Análise Arkade: Ion Fury é uma bela homenagem aos FPS clássicos
Ion Fury é um game que passou por muitas tretas antes mesmo de ser lançado. Com direito a disputa judicial e renomeamento para que pudesse ser lançado. Mas enfim o game está prestes a ser lançado! Então venha com a gente conferir nossa análise completa desse FPS retrô!
Contextualizando a treta com a banda Iron Maiden
Ano passado, a 3D Realms anunciou Ion Maiden, um novo FPS que prestava homenagens a clássicos como Doom, Duke Nukem, Shadow Warrior e etc. Até aí tudo corria bem, e permaneceu na traquilidade por um bom tempo.
Mas em maio deste ano, as coisas mudaram completamente, pois a banda de heavy metal britânica Iron Maiden resolveu processar a 3D Realms por causa do game. E não era um processo pequeno, mas sim um envolvendo 2 milhões de dólares de indenização!
A banda acusou a 3D Realms de tentar lucrar cima da banda com o nome semelhante e até mesmo por outros motivos um tanto estranhos, como o nome da protagonista ser muito parecido com o do baixista Steve Harris e até mesmo por fãs terem comentado na internet que “só falta a trilha sonora de Iron Maiden nesse jogo”.
No fim, o pessoal do Iron Maiden venceu a briga na justiça, e para evitar mais dores de cabeça, a 3D Realms renomeou o game para Ion Fury e seguiu com sua produção!
Um exército de uma mulher só
Ion Fury se passa num futuro próximo, na cidade de Neo D.C., uma imensa metrópole afundada em crime e violência. E a única pessoa que impede essa cidade de colapsar é a capitã Shelly “Bombshell” Harrison, a policial mais badass da cidade.
E sozinha ela entra na guerra contra um enorme grupo terrorista de soldados ciborgues e perigosos robôs que ameaçam destruir toda a cidade e espalhar o terror por todos os seus cantos.
Munida de várias armas devastadoras, Shelly encara sozinha todo o exército terrorista, com direito a muita violência, sarcasmo, explosões e sangue pixelado sendo espirrado para todos os lados!
Uma excelente homenagem aos clássicos dos FPS
Ion Fury é uma verdadeira homenagem aos clássicos do gênero FPS, em especial Doom e Duke Nukem. O game é um típico FPS de ação rápida, cenários imensos e labirínticos e um belo visual poligonal com personagens feitos em sprites 2D.
Seu gameplay é simples e funcional, como qualquer FPS deve ser. WASD para movimentação, mouse para mirar e atirar, números e roda do mouse para trocar de arma e alguns outros botões de ação simples, como abrir o mapa com Tab, interagir com E, usar itens de cura com M e etc.
Ion Fury possui um gameplay bem rápido, com movimentação muito acelerada, muitos inimigos e tiros em tela (dependendo do nível de dificuldade que você jogar) e como nos clássicos, cheios de segredos escondidos pelos mapas.
O game progride em diferentes zonas, cada uma dividida em três partes. Não há qualquer pausa entre as partes, assim que você chegar ao final de uma (marcada por um símbolo de caveira), a próxima parte já se inicia automaticamente. E na zona final o jogador enfrenta um poderoso chefão, que pode ser algum inimigo ultra poderoso, como naves de combate ou robôs gigantes, ou então hordas imensas de inimigos.
O jogo oferece muita ação ao estilo dos games de antigamente, então se prepare para muito desafio e afine sua atenção para encontrar o caminho, que muitas vezes é um pouco difícil de achar por conta dos cenários labirínticos, mas basta um pouco de atenção que isso não será um problema.
Audiovisual
Como já mencionado, o visual do game é 100% retrô, com mapas 3D construídos com polígonos e inimigos formados por sprites 2D. E o game consegue criar belos cenários com um visual autenticamente antiquado.
O game conta com muita destruição, cenários explodindo, paredes que podem ser derrubadas com tiros, mesas, cadeiras, computadores e objetos sendo obliterados nos tiroteios e é claro, inimigos sendo transformados em carne moída com parafusos ao serem atacados.
Apesar de ter sido construído com um visual retrô, Ion Fury não deixa a desejar. O game não parece feio ou datado. Pelo contrário, ele tem um visual muito bem feito, unindo o estilo antigo com as tecnologias atuais, com cenários bem construídos e sprites 2D cheios de detalhes.
A trilha sonora do game é puro metal e rock. E não poderia haver trilha sonora melhor para um game nesse estilo. São poucos os momentos de silêncio no game, e quando eles ocorrem, são indicativos que vem perigo grande pela frente.
Os sons ambientes e de inimigos foram muito bem feitos, o jogador consegue saber se há inimigos próximos apenas pelos sons, mesmo por trás de paredes ou portas. Sem contar nos sons de tiros, com diversos sons para cada tipo de arma, tanto para o jogador quanto para os inimigos.
E por fim, temos o ótimo trabalho na voz de Shelly, que a todo momento solta algum comentário sarcástico ou xingamento apropriado a situação em que está. Quando você mata algum inimigo de alguma forma bem criativa, sendo explodindo-o, dando um headshot difícil e etc, ela comemorará a morte fazendo algum comentário engraçado. Ou quando ela é atacada, em que ela começa a xingar os inimigos de todos os nomes possíveis.
Conclusão
Ion Fury é um game excelente para quem quer um pouco de nostalgia e bastante desafio. Oferecendo muitas missões, uma aventura de longa duração, muito tiroteio e muita violência no estilo retrô.
Se você nunca teve contato com os primórdios do gênero FPS, Ion Fury é um bom ponto de partida! Basta que você se acostume com a alta velocidade de movimentação e com os cenários labirínticos que você estará pronto!
Ion Fury chega amanhã, dia 15 de agosto, exclusivamente para PCs.