizzard nem Blizzard era. O estúdio tinha o nome de Silicon & Synapse e fazia jogos que eram publicados pela Interplay, a mesma que nos ofereceu pérolas como Out of this World ou Flashback. Battle Chess, aquele jogo de xadrez que tinha em toda escola de informática dos anos 90, é obra da Silicon & Synapse, por exemplo.

Falando de escola de informática dos anos 90, foi em uma delas que tive o primeiro contato com The Lost Vikings. Também distribuído pela Interplay, primeiro para Super Nintendo, e depois para computadores de vários tipos (do PC ao Amiga), era comum escolas colocarem estes jogos, no dia “do lazer”, já que eram relativamente baratos e mostravam os grandes poderes dos 486 com Windows 95 da época.

E pra muita gente, esse game foi de fato a “estreia” da Blizzard, que logo menos iria tirar as asinhas de fora e criar uma comunidade forte de gamers a ponto de ter um evento dedicado 100% a seus jogos.

Super Vikings, ativar!

RetroArkade: The Lost Vikings mostrou como labirintos podem ser divertidos

Tomato, o imperador alienígena, sequestra nossos três heróis e os leva para diferentes épocas da história, começando na própria fortaleza futurista, que lembra um pouco as fases finais de Sonic. Fugindo da fortaleza, ErikBaleog e Olaf precisam fugir juntos pelos vários mundos malucos que vão aparecendo.

E guía-los pelos mundos doidos é tarefa do jogador. Sua missão é levar os três vikings em segurança pelas fases do jogo, aproveitando as habilidades específicas de cada um para passar por obstáculos ou vencer inimigos. Erik pode pular e quebrar algumas paredes, mas é o mais vulnerável, Baleog pode atacar inimigos com sua espada e acertar locais necessários com flecha, mas não “sabe” pular, enquanto Olaf usa seu escudo para se proteger, além de usá-lo como “pára-quedas” para alcançar locais não acessíveis pelos outros dois personagens.

E é aí que se encontra a diversão no jogo, pois temos cenários simples, porém complexos, que exigem das habilidades dos três, que precisam chegar até a saída da fase juntos. Perder um viking no processo não siginifica fim instantâneo, porém o jogador não termina a fase, só que é possível aproveitar para explorar melhor o ambiente para arriscar uma nova investida depois.

Os níveis são bem construídos e exigem muito do pensamento do jogador, já que o game exige que as habilidades dos três personagens sejam sempre utilizáveis, fazendo com que o jogo em equipe seja muito valorizado. Em outras palavras, se tal game fosse lançado hoje, de alguma maneira seria adaptado para as competições e sim, faria sucesso!

Merece ou não merece um remake?

RetroArkade: The Lost Vikings mostrou como labirintos podem ser divertidos

Soubemos recentemente que a Blizzard tem interesse em remasterizar seus títulos, porém remakes são sempre bem vindos, não é mesmo? The Lost Vikings ganhou sequência em 1997, mas apareceu mais tarde no Game Boy Advanced, com suporte a save — o jogo original progride com password — e como já falamos, também está disponível de graça na Battle.net, além dos três bravos guerreiros estarem presentes em Heroes of the Storm.

Porém acredito que seria interessante que a Blizzard investisse em seus jogos clássicos. Rock’n Roll Racing e seu remake não-oficial mostram que jogadores pra aproveitar os títulos os games teriam, e com o sucesso de jogos com gameplay mais simples, baseados em clássicos dos anos 90 com elementos atuais, como conquistas, por exemplo, preparam terreno mais que excelente para que ErikBaleog e Olaf possam ser mais do que meros coadjuvantes nos nossos dias, não acha?

The Lost Vikings, desde 1992 até hoje, é a prova de que um game pode divertir com a união de um gameplay simples e desafios insanos em labirintos de todos os tipos. A cada progresso, o gosto de quero mais sempre existe e após terminar o jogo, e trazer os guerreiros de volta para suas casas, fica mais ainda a vontade de voltar a controlá-los.

Junior Candido

Conto a história dos videogames e da velocidade de ontem e de hoje por aqui! Siga-me em instagram.com/juniorcandido ou x.com/junior_candido

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