Análise Arkade – Ace Combat 7: Skies Unknown traz de volta seus famosos combates aéreos

23 de janeiro de 2019

Análise Arkade - Ace Combat 7: Skies Unknown traz de volta seus famosos combates aéreos

Desde 2011 nós não voávamos nos céus de Ace Combat. Sim, há o Infinity, de 2014, mas estamos falando da série oficial, aquela que nasceu nos arcades, fez história no Playstation, e sempre ofereceu games de qualidade. Ser um “Top Gun” nos videogames sempre é mais legal em um game da série.

Com o sétimo game chegando na geração atual, temos, além do visual atualizado, suporte a Realidade Virtual, no caso do Playstation 4, e as devidas melhorias para uma ação mais interessante. Será que toda essa espera valeu a pena? É o que vamos ver já!

A república contra-ataca

Análise Arkade - Ace Combat 7: Skies Unknown traz de volta seus famosos combates aéreos

O jogo nos coloca em meio a Segunda Guerra Continental Useana, no ano de 2019. No fictício mundo de Strangereal, a Federação de Osea e Reino de Erusea estão em guerra, e lutam por um farol, ocupado por eruseanos. Você é um piloto de elite das forças de Osea, que acaba sendo levado para uma prisão militar para cumprir um crime. Como punição, os soldados presos devem ir cumprir as missões mais perigosas da guerra. E esta é a sua “desculpa” para voar e atirar em aviões alheios.

Dito isto, é interessante ver que, de certa forma, o enredo acaba influenciando um pouquinho o jogo. Dá pra jogar tranquilamente todas as missões pulando todas as cutscenes, e assim não ter ideia do que se trata os combates. Entretanto, conforme o jogo avança, os diálogos vão se adaptando ao momento atual. Assim, você pode ser tratado com indiferença, raiva, ou respeito do superior que te guia pelas suas tarefas.

Não que a história seja algo relevante em um jogo Ace Combat, mas a forma que ela é apresentada, chama atenção positivamente. Podemos entender mais sobre o que está acontecendo, conhecer melhor os personagens, e até um pouco sobre o passado do continente, e os eventos que motivaram os conflitos.

Visual de hoje para um game de sempre

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Em time que ganha não se mexe, e a Bandai Namco levou ao máximo este conceito. Se você jogou qualquer Ace Combat no passado, vai se sentir em casa aqui. O gameplay é praticamente o mesmo. Receba uma missão, some pontos, faça upgrades ou compre novas aeronaves e assim vai seguindo até o fim.

As missões são bem variadas. Temos aqui as clássicas “destruam os aviões alvo”, mas também há missões de escolta, de invasão, voos stealth (usando as nuvens como sombras), e missões de destruição. Nesta última, uma pontuação é pré-definida e, dentro do tempo limite, você precisa atingir a pontuação. No começo é bem simples, mas mais pra frente, será necessário um bom planejamento, para destruir o que realmente é relevante, para garantir a pontuação adequada.

Aqui, inclusive, temos um problema. A impressão que temos na execução das missões, é a de que estamos jogando os mesmos games de PSOne nos anos 90. Nesse ponto, é algo ruim. Afinal, não há identificação nenhuma do seu objetivo principal. Na destruição, ainda há a pontuação do jogo, que te guia neste sentido, mas, especialmente as missões de escolta, vão te “presentear” com muito game over aleatório, que aparecerão na tela sem você nem saber o que aconteceu, e nem como melhorar isso.

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Mas, tirando este problema, o jogo é o mesmo de sempre. O controle é ágil, as aeronaves, são divertidas de se guiar. E os controles são adaptados para quem quer apenas curtir o game, ou pra quem quer desafio. Para os mais exigentes, há controles específicos manuais para decolagem, pouso, e reabastecimento (que podem ser pulados na configuração mais simples). Uma adição bacana nos controles são as manobras de contra-ataque. Que, bem desenvolvidas, te tira de posição de ser atacado para poder atacar. O pós-estol é bem vindo e, usado com sabedoria, dá um refresco para um gameplay, embora bom, igual aos demais jogos.

As CGs são belíssimas, e os aviões, bem detalhados. O universo do jogo predomina o mar, mas há, em algumas ocasiões, bases marítimas, pistas de pouso, e alguns acampamentos militares. Com alguns cenários em desertos ou colinas. Mas, no geral, o que predomina é o azul: do céu, e do mar. A única coisa que seguirá desagradando os mais exigentes, é que o jogo segue fantasioso. São mísseis saindo “de lugar nenhum”, mísseis que “voltam” ao estoque quando você fica sem pra atirar. E muitas “coisinhas” que continuam mantendo o jogo como um arcade, ao invés de um simulador.

Extras que agradam

Análise Arkade - Ace Combat 7: Skies Unknown traz de volta seus famosos combates aéreos

Se por um lado, não há nada de surpreendente nos extras do jogo, por outro, tudo o que ele oferece está ok. Dá pra jogar novamente as missões, a fim de conseguir pontuações maiores e notas melhores. Também é possível ver todas as CGs, caso a história tenha te agradado de alguma forma.

Mas também há o online, com alguns modos de jogo, incluindo um Battle Royal. Apesar do nome ser semelhante ao que vemos na “febre” do gênero, encabeçados por Fortnite ou PUBG (aliás, ouça o nosso ArkadeCast, falando sobre os Battle Royales), não é a mesma fórmula. É apenas um todos contra todos, no qual o jogador que mais destruir aviões na rodada, vence. Como o gameplay do jogo é divertido e bem feito, o modo ajuda a garantir mais algumas horas voando.

E, por fim, o modo VR. Exclusivo para o Playstation 4, o modo não é revolucionário. Mas vai agradar a todos que possuem o acessório do console. São três missões Single-player, um modo de voo livre, e outro para treinar acrobacias. Pelo tempo do desenvolvimento do jogo, é muito pouco, podendo, por exemplo, funcionar como um spin-off da história principal. Ou mesmo ter algum mini-game que explorasse mais seus recursos. Entretanto, o fato deste modo estar presente no jogo, e não ser vendido separadamente, mostra uma boa-fé do pessoal da Bandai Namco.

Ace combat 7: valeu a pena voar de novo

Análise Arkade - Ace Combat 7: Skies Unknown traz de volta seus famosos combates aéreos

Tudo o que mais gostamos em Ace Combat está aqui, no sétimo jogo da série principal. Gameplay simples e ágil, combates alucinantes, missões variadas e aviões diversificados. As adições, como a árvore de desenvolvimento, a nova manobra pós-estol, e seus recursos online garantirão um tempo extra para os mais aficcionados. Assim como os controles dedicados para os jogadores mais exigentes.

A Bandai Namco ficou na zona de conforto, ao trazer de volta seu game, depois de tanto tempo. Mas não, isso não é algo ruim, neste caso. É até melhor a empresa trazer o jogo de volta de uma maneira que agrade a seus fãs. Afinal, estamos falando de um game que tem um público bem específico. E seria uma má ideia tentar reinventar a roda e desagradar seus fãs de longa data.

Inclusive, o jogo, do jeito que está, abre precedentes para remakes dos jogos antigos. Sim, tem gente que não aguenta mais remakes de nada. Porém, no caso de Ace Combat, é uma série bem específica, feita para um público bem específico. Que talvez poderiam gostar bastante de revisitar as boas e velhas fases dos anos 90.

Ace Combat 7: Skies Unknown já está disponível para Playstation 4 (compre o jogo na Amazon), para Xbox One (compre o jogo na Amazon), ou para PC (compre o jogo na Nuuvem).

Junior Candido

Conto a história dos videogames e da velocidade de ontem e de hoje por aqui! Siga-me em instagram.com/juniorcandido ou x.com/junior_candido

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