Análise Arkade – Lide com o “sentimento” de edifícios em Buildings Have Feelings Too!
Se um prédio pudesse falar, o que ele falaria? Dependendo de quando foi construído, ele pode ter visto muitas coisas: a evolução das cidades, a transformação em seu bairro, ou mesmo conflitos e guerras. Os prédios e casas, com seus formatos de construção, podem contar muito sobre a história de uma cidade ou um país.
E eles podem ter sentimentos também. Pelo menos nos games. É com essa premissa que a Merge Games e a Blackstaff Games resolveram criar Buildings Have Feelings Too!, um “simulador de prédios” que colocam construções para interagir entre si, e observarmos um curioso ponto de vista de prédios, sobre o crescimento das cidades.
Tendo como base a Londres de 1900, quando a cidade vivia os novos tempos do século XXI, já com a sua Revolução Industrial consolidada. Assim, temos o controle de prédios daqueles tempos, tipicamente britânicos, que contam com desejos e sonhos. É preciso, então, deixá-los “felizes”, gerenciando o território, fazendo o local crescer de maneira ordenada e equilibrada.
Para demonstrar este elemento, os prédios “andam”, tem pernas e, como o nome do game diz, “sentimentos”. Os prédios tem sonhos, metas e até medos. Os “amigos” de tijolos que conhecemos no início do game estão preocupados, com medo de se tornarem “passado” em um mundo em constante evolução.
Você, na “pele” do Hotel Providência, tem que garantir que todos estarão felizes e sem a demolição como destino final. A partir daí, o game apresenta seu sistema de gerenciamento de cidade, sempre em scroll lateral e com um formato simples, porém completo, de gerenciamento. Dá pra caminhar pelas ruas, conversar com outros prédios, e interagir, entendendo suas necessidades.
O sistema de construção de prédios por aqui é um pouco diferente do que estaríamos acostumados em um jogo de cidades. Há proximidades entre os gêneros de prédios, permitindo que uma construção seja conectada a outra, caso seja vizinha, para que o local renda ainda melhores resultados, e faça com que o edifício “fique mais feliz”. Já parou pra pensar que um prédio poderia “ficar feliz” com o sucesso do empreendimento que o utiliza?
As mecânicas são características de um game do gênero. Um tutorial explica como se jogar, e como construir prédios, além de gerenciá-los da melhor forma possível. Lembrando, claro, que as conexões entre construções é fundamental para o seu sucesso. E, como estamos falando de “prédios sentimentais”, eles contam com um medidor de felicidade. Quanto mais felizes, mais podemos explorá-los, fazendo upgrades.
O oposto, no caso, é o mal gerenciamento, que faz com que o prédio fique “triste”, sem poder expandir. Se o prédio ficar muito tempo “triste”, o empreendimento vai à falência e o jogador poderá começar de novo, com outro projeto, ou terá que demolir a construção. Tudo o que você já viu, várias vezes, em The Sims. Ou, mais recentemente, Two Point Hospital.
Buildings Have Feelings Too! é um interessante game para os fãs do gênero, que trazem, ao invés de pessoas, prédios. E colocar sentimentos nos edifícios se mostrou uma boa ideia. Pois podemos sentir, de certa forma, como um determinado local entrega muito mais do que abrigo e oportunidades. O game mostra um momento específico da vida no Reino Unido, porém poderia ser facilmente interpretado por grandes centros de vários países, em várias épocas.
Tem um visual divertido, mecânicas de simples assimilação e coloca o jogador para pensar em como deixar não só os prédios felizes, como também toda uma cidade. Buildings Have Feelings Too! já está disponível, para Playstation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC.