Análise Arkade: Encare difíceis desafios com muita esquiva, neon e lasers em DESYNC
Curte o neon, sintetizadores e as cores clássicas dos anos 80? Gosta de desafios absurdamente difíceis e de FPS com jogabilidade frenética? Confira nossa análise de DESYNC, novo game da Adult Swim Games que possui tudo isso e muito mais para oferecer!
O Game
DESYNC é um FPS com elementos de RPG que pode ser caracterizado como um shooter de Arena, estilo de game onde o que importa é a ultrapassar desafios contínuos por diferentes fases, onde permanecer vivo é objetivo-final.
O que difere DESYNC dos demais games deste estilo é a ambientação. No game, a história é deixada de lado para dar mais destaque à apresentação visual: Temos aqui uma homenagem aos mundos cibernéticos (a lá Tron) inspirados nos anos 80. O game é repleto de neon, cores vibrantes e formas geométricas, acompanhados sempre de muitos sons característicos e de músicas com muito sintetizador, o instrumento característico da época.
Veja o estiloso trailer:
https://www.youtube.com/watch?v=qPhY2OS8_yU
Jogabilidade
O objetivo do game é simples: Passar por estágios compostos por 5 áreas diferentes e sobreviver a todos. Para isso, o jogador conta com armas no braço direito (sendo essas pistolas, metralhadores, bazookas, todas muito estilosas), clicando com o botão esquerdo do mouse para tiro comum e com o botão direito para usar a skill da arma (tiro mais forte, criar armadilha, etc) e habilidades especiais com o braço esquerdo, que poderão ser ativadas com o botão Q (envolvendo escudo, equipar arma temporariamente, etc). Além disso, é possível obter habilidades especiais a serem utilizadas com o botão F do teclado, como poder de cura. Todas as armas e habilidades poderão ser evoluídas em painéis encontrados na área principal do game, antes de selecionar o estágio a jogar, e custam pontos obtidos por derrotar inimigos.
O game necessita muito da esquiva e pulos (ativados pelas teclas shift e barra de espaço, respectivamente), pois os inimigos são implacáveis e vem de todas as direções nas fases. Entretanto, para apoiar o jogador, existem diversas armadilhas espalhadas nos cenários, por onde você poderá empurrar ou emboscar seus inimigos para passarem por elas e serem destruídos. Espinhos saindo pelas paredes, chão e teto, assim como machados gigantes, serras circulares e buracos sem fim estão entre as armadilhas disponíveis.
Inimigos, inimigos e INIMIGOS
DESYNC é definitivamente um dos games mais difíceis que já joguei, e olha que eu tenho muito apreço por games difíceis. A questão aqui é especialmente em relação aos inimigos, pois os minions comuns não são tão complicados de matar, apesar de possuírem diferentes níveis de dificuldade: Os normais possuem cores comuns, suas versões mais reforçadas possuem uma coloração vermelha por cima da cor original e sua versão mais porrada ainda (apelidada de infernal) possui uma armadura completamente dourada. Seus ataques e movimentos são relativamente simples, mas quando se agrupam em grande quantidade, o game começa a apresentar alguns problemas: Não podemos utilizar nada de combate corpo-a-corpo, o que significa morte certa quando ficamos encurralados.
O game permite ao jogador reiniciar o estágio atual após morrer, mesmo que isso impacte no ranking do final da fase, mas permite um fluxo contínuo no desafio. A questão mais complicada no game são os chefes. Eu demorei muito tempo para passar do primeiro boss, mas quando descobri que ele possuía uma segunda forma ainda mais difícil, rápida e poderosa que a primeira, não consegui avançar. Sim, DESYNC é um game MUITO difícil, que poderia ser muito melhor jogado com um controle, coisa que o game não possui suporte.
Audiovisual
DESYNC é um game com um estilo gráfico muito interessante. A mistura que um mundo retrocibernético apresenta é muito divertida, com glitches e um estilo com aquele velho filtro de VHS. Os inimigos possuem um design bem criativo e ameaçador, com diferentes cores e tamanhos, um mais (desgraçado) perigoso que o outro. As suas animações também são bem-feitas, e o game não é pesado de forma alguma, rodando fluido mesmo em máquinas menos potentes.
O ponto alto vai para a trilha-sonora marcada pela época, que apresenta músicas repletas de efeitos dos anos 80 (sintetizadores, sim, muito!), verdadeiramente empolgantes, que embalam o gameplay como um todo, animando o jogador (que, frustrado, vai precisar ser animado mesmo) enquanto (tenta) derrotar hordas e hordas de robôs malignos.
Conclusão
DESYNC é um game divertido, frustrante e empolgante que promete horas e hordas de diversão regadas à esquivas, mortes, tiroteios, mortes, upgrades, mais mortes e muitos inimigos para serem destruídos. O game ainda conta com aspectos que tentam aprofundar o gameplay, mas que este mesmo não permite funcionar corretamente. Por exemplo, existe um sistema de killstreaks, onde diferentes formas de execução são feitas para ganhar maiores pontuações, mas, uma vez que as armadilhas no game não funcionam tão bem, essas formas diferentes de executar os inimigos não são tão bem exploradas. Além disso, é possível também competir contra outros jogadores em leaderboards globais, mas não é algo incentivado pelo game.
No final, DESYNC é um shooter difícil, rápido, divertido, frustrante e estiloso, não feito para todos os jogadores, especialmente os menos insistentes e que querem um game ‘para relaxar’. A não ser que seu conceito de ‘relaxar’ seja aquele Dark Souls básico (morrendo over and over again), mas aí fica a critério de cada um.
DESYNC está disponível para PCS via Steam.