Análise Arkade: Marvel’s Spider-Man Silver Lining (DLC) encerra de forma satisfatória a “trilogia”
No finzinho do ano passado, a Insomniac Games lançou Silver Lining, último episódio da “trilogia” de DLCs planejada para seu mega sucesso Marvel’s Spider-Man. E o episódio sem dúvida encerra de maneira satisfatória a história mafiosa iniciada em outubro, confira nossas impressões.
O desfecho da trilogia
O primeiro episódio da trilogia The City that Never Sleeps foi todo focado na Gata Negra, e em sua misteriosa relação com o chefão da máfia Hammerhead. No segundo episódio, o próprio vilão roubou os holofotes, e acompanhamos parte da treta entre ele e a detetive Yuri Watanabe.
Neste terceiro episódio, quem brilha é Silver Sable, personagem que já havia sido introduzida na campanha principal do game. Hammerhead está roubando equipamentos e armas de sua empresa — a Sable International — para aumentar seu poder, e isso é algo que ela simplesmente não está disposta a deixar quieto.
Assim, a mercenária retorna à cidade, e ainda que meio à contra gosto, une forças com o Aranha para colocar um fim nos planos do vilão. Somado a isso, temos um punhado de missões secundárias que envolvem Symkaria — o país de origem fictício da personagem — e mais uma dose da missões da “streamer” Wreckingball.
Enfrentando o crime (ao lado da Silver Sable)
Se comparado aos capítulos anteriores, este é o mais “direto ao ponto”: ficamos no controle do Aranha praticamente o tempo todo, sem missões envolvendo a Mary Jane ou o Spider Bot. O máximo que rola é uma mini-missão de stealth onde controlamos Peter Parker sem uniforme.
Novamente, não há nenhum grande avanço em termos de gameplay, pois estamos basicamente revisitando um universo já muito bem estabelecido. Ou seja, iremos nos dependurar pelos telhados, surrar mafiosos usando punhos, teias e gadgets, evitando crimes ou desarmando bombas aqui e ali.
O que temos de novidade são algumas missões ao lado da Silver Sable, que fogem um pouco do básico ao nos colocar para perseguir seu jato pela cidade, ou mesmo no QG “secreto” da personagem, onde iremos ajudá-la a calibrar uma arma que será essencial contra a nov versão quase cibernética do Hammerhead.
E, claro, com o terceiro episódio chega uma nova trinca de uniformes para o herói, com destaque para o traje inspirado no visual que veremos na animação Homem-Aranha no Aranhaverso, que chega na semana que vem aos nossos cinemas.
Conclusão
No geral, achei a “trilogia” The City That Never Sleeps um pouco inconstante em termos narrativos: no primeiro episódio temos a Gata Negra, depois ela praticamente desaparece. No segundo acompanhamos o drama da Yuri, e aqui ela também sai de cena. São personagens importantes que ganharam espaço em cada episódio individualmente, mas que ficaram mal aproveitadas dentro do conjunto da trilogia.
Apesar disso, a história de ascensão e queda do Hammerhead é bacana, e ainda que o personagem tenha virado uma aberração cibernética um tanto bizarra, esta mudança é coerente com o arco narrativo apresentado n o decorrer dos 3 episódios. E, sem dar spoilers, mas o “pós-créditos” traz uma cena simplesmente maravilhosa de Peter Parker e Miles Morales, que consegue deixar a gente pilhado pelo que a Insomniac Games está planejando para o futuro do game — ou de uma possível série.
Se nem isso lhe convenceu, saiba que Silver Lining pelo menos ainda é uma boa desculpa para revisitarmos este que foi um dos melhores jogos de 2018. Não sei se o jogo vai receber outros DLCs este ano, mas torço para que sim, simplesmente porque quero ter mais motivos para retornar a este universo, me balançar por Manhattan e surrar uns malfeitores.
Já que está por aqui, aproveite e leia nossa análise de Marvel’s Spider-Man, do primeiro DLC, The Heist e do segundo DLC, Turf Wars. Não deixe de conferir também nossa lista com 8 fatos, curiosidades e easter eggs legais sobre o game, e a matéria especial sobre o game em nossa lista de Melhores do Ano.