Análise Arkade Especial E3 2014: a belíssima história de amor de Entwined (PS4)
Na noite de segunda-feira, a conferência da Sony na E3 deu destaque a vários jogos indies. Uma das surpresas da noite foi Entwined, exclusivo do Playstation 4 que a gente já jogou e te conta mais na sequência!
O que o diferenciou Entwined das outras dezenas de jogos anunciados? Simples: ele já estava disponível para download assim que foi anunciado! E a gente não perdeu tempo, já jogou e te conta tudo sobre o jogo!
Baseada numa lenda chinesa, a história de Entwined é simples: um peixe e um pássaro estão apaixonados um pelo outro, mas nunca poderão ficar juntos (por razões óbvias).
O que se destaca já de cara é o belíssimo visual do game. Não bastasse o desenho estilizado e meio abstrato, Entwined é um festival de cores e luzes vibrantes. Cada fase — chamada aqui de “vida” — conta com um visual único, mas sempre bastante colorido e psicodélico.A impressão que fica é que os designers da novata Pixelopus estavam sob o efeito de “alguma coisa” quando desenvolveram o jogo.
Seja o que forque eles usaram, o resultado surpreende: o jogo é lindo e seu belo visual é acompanhado por músicas bem interessantes, que começam sutis mas ganham força conforme o jogador progride e acompanham bem o ritmo do jogo.
A jogabilidade é extremamente simples, embora seja necessário um tempinho de adaptação. A tela é dividida em duas metades, com o peixe à esquerda e o pássaro à direita. Você controla os dois simultaneamente — cada um usando o analógico correspondente — e deve guiá-los de modo que eles passem por “botões” e coletem joias coloridas.
A cada acerto, o jogador vai preenchendo uma barra na parte superior. Quando a barra de ambos é preenchida, ao toque combinado nos botões R1 e L1, ambos os protagonistas ficam “conectados” entre si: os acertos agora são para que o peixe e o pássaro possam ficar juntos, com os símbolos de cada um se aproximando no topo da tela.
Ao concluir essa etapa, o jogador deve novamente pressionar R1 e L1 para fundir os animais numa espécie de fênix esverdeada. É um mecanismo similar ao de jogos musicais, como Guitar Hero e Rock Band, onde acertos lhe rendem melhorias e possibilitam que você avance de fase (a música inclusive “quebra” quando você erra, tal qual GH e RB).
Quando no formato de fênix, o jogo muda de perspectiva e o jogador tem um amplo cenário para voar (e contemplar o lindo trabalho da Pixelopus). São fases estilizadas que mudam a cada “vida”: uma hora é um parque de diversões, na próxima é uma cidade grande, na outra é um deserto e assim por diante.
Na forma da fênix, um analógico controla a altura e outro a direção do seu voo. O jogador deve coletar pequenas esferas coloridas para preencher uma barra especial que, quando completa, libera o jogador para desenhar no ar o que quiser com uma bela trilha de luz, criando um caminho que o levará para a “vida” seguinte.
Infelizmente, nem tudo é um mar de rosas para Entwined. Em nossos testes, diversas vezes a imagem do jogo congela por um tempo, enquanto o som continua rolando. O problema não é do sistema, pois é possível acessar o menu principal do PS4 com o jogo travado. Parece coisa pequena e até é, mas chega a irritar, principalmente quando se está perto de formar a fênix. Por não variar muito a jogabilidade, Entwined pode ser um pouco cansativo, mas nada que prejudique o jogador a concluir este curto game (são apenas nove fases).
Em suma, a beleza de Entwined lembra um pouco outro exclusivo da Sony, o indie Flower, mas com uma pitada do psicodélico Child of Eden. O jogo se destaca por sua qualidade técnica, com gráficos e som impecáveis, mas peca pelos congelamentos espontâneos e a jogabilidade pouco criativa.
Pelo valor (R$ 20,99 na PSN brasileira), no entanto, vale a pena conferir esse belo trabalho da Pixelopus, especialmente se você tem uma queda por games com apelo artístico e/ou psicodélico e uma pegada zen.
Veja abaixo o trailer do jogo:
Entwined foi lançado exclusivamente para o Playstation 4 nesta segunda-feira, 09/06.