Review do Leitor: Professor Layton and the Unwound Future
Professor Layton é uma série de games de puzzle para o Nintendo DS que vem ganhando fãs graças ao seu estilo simples e divertido. Será que o novo jogo, Professor Layton and the Unwound Future, mantém esta tradição? Confira o review feito pelo leitor Carlo Valentini!
Para os fãs de uma série, seja de vídeo-game, seja de cinema, sempre quando sai a previsão de uma obra nova, sente-se aquele medo do próximo episódio não agradar tanto quanto os anteriores, ou mesmo decepcionar, no entanto, o novo capitulo da saga do renomado professor Layton e seu assistente Luke é tão boa quanto os dois jogos anteriores e não decepciona. Para quem não conhece, Professor Layton é uma saga de jogos de puzzle para Nintendo DS, claro que apenas puzzles deixariam o jogo simples demais, então o jogo envolve todos os seus elementos em uma grande investigação.
Em Londres, o professor e seu assistente foram convidados para assistir a um evento onde um cientista chamado Dr. Stahngun. apresentaria sua mais revolucionária invenção, uma máquina do tempo. Em tal exposição também se encontravam pessoas famosas da Inglaterra, inclusive o primeiro ministro Bill Hawks. Na tão esperada hora, o cientista convida Bill para que o acompanhe como passageiro da máquina com mais algumas pessoas, tudo parecia bastante tranquilo, mas quando Stahngun ativa a máquina, ela explode, fazendo todos os voluntários desaparecerem sem deixar nenhum rastro. Uma semana depois, Layton e Luke recebem uma misteriosa carta de uma pessoa que diz ser o próprio Luke dez anos no futuro, dizendo que Londres havia entrado em uma era caótica e apenas o professor na sua fase atual poderia resolver o problema pede para que o mesmo viesse ao seu encontro imediatamente. O professor então associa o mistério à explosão da máquina do tempo, pensando haver uma ligação entre os casos.
Ao chegarem ao futuro e encontrarem o Luke mais velho, o mesmo fala que a Londres está sendo tiranizada pela própria versão mais velha do professor, que ficou obcecado pela máquina do tempo e começou a trabalhar com Stahngun para que uma máquina ainda melhor fosse feita. De modo que tal objetivo fosse alcançado, os dois dominaram a cidade e mantém o comando com a ajuda de um grupo chamado The Family. Claro que o elemento surpresa se mantém forte neste episódio e também algumas curiosidades que sequer haviam nos deixado muito curiosos foram esclarecidas. O jogo apresenta um pouco do passado do Layton, inclusive como ele ganhou a sua tão amada e inseparável cartola e como se tornou um gentleman, além de também mostrar como Don Paolo, também acadêmico, se tornou o arqui-inimigo do professor.
Deixando de lado a história, o jogo mantém o mesmo gameplay dos antecessores: a exploração toda é feita pela touch screen do DS, sem sprites animados e rolagem de tela, apenas usa-se a stylus para tocar na tela e encontrar puzzles perdidos, hint coins (moeda para comprar dicas nos puzzles), além de abrir o menu e fazer toda a movimentação. No entanto, vários elementos das versões anteriores foram mudados e até melhorados. Quem jogou The Diabolical Box lembra que algumas dicas não ajudavam em absolutamente nada nos puzzles – esse problema foi resolvido com a chegada da superhint, uma quarta dica em que se gasta duas hint coins e pode ser determinante para alguns enigmas. Quanto aos puzzles, tudo permanece o mesmo: são enigmas de vários estilos diferentes, onde quanto maior a dificuldade de um puzzle, maior o número de Picarats (moeda usada para comprar extras nos bônus) ganhos. Os mini-games também evoluíram: são os três melhores mini-games das versões lançadas em inglês – o primeiro é um carrinho que Luke ganha, onde devem se recolher todos os objetos do cenário e sair pelo ponto marcado; o segundo é um papagaio que deve fazer entregas para as pessoas e deixá-las mais felizes além de ajudar também a encontrar hint coins no decorrer do jogo; e por fim três histórias ilustráveis onde se devem colocar figurinhas para fazê-las ter sentido.
No entanto, The Unwound Future possui alguns pesares: o jogo não tem ação nenhuma; talvez o jogador sinta vontade de socar as telas do DS ao se frustrar com algum puzzle, mas nada além disso. Também é necessária uma compreensão ótima de inglês, uma vez que todas as dicas dos puzzles são em inglês e uma mínima palavra pode alterar toda a solução do enigma. Aliás, nunca se viu uma história que deixasse o jogador tão curioso, principalmente para conhecer o Luke do futuro. A trilha sonora, apesar de ser interessante, é o maior defeito do jogo, pois a música que toca nos puzzles é chata, desorientadora e enjoativa. Claro que lá pelo trigésimo puzzle o jogador se acostuma, mas, mesmo assim, ela perde se comparado com a dos jogos anteriores. Outro ponto fraco é a inovação. Claro que com o gênero do Professor Layton é difícil mudar sem sair do proposto e a maioria das mudanças são detalhes, como os mini games, a superhint e alguns truques de roteiro. Poderia se considerar um defeito a vida útil do jogo, pois depois de terminar a aventura e todos os outros puzzles, não há mais o que fazer. Entretanto, tal problema é ignorado se ressaltarmos que a dificuldade dos puzzles é relativamente alta e fazem o jogador ficar horas pensando.
Para finalizar, a série Professor Layton é um ótimo investimento para quem tem um Nintendo DS, pois o conteúdo do jogo faz o jogador dar uma pausa merecida para descansar dos jogos de FPS e Ação muito jogados hoje. Além disso, The Unwound Future é um prato cheio para fãs, onde é contada uma história de amor com reviravoltas tão belas que emocionarão a todos.
Este review foi feito pelo leitor Carlo Henrique Valentini. Se você quiser colaborar com o blog Arkade, mande um e-mail pelo formulário de contato.