Além do Review Arkade: NVIDIA GeForce GTX 1080 (do ponto de vista de um gamer de console)

28 de fevereiro de 2018

Além do Review Arkade: NVIDIA GeForce GTX 1080 (do ponto de vista de um gamer de console)

Confissões de um gamer de console

Até pouco tempo atrás, eu era 100% console gamer com muito orgulho. Porém, do ano passado para cá, eu adquiri meu primeiro PC gamer. Para dar uma turbinada nele, os camaradas da NVIDIA nos cederam uma GeForce GTX 1080 para testar, e após jogar um bocado nela, trago aqui opiniões que não são lá muito técnicas, mas traduzem o feeling que um PC gamer novato tem ao se tornar “PC Master Race” pela primeira vez na vida.

Aliás, embora este não seja um review super técnico, aí vai uma pequena tabela informativa sobre a GTX 1080, que foi a primeira placa da NVIDIA a utilizar a microarquitetura Pascal, o que significou um boost de desempenho, com mais núcleos de processamento, clusters, e outros termos que a PC Master Race adora:

Além do Review Arkade: NVIDIA GeForce GTX 1080 (do ponto de vista de um gamer de console)

Quando adquiri meu PC gamer, optei por adquirir uma máquina praticamente pronta. Sei que “montar” a máquina faz parte da diversão, mas a verdade é que eu nunca me interessei tanto por esse lado mais lúdico da coisa. Os consoles sempre me foram mais atrativos simplesmente por sua praticidade: você simplesmente pluga na sua TV e está pronto para jogar.

Como eu não dispunha de um baita orçamento, optei por uma máquina um tanto modesta, mas capaz de dar conta de rodar jogos relativamente recentes com um mínimo de qualidade. Meu PC veio com um processador Intel i5-4440, 8GB de memória dos camaradas da HyperX e uma GTX 1050ti da Zotac.

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1080 x 1050ti: a diferença foi grande até no tamanho das placas. XD

Com o upgrade para a 1080 — que eu, n00b que sou, precisei da ajuda de um amigo para instalar –, optei por investir em uma fonte melhor (no caso, uma Thermaltake 600W) por questões de “não quero que minha máquina pegue fogo” mas de resto, meu PC já estava apta a receber a GTX 1080, mesmo ela tendo quase o dobro do tamanho da pequena notável 1050ti!

Jogando em 4K

Quando a GeForce GTX 1080 chegou aqui na redação no final do ano passado, a gente havia acabado de receber o Xbox One X dos parceiros da Microsoft, então já estávamos com uma máquina capaz de rodar jogos em 4K nas mãos.

Apesar disso, o Xbox One X está limitado à biblioteca do console, enquanto no PC o céu é o limite, visto todos os mods e aprimoramentos que muitas vezes são desenvolvidos pela própria comunidade, dando uma cara totalmente nova a games nem tão novos assim.

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Além de tudo, o design da 1080 é incrível.

Como a gente sabe, PC gamer que se preza sempre quer rodar seus jogos com tudo no Ultra e a maior taxa de frame rate possível. Aproveitando nossa parceria com a Nuuvem, e o fator “Play Anywhere” de vários jogos recentes do Xbox One, consegui formar uma biblioteca bem respeitável de jogos recentes (ou nem tanto) para ver se a máquina aguentava.

O resultado foi pra lá de satisfatório: estava com medo que meu i5 acabasse se tornando um “gargalo” para o desempenho da máquina, mas isso não aconteceu. Os quase 9 teraflops de poderio maciço da placa seguraram a onda numa boa, entregando ótimos desempenhos mesmo em jogos que foram sabidamente problemáticos nos PCs.

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Começando por um jogo deveras problemático: Batman Arkham Knight. O jogo — comprado por menos de 20 reais nos nossos parceiros da Nuuvem — rodou de forma satisfatória em 4K, com taxas de framerate acima dos 45fps (em Full HD, passamos fácil dos 90fps).

Destiny 2 recebeu um port pra lá de respeitável nos PCs, e também rodou em 4K com uma taxa de framerate constante. O recente Dragon Ball FighterZ foi outro que rodou liso em 4K, e ficou mais lindo do que nunca.

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Destiny 2 a 60fps? Só no PC.

The Witcher 3 também teve um desempenho ótimo, ficando acima dos 50 frames rodando em 4K. Diversos outros jogos tiveram desempenhos semelhantes — alguns ficando mais perto dos 30fps do que dos 60fps), mas como nem todo mundo tem uma TV ou monitor para rodar 4K, quem busca um hardware para rodar seus jogos em 1080p estará mais do que bem servido.

Tudo no ultra

Aí entra algo que é uma verdadeira satisfação: eu até consegui rodar muitos desses jogos na minha modesta 1050ti, mas sempre tinha que desligar um filtro aqui, diminuir outro ali para, talvez, conseguir rodar um jogo mais exigente em qualidade média.

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Para quem veio de uma vida toda jogando nos consoles, esse tipo de pente fino é um tanto confuso, simplesmente porque, como já dito, consoles são máquinas muito mais “plug and play”, a gente coloca o disco e roda o jogo, sem se preocupar muito com esses detalhes — ainda que o PS4 Pro e o Xbox One X tragam um mínimo de configurações com modos de visualização mais focados em visual ou em framerate.

Aí é que está a beleza de uma placa de vídeo poderosa: simplesmente colocar tudo no ultra para rodar em Full HD sem engasgos é uma delícia! Mesmo com minha pouca experiência de vida como “PC Master Race“, já sei que ficar ajustando filtros e shaders é um saco, e poder setar tudo no máximo sem medo de ser feliz é uma satisfação e tanto!

O vídeo abaixo não é nosso, mas compara The Witcher 3 em diversas configurações, com filtros ligados e desligados, e serve para dar uma ideia de como o visual do jogo muda com “tudo no Ultra”:

Aliás, mesmo sendo console gamer de coração, reconheço que a experiência no PC mostrou-se superior em diversos games que pude comparar — tais como The Witcher 3, Overwatch e Destiny 2. Alguns jogos que resenhei para o site recentemente  — como The Evil Within 2, Past Cure, InnerSpace e Descenders — também estavam rodando lindos no meu hardware atual.

Jamais vou me tornar um PC gamer pentelho que desmerece os consoles, mas é fato que uma máquina robusta entrega um resultado superior, até porque, como já te contei no meu review do Xbox One X, enquanto os consoles acabaram de chegar aos 6 teraflops, as placas de vídeo já passam dos 10 teraflops há um tempinho, ainda que, obviamente, uma placa de vídeo sozinha não faça milagre.

ShadowPlay, Realidade Virtual e Ansel

Quem tem placa de vídeo da NVIDIA sem dúvida conhece o app oficial da marca, o GeForce Experience. Entre outras coisas, este app possui uma interface que otimiza o trabalho de capturar imagens e vídeos, ou mesmo transmitir gameplays ao vivo.

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Alguns dos meus jogos otimizados pelo app da GeForce. Quase todos eles têm reviews aqui no site, viu? 😉

A interface também identifica os jogos “otimizáveis” do seu PC, baixando drivers e deixando cada título automaticamente na melhor configuração para que seu desempenho seja o melhor possível assim que você colocá-lo para rodar, independente se ele roda na Steam ou no player próprio de alguma outra empresa (tipo o UPlay ou o Blizzard app).

Outro recurso interessante é o ShadowPlay: deixando este recurso ativado, o app registra pequenos clipes dos momentos épicos de suas partidas automaticamente: matou alguém em PUBG? Foi jogada da partida em Overwatch? Relaxa, o ShadowPlay guarda os replays para você compartilhar na sua rede social favorita!

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Ao upar minha máquina da 1050ti para a 1080, percebi que novas funcionalidades ficaram disponíveis: para começar, ganhei acesso ao Ansel, recurso exclusivo de captura de imagens que funciona como os “Photo Modes” que eu tanto amo, permitindo a captura de screenshots épicas com total controle da câmera, opção de aplicação de filtros, e mais. Até screenshots em 360 graus podem ser tiradas!

O que nos leva ao próximo ponto, que é a realidade virtual. O app GeForce Experience me informou que com a GTX 1080 minha máquina está apta para receber jogos em realidade virtual… recurso que eu ainda não testei, por nunca ter tido coragem para investir em um headset VR por conta do meu histórico de cinetose com certos FPS.

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Mas, realidade virtual é algo que aos poucos está se consolidando no mundo dos games, e passou da hora da Arkade entrar nessa onda, certo? Então, se os camaradas da NVIDIA resolverem deixar essa GTX 1080 com a gente, me comprometo a investir em um headset VR e trazer reviews de jogos em realidade virtual para o site! Dá uma força aí, NVIDIA! 😀

Conclusão

Mesmo com mais de 2 anos vida, a GeForce GTX 1080 continua sendo uma das melhores placas de vídeo do mercado (provavelmente só fica atrás de sua sucessora, a 1080ti, e olha lá) e consegue turbinar o desempenho mesmo de um PC que não é “da NASA”.

Além do Review Arkade: NVIDIA GeForce GTX 1080 (do ponto de vista de um gamer de console)

Este não é um brinquedo barato — só uma placa dessas é praticamente o preço de um Xbox One X –, e justamente por isso acaba não sendo algo para o PC gamer casual. O que temos aqui é um equipamento top de linha, ideal para gamers hardcore com boas máquinas e que realmente levam a jogatina a sério.

A Arkade agradece a assessoria da NVIDIA, que nos cedeu a placa para testes.

Rodrigo Pscheidt

Jornalista, baterista, gamer, trilheiro e fotógrafo digital (não necessariamente nesta ordem). Apaixonado por videogames desde os tempos do Atari 2600.

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