A E3 se manifestou em relação ao interesse da indústria para a edição de 2023
Nesta semana, foi ventilado que Sony, Nintendo e Microsoft estariam ausentes da E3 2023, que busca retornar aos seus dias de glória após mudanças da indústria e questões envolvendo a pandemia de covid-19. Mas a organização do evento se manifestou sobre a edição deste ano, lembrando que existe interesse da indústria no tradicional evento de meio de ano.
A Sony já se mostrou ausente em outras oportunidades, e já era esperado que não estivesse na E3 deste ano também. Mas a Xbox, que não esteve em eventos como a BGS 2022, por exemplo, teria interesse em apenas fazer uma transmissão online, enquanto a Nintendo teria, segundo fontes ligadas à empresa, desinteresse na edição deste ano, por não ter grandes lançamentos para a ocasião, sendo que o mais recente Zelda já estará nas prateleiras nesta época.
Isso, inclusive, reforça os rumores de que o próximo console da Nintendo seria apresentado no ano que vem. E quem sabe, na E3 2024?
Voltando à E3 2023, a Reedpop, empresa que organiza o evento, afirma que “recebeu um tremendo interesse de muitas das maiores companhias na indústria”. A companhia segue otimista: “Acreditamos que criamos um novo formato para o evento que serve as necessidades da indústria e dos fãs, estamos empenhados em construir e fazer crescer o evento nos próximos anos.”
De acordo com a organização, há sim o interesse por empresas na E3, no que diz respeito à feira em si, e não ao tradicional formato de apresentações, que eram um dos grandes momentos da indústria dos games nos últimos anos. Mas, com as mudanças no setor, fazem com que o evento comece a trabalhar com as companhias, para ouvir delas o que é necessário para atualizar o formato.
Não podemos esquecer, por exemplo, que a Brasil Game Show 2022 não tinha quase nenhum conteúdo envolvendo videogames, no que diz respeito a grandes lançamentos e presença de grandes marcas focadas em games. A Sony apenas levou algumas estações de PS5 e promoveu debates, sem trazer jogos como o God of War Ragnarok, que estava às portas na época e poderia ter uma demo no evento, enquanto a Nintendo sim trouxe algumas coisas novas, como o Mario + Rabbids Sparks of Hope, entre outras novidades. Já o Xbox nem participou da edição deste ano.
No fim, o conteúdo relevante da feira ficou nas mãos dos estúdios brasileiros, que trouxeram bons jogos, da Capcom que trouxe Street Fighter 6 e da própria organização do evento, que se esforçou em trazer atrações como a Orquestra de Sonic. Sem esquecer que o simples fato de encontros e reencontros de amigos, nos estandes, fizeram o evento valer para muita gente.
Isso serve de exemplo para a E3, que tem um funcionamento diferente, e conta com mais empresas envolvidas, mas que também precisará se renovar com o passar dos anos, com a indústria se estabelecendo em “Directs” para apresentar novidades, além do TGA, que se tornou, ano após ano, como o “evento dos lançamentos”, enquanto premiam os melhores do ano, de acordo com o seu julgamento. Só nos resta ver quais serão as próximas novidades que a Electronic Entertainment Expo deste ano, que acontecerá entre 13 e 16 de junho em Los Angeles, trará para somar em nosso universo.