Análise Arkade: Faça parkour nas alturas no divertido Welkin Road
Imagine um game que misture Mirror’s Edge e Spider-Man em um mundo geométrico, minimalista e muito divertido. Isso não é magia, é tecnologia é a realidade de Welkin Road, game super divertido que testamos.
Primeiramente, dá uma olhada nesse trailer, e se já rolar motion sickness pense bem antes de adquirir o game:
https://www.youtube.com/watch?v=_qMh8hCSpTg
Ok, aos que passaram desta primeira etapa (e os interessados no texto também), vamos ao review de Welkin Road:
Mundo minimalista
Welkin Road é um game da empresa Nkidu Games, empresa que desde 2013 vem lançando jogos pequenos e independentes. O game (pelo menos em Early Access) não possui história – e parece que vai continuar sem -, e o minimalismo é o conceito que predomina nos ambientes, sons e dinâmicas e jogabilidade, mas não necessariamente na complexidade dos puzzles (o que é muito bom). Trata-se de um game de puzzle em primeira pessoa que une parkour e uma dinâmica similar ao uso de teias do homem-aranha.
Espera, você vai entender!
Iniciando e…corre!
A versão que testamos em Early Access possui 11 estágios para serem selecionados independentemente (e pelo visto surgirão mais ainda). No primeiro estágio conseguimos ver que o personagem principal (e único) possui duas luvas incandescentes e habilidades de parkour para atingir um simples objetivos nos diferentes e geométricos estágios: chegar até um pilar de luz.
Sim, a premissa é bem simples, mas chegar até lá é outra história (morri tanto quanto ou mais que Dark Souls).
Surgindo em meio a um mundo cheio de construções sem janelas, portas, escadas ou qualquer coisa que caracterize um prédio (na verdade parecem blocos gigantes de concreto), você avista ao longe um pilar de luz.
Tá vendo aquele pilar de luz? É ele que a gente quer! Ele tá olhando pra gente, pilar de luz descendente!
Então, para chegar até ele, você deve pular, equilibrar-se, correr pelas paredes e pendurar-se em esferas que estão flutuando pelo cenário utilizando as luvas brilhantes que emitem feixes de luz que parecem as teias do homem-aranha (só que de luz). A precisão dos movimentos, o timing, a velocidade e o raciocínio necessário para atingir os objetivos são o destaque do game.
Gráficos
O game possui gráficos simples e minimalistas. As telas e menus utilizam poucas cores, mas dão um toque elegante e personalizado para cada diferente estágio do game. As animações são básicas e funcionam bem, acompanhando os movimentos do jogador. No ‘chão’ das fases nuvens passam de forma sutil e dão um toque de sonho para o cenário. O game possui bons efeitos de sombra e luz, mas nada que chame muita atenção (minimalista, lembra?).
Jogabilidade
O game inicia com uma jogabilidade simples, e vai ganhando complexidade de forma gradual e muito inteligente.
Inicialmente o wasd clássico controla o personagem, com a barra de espaço sendo utilizada para pular, shift para correr, ctrl para cair de forma precisa, alt para caminhar (bom para os precipícios) e o clique esquerdo do mouse para lançar ou soltar o feixe de luz da mão esquerda, funcionando da mesma forma com o botão direito para a mão direita.
O game mostra dicas em cada área nova, pressionando a tecla F1 para abrir a mensagem com o comando novo.
A complexidade vai aumentando, e em cada estágio as esferas mudam de cor (e o cenário em si também, mas não importa), trazendo novas funções: As vermelhas são simples, as verdes mudam o ambiente, as azuis expiram depois de um tempo, etc.
O gameplay vai ficando mais intenso, pois é necessário um timing perfeito para cair na ponta das plataformas. O balançar dos feixes de luz (ou cipós, teias, pode chamar como quiser) é um pouco complicado e a velocidade que você pega com ele não é tão clara e intuitiva, o que pode render algum tempo aprendendo a sensibilidade dos movimentos.
A contagem de vidas inexiste, te dando a oportunidade de retornar para um checkpoint na última parte acessada do cenário, te levando ao mais recente passo do quebra-cabeças que você morreu (ainda bem, porque voltar ao início da fase é muita tristeza).
Sons
Os sons são simples demais. Uma música agradável acompanha o gameplay, um som de vento, alguns barulhos com o lançamento dos feixes de luz, nada demais. Mas vou te dizer: Você vai estar tão compenetrado e tenso de pular de alturas absurdas para cair naquela pontinha do outro lado do cenário que nem vai prestar atenção nos sons.
Provavelmente os sons que você mais vai ouvir são seus xingamentos por ter errado um movimento e ter caído no nada.
Conclusão
Se você gosta de um bom desafio para seus reflexos com teclado-mouse, horas e horas de diversão (mesmo que isso signifique ficar um bom tempo em uma fase), nenhum medo de altura (brincadeira, mas não é legal para quem tem motion sickness, aviso novamente) e adora um estilo minimalista, este game vai te trazer um bom tempo brincando de Spider-man nas alturas.
O game está com um preço bem satisfatório na Steam, e mais e mais recursos foram anunciadas para os próximos updates como um modo multiplayer, o que deve ser bem interessante (se der para empurrar o amiguinho), aumentando o fator replay do game.