Análise Arkade – A divertida jornada no “estilo LucasArts” de Anna’s Quest

29 de julho de 2021
Análise Arkade - A divertida jornada no "estilo LucasArts" de Anna's Quest

O gênero point and click surgiu no final dos anos 80, se fortaleceu nos anos 90 e até hoje, conta com opções para quem curte o gênero. É interessante ver que, trinta anos depois dos clássicos da LucasArts, ainda existam estúdios dispostos a carregar a tocha do gênero.

Caso da alemã Daedalic Entertainment, estúdio que já tem em seu portfólio games como Deponia, e os games The Dark Eye. Desta vez, trouxeram para os consoles Anna’s Quest, versão de um game para Steam de 2015 que não apenas bebe, mas mergulha na fonte dos point and click.

Em Anna’s Quest você é, obviamente, Anna, uma garota que vê seu avô doente e precisa entrar em uma jornada para encontrar remédios para curá-lo. Uma bruxa, no entanto, sequestra a garota, por acreditar que ela possui poderes telecinéticos. Como a bruxa estava certa, você começa a utilizá-los para lidar com os problemas propostos pelo game.

Análise Arkade - A divertida jornada no "estilo LucasArts" de Anna's Quest

Assim, como em vários games do gênero, o gameplay te conduz para visitar vários locais para encontrar respostas de passados misteriosos, os antídotos e muitos puzzles. A história, inclusive, se mistura entre vários contos de fadas, utilizados para reforçar a ideia de jornada da jovem Anna. João e Maria, por exemplo, tem várias referências por aqui.

Se você jogava os games da LucasArts, não terá nenhuma dificuldade em jogar o game. E, graças ao seu gameplay simples, com facilidades de acessar itens, gerenciar inventários e poucos comandos de ação, o controle também não sofre tanto, dispensando um teclado e mouse. Resta então, lidar com a telecinesia da Anna, que permite mais ações, além de manipular coisas à distância.

O game, através da história, coloca Anna em uma jornada de aprendizagem e domínio de seu talento, e entrega isso ao jogador em forma de um gameplay bem camarada, e que faz deste game mais uma aventura interativa, do que um game point and click com muitos desafios.

Análise Arkade - A divertida jornada no "estilo LucasArts" de Anna's Quest

A jornada dura cerca de oito horas, ou até menos de acordo com as habilidades de cada um, com seis capítulos que se desenrolam, como já foi falado, como contos de fadas clássicos. Temos castelos, bruxas, reis e tudo o que qualquer pessoa que já ouviu qualquer conto de fadas já está bem acostumado.

A viagem é agradável aos olhos. A animação está muito boa, colorida e com detalhes bem interessantes. Não tem a mesma aura artística de um game do gênero dos anos 90, mas se inspira neles de forma positiva. Não compromete em nenhum momento, e conta com boas ilustrações em seus cenários variados.

Não espere jogar Anna’s Quest esperando um “grande retorno” do jeito LucasArts de se fazer games. Entretanto, o jogo cumpre seu objetivo de forma adequada, sendo interessante para quem sente falta de jogos do gênero e querem curtir, sem compromisso, um jogo de apontar e clicar, com alguns puzzles e uma historinha divertida.

Anna’s Quest já está disponível, além de PC, cuja versão saiu em 2015, para Playstation 4, Xbox One e Nintendo Switch.

Junior Candido

Conto a história dos videogames e da velocidade de ontem e de hoje por aqui! Siga-me em instagram.com/juniorcandido ou x.com/junior_candido

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