Análise Arkade: A emocionante conclusão de Tales from the Borderlands – The Vault of the Traveler (S1-E5)

23 de outubro de 2015

Análise Arkade: A emocionante conclusão de Tales from the Borderlands – The Vault of the Traveler (S1-E5)

Finalmente chegamos ao ponto culminante da excitante história de Fiona e Rhys. Confira a nossa análise do quinto, e último, episódio da primeira temporada de Tales from the Borderlands!

O conciso e direto Escape Plan Bravo iniciou o que seria a grande missão de Tales from the Borderlands, envolvendo Handsome Jack, o Vault, Gortys e claro, os nossos intrépidos protagonistas, Rhys e Fiona. Agora que vivenciamos o prólogo da história com o quarto episódio, é hora de concluir a primeira temporada deste hilário e emocionante conto produzido pela Telltale Games, em parceria com a Gearbox Software.

Mas antes, está dado o aviso de spoilers porque iremos discutir os elementos narrativos dos episódios passados. Não será nada revelador, mas ainda é recomendável que você tenha jogado até o quarto episódio. E já que estamos aqui, confira o que achamos do restante da temporada:

Episódio 1: Zer0 Sum

Episódio 2: Atlas Mugged

Episódio 3: Catch a Ride

Episódio 4: Escape Plan Bravo

Análise Arkade: A emocionante conclusão de Tales from the Borderlands – The Vault of the Traveler (S1-E5)

ROTA DE COLISÃO

A última vez que vimos os nossos protagonistas em Escape Plan Bravo, um estava ponderando o controle total de Helios ao lado de seu parceiro virtual, Handsome Jack, e a outra estava em grandes apuros tentando fugir de todos os inimigos que estavam procurando sua equipe na estação espacial. Assim The Vault of the Traveler se divide em duas partes, finalizando a missão da nossa equipe tática em Helios, e logo depois em Pandora, onde continuamos a história até chegar no momento atual em que Rhys e Fiona estão sendo levados como reféns pelo misterioso ser encapuzado.

E é nesta transição — entre o passado que está sendo contado por Rhys e Fiona, e o presente e além — que vemos a genialidade de Tales from the Borderlands, movendo a história e mudando o clima para um progresso mais tenso e dramático.

Olhando para trás, é impressionante ver como o progresso foi gradativo, aumentando a qualidade do roteiro e mostrando um crescimento de cada personagem que acompanhamos nesta temporada. Situações se tornaram mais urgentes, personagens importantes se tornaram pilares na estrutura da história e o resultado disso foi um golpe direto na forma que os nossos protagonistas agem nos momentos mais cruciais do quinto episódio.

Análise Arkade: A emocionante conclusão de Tales from the Borderlands – The Vault of the Traveler (S1-E5)

Para complementar nós temos o contraste de personagens secundários que deram vida durante a temporada, especialmente Gortys, funcionando como um alivio cômico no decorrer dos episódios até chegar em momentos mais dramáticos em The Vault of the Traveler.

O comportamento infantil e otimista de Gortys, além do excelente trabalho de dublagem da Ashley Johnson, contrasta toda a desolação e opressão vista no universo de Borderlands. Os momentos que Gortys aparece no episódio é recheado emoção, nos fazendo se importar com a personagem mais para a frente, onde ela se torna um dos mais importantes, se não o mais importante ponto do enredo como um todo. Outro personagem que merece admiração e elogios é o Loader Bot, que mesmo não aparecendo tanto quanto os outros, se alia rapidamente a Gortys para formar uma dupla cativante e que complementa as ações do elenco de Tales from the Borderlands.

Análise Arkade: A emocionante conclusão de Tales from the Borderlands – The Vault of the Traveler (S1-E5)

O RESULTADO APÓS UMA LONGA JORNADA

Desta forma ambos personagens mostram uma faceta mais complexa no último episódio, além de servirem como uma abertura para que Rhys e Fiona possam ter seus momentos mais emocionantes, relacionados as suas respectivas ambições mostradas no decorrer da temporada.

Rhys e Handsome Jack representam a própria luta interna que Rhys tem para se tornar o próximo líder da Hyperion, organização que possui uma péssima reputação graças ao seu último chefe que tomou a empresa para si e se tornou o grande ditador de Pandora. Este conflito traz momentos filosóficos entre Rhys e Jack ao se ponderarem sobre a forma de liderar a organização, com Rhys tentando procurar um meio termo, pensamento que só conseguiu desenvolver por causa de sua estadia em Pandora na companhia de Fiona e Sasha.

Fiona entra na transição para se tornar uma caçadora de vaults enquanto ela percebe que é necessário deixar certas lembranças de lado, especialmente a de traição e ódio que ela tem com seu antigo mentor.

Análise Arkade: A emocionante conclusão de Tales from the Borderlands – The Vault of the Traveler (S1-E5)

Em retrospecto acredito que Rhys se desenvolveu um pouco mais que Fiona como um personagem, mas isso só aconteceu porque Fiona estava ali ao seu lado para mudar a visão corporativista e egoísta que Rhys tinha da vida. Por outro lado, Fiona se torna um personagem mais interessante justamente por protagonizar e agir nas cenas de ação, onde ela brilha mais e mostra que é bastante capaz de se virar e ser a caçadora de vaults que ela tanto quer ser ao lado da cativante, e badass, irmã.

Assim temos uma contraposição e entre os dois protagonistas, onde Rhys é interessante pelo seu progresso do passado para o presente, enquanto Fiona é interessante pelo seu caminho trilhado no presente para o futuro. Ambos se complementando e dando vida à excelência que é Tales from the Borderlands.

THE FINAL COUNTDOWN

Análise Arkade: A emocionante conclusão de Tales from the Borderlands – The Vault of the Traveler (S1-E5)

Os momentos finais de Tales from the Borderlands revelam mais da surpreendente alta qualidade do roteiro e das cenas de ação, finalizando com um clímax inesperado atrás do outro. Além de um ótimo uso das escolhas que o jogador realizou nos episódios, que assim como The Wolf Among Us, é um resultado das escolhas mais importantes que estão relacionadas aos personagens que encontramos durante o jogo.

Após isso temos a grande luta, servindo como chave de ouro para a temporada. É igualmente excitante, surpreendente, hilária e cheia de adrenalina, elevando a forma que a Telltale Games lida com cenas de ação para um novo patamar, tanto visualmente quanto mecanicamente graças ao uso de uma sequência de QTEs para representar as ações mais complexas na hora dos ataques.

Não vou entrar em mais detalhes porque a luta final, assim como o plot twist e várias outras cenas do quinto episódio, são melhores presenciadas pela primeira vez e com a mínima informação possível, mas devo dizer que Tales from the Borderlands traz uma qualidade inigualável em comparação aos outros jogos da Telltale Games.

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CONCLUSÃO

Após cinco episódios e mais de vinte horas com Rhys e Fiona vivendo em Pandora, eu vejo que Tales from the Borderlands é um dos melhores jogos já desenvolvidos pela Telltale Games, estando ao lado da primeira temporada de The Walking Dead e de The Wolf Among Us, dois jogos que mantenho em um pedestal e que os uso como exemplos bem-sucedidos desta nova leva de jogos interativos.

Tales from the Borderlands é excelente em todos os níveis e é uma experiência que não só complementa a história de Borderlands, mas expande o universo para que tenhamos uma segunda temporada ou que possa servir como um gancho para Borderlands 3. No entanto, o mais impressionante é que a Telltale Games conseguiu trazer um jogo satisfatório para os fãs e aos novatos da série que possuem o mínimo de interesse neste universo, abrindo portas para a consolidada franquia da Gearbox Software.

No fim Tales from the Borderlands é um exemplo de como jogos de aventura conseguem trazer experiências marcantes e verdadeiramente emocionantes do começo ao fim, sendo um jogo que conseguiu elevar o padrão atual do gênero para um nível inimaginável em um jogo satisfatório, hilário, e extremamente divertido do começo ao fim.

Tales from the Borderlands – Episode 5: The Vault of the Traveler está disponível para PC, Xbox One, Xbox 360, PS4, PS3 e nos dispositivos móveis iOS e Android.

Henrique Gonçalves

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