O crescimento do download de games e a aposta das lojas físicas com colecionáveis

27 de março de 2017

O crescimento do download de games e a aposta das lojas físicas com colecionáveis

Foi noticiado no The Verge, recentemente, que a rede de lojas GameStop anunciou queda na venda de jogos e videogames, o que fez com que seus executivos pensassem na proposta de fechar pelo menos 150 das 7.500 lojas que existem pelo mundo. Estas informações também foram confirmadas pelo The Wall Street Journal.

Explicando os números, a companhia mostrou que suas vendas globais caíram 13,6% durante o período de fim de ano de 2016, devido a “vendas fracas de jogos AAA e promoções agressivas de consoles de outras redes varejistas”. Com isso, foi anunciado a decisão de “fechar entre dois a tres por cento de sua cadeia global em 2017”.

Pelos números apresentados, podemos observar alguns aspectos interessantes sobre o mercado de videogames pelo mundo. A começar pelas vendas de jogos por redes digitais, como a PSN ou a Steam que, segundo o CEO da GameStop, Paul Raines, foi uma das razões das vendas da empresa, com queda de 19,3% nas vendas. Os consoles, com Playstation 4 e Xbox One já estabelecidos, também são responsáveis pela diminuição em vendas, já que sua base está bem consolidada hoje. No caso da Nintendo, a expectativa do Switch fez com que o público procurasse menos o Wii U, e hoje, com as boas vendas do novo console da Big N, apresenta possibilidades de dias melhores, que podem ganhar melhores sinais com o Project Scorpio da Microsoft, a ser lançado em breve.

Outra coisa importante em meio a estes números está a respeito dos itens colecionáveis. Estes brinquedos, roupas e acessórios, relacionados a vários jogos, clássicos ou não, aumentaram 27,8% nas lojas da rede, com itens de Pokémon e camisetas funcionando como carros-chefe. O  negócio do “non-gaming” impulsionou a margem bruta e contribuiu para que as vendas fossem um pouco melhores no fim de ano, segundo explicou o CEO da GameStop. Por isso, a ideia da companhia é abrir pelo menos 35 lojas de Colecionadores por todo o mundo, além de mais 65 lojas de Tecnologia.

Podemos arriscar alguns palpites aqui. O gamer está cada vez mais colecionador, mas não de jogos, pois já foi acostumado com a “era Netflix“, de se consumir quase tudo o que se pode através da Internet, e por conta de preço ou praticidade, acaba deixando de lado a questão da compra do game em sua versão física. Seja por nostalgia, interesse ou diversos outros fatores, os itens de coleção fazem parte do dia a dia do gamer de hoje, seja do mais novo ao mais velho, independente do poder aquisitivo de cada um. É crescente a presença de lojas deste segmento pela Internet ou em feiras como a Brasil Game Show e, mesmo em meio a grandes problemas econômicos, conseguem convencer o gamer a ostentar uma estátua de um personagem querido ou usar uma camiseta de um jogo que gosta.

Junior Candido

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