Análise Arkade: Heavy Bullets mistura visual psicodélico, suspense e muita cor
Quando você pensa em jogos de suspense, logo vêm à sua mente cenários sombrios, monstros, zumbis e outras coisas do tipo, certo? Não neste caso, pois o que você vai ver agora é uma proposta diferente. Conheça Heavy Bullets, jogo indie feito por Terri Vellmann que traz sim alguns sustos mas em um visual extremamente colorido e psicodélico.
No jogo, um esquema bem simples e conhecido da galera: você é um explorador de cenários em 3D com uma arma na mão – chamam isso de FPS – que tem que atirar nas criaturas que aparecem no seu caminho. Como todo bom jogo do gênero da década de 1990, como Doom ou Quake, portas precisam ser abertas e até um sistema de compras que lembra muito o de Bioshock: Infinite está presente.
O visual, como citado, é bem diferente: saem os cenários escuros e entram os polígonos estourados ao extremo – que lembram os primeiros jogos para o Windows 95 – com muita cor, muita mesmo. A própria tela de introdução do jogo é a cara deste tipo de jogo antigo, bem simples e com cores fortes contrastando com o fundo preto. O som também: quem jogou Wolfenstein 3D sem placa de som ouvindo apenas os “bips” da placa mãe vai abrir um sorriso enorme ao jogar este game.
Os itens podem ser comprados ou coletados dos inimigos destruídos, desde os mais básicos – e escassos – como recuperação de energia ou munição, até itens como uma espécie de “imã” de coleta de munição. E além das armas de fogo, também temos granadas que explodem polígonos pela tela (mantenha-se longe delas para não explodir junto). Prefira, ao invés disso, coletar o dinheiro deixado pelos inimigos para comprar itens úteis.
O seu personagem evolui ao longo do game. Essa evolução vem tanto de você quando domina melhor os controles – um tanto limitados, talvez por se inspirar nos FPS’s mais antigos – quanto do atirador do jogo, que a cada nível pode ganhar novos recursos e habilidades.
Heavy Bullets vai agradar especialmente os jogadores de shooters de DOS e Windows 95. Os gráficos mais estourados e a certa limitação na exploração e jogabilidade vão agradar este tipo de jogador. As evoluções e ideias inseridas nele dão conta do recado mas não são revolucionárias. Jogadores mais novos podem até se decepcionar, por não verem no título coisas que está acostumado a ver em seus Call of Duty, mas se derem uma chance, vão poder se divertir bastante.
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* Jogo testado em um Macbook 2.26 GHz Intel Core 2 Due com 4GB de RAM