Análise Arkade: revisitando Dragon’s Dogma Dark Arisen na geração atual

7 de outubro de 2017

Análise Arkade: revisitando Dragon's Dogma Dark Arisen na geração atual

A Capcom trouxe para a nova geração seu elogiado action RPG de fantasia: Dragon’s Dogma Dark Arisen continua bem legal, e a gente vai te contar o que achamos do game!

Um RPG de fantasia diferente

Dragon’s Dogma Dark Arisen traz todo o conteúdo lançado para o game da geração passada — que teve sua versão vanilla lançada em 2012 e, no ano seguinte, recebeu um relançamento/expansão intitulado Dark Arisen, que trazia novos conteúdos e recursos, como um bem-vindo sistema de fast travels.

A história de Dragon’s Dogma gira em torno do Arisen — aka o seu personagem –, cujo vilarejo foi “visitado” por um terrível dragão que deixou um rastro de sangue e destruição. Antes de partir, o dragão toca o peito do seu herói, arranca-lhe o coração do peito e o come bem ali, na sua frente.

Análise Arkade: revisitando Dragon's Dogma Dark Arisen na geração atual

Em situações normais, se um dragão arrancasse seu coração para comer você estaria morto. Mas no universo de Dragon’s Dogma, você renasce como um Arisen, e sua missão é caçar o dragão, recuperar seu coração… e de quebra salvar o mundo, pois o surgimento de um dragão indica que o fim dele (o mundo) está próximo.

Recrutando aliados

Ainda que sua história envolva diversos elementos clichês típicos de fantasia, o gameplay de Dragon’s Dogma sempre foi bom o bastante para sustentar o jogo. Há diversas vocações disponíveis — Arqueiro, Guerreiro, Mago, etc. –, e cada uma delas têm suas próprias habilidades e equipamentos.

Análise Arkade: revisitando Dragon's Dogma Dark Arisen na geração atual

Na hora da pancadaria, Dragon’s Dogma se comporta quase como um hack ‘n slash, com botões de ataque forte e fraco, bem como esquivas, magias e projéteis. Isso sem falar na possibilidade de escalarmos os inimigos muito grandes, para acertar partes específicas e deixá-los debilitados. Ok, Shadow of the Colossus já tinha feito isso antes, mas aqui isso é algo opcional, mas que pode ser muito útil, especialmente contra criaturas aladas.

Além de tudo isso, Dragon’s Dogma também implementou um interessante sistema de Paws, que são basicamente ajudantes controlados pela IA que formam a sua party, e podem receber comandos simples para ajudá-lo tanto ofensivamente quanto como suporte. Conforme evoluem, seus Paws podem intercambiar perks e habilidades, o que aumenta o poder do grupo como um todo.

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Você terá vários Paws à sua disposição no decorrer do jogo, mas pode criar um deles que é “de estimação” e — agora vem o mais legal –, ele pode ser “emprestado” para outros jogadores online para ajudá-los em seus próprios jogos. Além de adquirir experiência e loot, seu Pawn também acumula conhecimento sobre as criaturas derrotados nos jogos dos outros, ficando mais hábil para derrotá-las no seu próprio jogo e lhe dar conselhos úteis. É aquele tipo de recurso tão legal que não dá para entender porque não é utilizado em outros jogos.

Análise Arkade: revisitando Dragon's Dogma Dark Arisen na geração atual

Isso tudo torna Dragon’s Dogma um jogo muito dinâmico, com batalhas intensas e divertidas, nas quais há sempre muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. Por mais que a gente tenha uma tendência de não confiar muito na IA, a que temos aqui está bem acima da média (mesmo para os dias atuais), de modo que você realmente sente que faz parte de um time, e não só que está carregando seus companions inúteis nas costas.

Audiovisual

Por se tratar de um remaster, não é justo esperar que Dragon’s Dogma bata de frente com um The Witcher 3, por exemplo. Porém, o game também não faz feio, e recebeu um considerável upgrade audiovisual, com texturas melhoradas e efeitos dinâmicos de iluminação que tornam aquele mundo ainda mais vívido. Bordas menos serrilhadas, campo de visão mais amplo… há uma série de pequenas melhorias que tornam o jogo muito mais agradável aos olhos.

https://youtu.be/G10U6UP7oHM

O framerate não está nos sonhados 60fpps, mas felizmente roda de forma muito mais suave, o que torna a experiência mais  fluida. O fato de ter todo o conteúdo previamente lançado torna esta a versão definitiva do game para quem é jogador de console.

O único aspecto que deixa a desejar (novamente) é a falta de suporte ao nosso idioma. Não é o primeiro remaster da Capcom que demonstra uma certa preguiça em aprimorar a experiência do jogador, mas, fazer o que, né? O jogo está 100% em inglês, e é o que tem pra hoje.

Conclusão

Dragon’s Dogma Dark Arisen já era um ótimo jogo na geração passada, e continua sendo um ótimo jogo na geração atual. A Capcom não é lá muito inspirada com seus remasters– é basicamente o mesmo jogo, sem novos conteúdos, nem nada do tipo –, mas felizmente os jogos remasterizados são bons o bastante para se sustentar.

Análise Arkade: revisitando Dragon's Dogma Dark Arisen na geração atual

Quem curte RPGs de fantasia sabe que poucas coisas são mais satisfatórias do que caçar dragões, orcs, qiuimeras e outros monstros. Dragon’s Dogma oferece tudo isso, acompanhado de um gameplay extremamente frenético e divertido, e um sistema de Paws tão legal que deveria ser utilizado em mais jogos.

Originalmente lançado em 2013, Dragon’s Dogma Dark Arisen chegou ao Playstation 4 e ao Xbox One no dia 3 de outubro de 2017. O game está 100% em inglês.

Rodrigo Pscheidt

Jornalista, baterista, gamer, trilheiro e fotógrafo digital (não necessariamente nesta ordem). Apaixonado por videogames desde os tempos do Atari 2600.

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