Análise Arkade – Revisitando Shadow Moses em Metal Gear Solid na MGS Master Collection Vol. 1

2 de novembro de 2023
Análise Arkade - Revisitando Shadow Moses em Metal Gear Solid na MGS Master Collection Vol. 1

Metal Gear Solid é um dos meus games favoritos da vida. Lá em 1998, era impressionante não apenas o visual, como também sua história (que fui entender melhor muitos anos depois), e até a criatividade de se enfrentar chefes, ou formas variadas de resolver as questões propostas pelo mapa, como pegar carona em caixas, ou “driblar” lobos ferozes fazendo um deles urinar nesta mesma caixa.

Felizmente, o game sempre foi um tanto acessível, ao menos para quem teve consoles da Sony. O jogo de PS1 era compatível com o PS2, recebeu uma versão “Classic” no PS3 e PSP e também vinha com o PS Classic, aquele PlayStation Mini. Ainda contou com uma versão para PC e o remake de GameCube. Mas, agora, com a Master Collection, o game desembarca no universo Xbox, e também chega ao Nintendo Switch.

Análise Arkade - Revisitando Shadow Moses em Metal Gear Solid na MGS Master Collection Vol. 1

Mas o que a Konami trouxe em relação ao game, em sua coletânea? Bom, já te respondo: nada de novo. Você terá acesso ao, literalmente, mesmo game de 1998. Não que isso seja ruim, afinal estamos falando de um dos melhores games de todos os tempos. Mas esqueça melhorias gráficas, por menores que sejam, ou legendas em nosso idioma. O que você jogou no passado, seguirá jogando por aqui.

A história clássica da invasão em Shadow Moses, com Snake vivendo uma aventura com muitas (mas muitas mesmo!) reviravoltas, e descobrindo que sua missão era “muito maior” do que achava, além de se ver envolvido em algo infinitamente maior do que apenas “salvar o mundo dos vilões”, continua atual e interessante. Além do gameplay, que ainda dá aula de como explorar os recursos de um videogame, e respeitar a inteligência do jogador, propondo maneiras variadas para resolver os problemas entregues na base.

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Não que eu estivesse esperando nada, porém o PS5, por exemplo, traz alguma pequena opção de melhoria para os jogos do primeiro PlayStation, e imaginei que teria algo do tipo em Metal Gear Solid. Infelizmente, não tem. O máximo que você terá acesso, nesta coletânea, é em relação a mudança de wallpaper para cobrir a proporção da tela, ou colocar a janela de jogo para a esquerda, manter centralizada ou deixá-la a direita.

Eu estava esperando, também, que o jogo trouxesse mudanças pontuais, para ajudar o jogador em elementos-chave, feitos para os tempos do PSOne. O Codec de Meryl, por exemplo, não é acessível pelo game, com a famosa dica de “olhar na capa do CD”. Bom, as edições físicas da coletânea seguiram a “tradição” e o Codec da Meryl está lá, como a mesma pista de 1998. Mas e quem comprou digital? E que está jogando o game pela primeira vez? Eu sei o Codec dela de cor, que é 140.15, para quem estiver procurando, mas não faria nenhum mal deixar algo in game para ajudar quem nunca jogou e quer conhecê-lo, sem recorrer ao Google.

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A “dica” também está nas galerias de imagens das lojas virtuais

Outra questão interessante envolve Psycho Mantis. É possível, na coletânea, acessar as configurações e manter o esquema de jogar com “o controle 2”, mas, ao menos no PS5, a configuração é confusa. Pois o Start é o botão de Opções e a tela de toque ativa o Codec, como o Select fazia. Para acessar as configurações, é preciso apertar o botão PlayStation, ativar o menu do console e voltar ao game para acessar as configurações que permitem tal mudança. Enfim, o game conta com questões bem particulares que poderiam ter uma atenção diferente aqui na coletânea.

Quanto aos “games”, temos quatro versões do clássico: Metal Gear Solid, o original de 1998, em sua versão dos EUA; o VR Missions, lançado nos EUA em 1999, apenas com as missões em VR; Metal Gear Solid Special Missions, lançado apenas na Europa e também com as missões em realidade virtual, também em 1999; e o Metal Gear Solid Integral, a “Versão Definitiva” que incluiu novos modos de dificuldade, além de trazer alguns ajustes e o VR Missions embutido, sendo lançado no Japão. Senti falta da versão de PC, que ajudaria até na questão gráfica. Mas sabe-se lá o motivo, não está presente.

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Isso ajuda na questão das legendas, já que o game vem em várias regiões, incluindo inglês, japonês, italiano, espanhol e mais. Porém esqueça o português, que não foi incluído nem nos menus da coletânea.

Além disso o jogo também oferece o Master Book, com muitas informações do game e do universo de Metal Gear Solid como um todo, e o Screenplay Book, com todas as falas do game. Informações e conteúdo bem legais, para os fãs da franquia.

Ver Metal Gear Solid de volta, é claro que é uma coisa muito bacana. Afinal, mais pessoas poderão ter acesso ou relembrar um game que considero um dos melhores já feitos. Entretanto, alguns pequenos ajustes no visual, e pequenos ajustes em momentos-chave do jogo seriam maisdo que bem-vindos. Não digo em facilitar o game, que realmente exige do jogador atenção e inteligência para saber onde ir e o que fazer, mas sim em apenas ajustar (ou dar dicas, se o jogador precisar) de como achar o Codec de Meryl, ou como trocar de controle para enfrentar Psycho Mantis.

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O fã, que sabe tudo de cor, vai poder curtir toda a tensão em Shadow Moses de novo, porém pessoas que poderiam se interessar pelo rico universo de Metal Gear através deste game terão que jogar com o Google do lado. Ou a lendária Gamers Book do game, esta sim uma boa companheira para curtir a aventura.

Trata-se de um caso de um game extremamente excelente, mas que não traz nenhuma melhoria, nem visual e nem técnica, em dias que tais tratamentos, por mínimos que fossem, seriam muito bem-vindos. No fim, vale pela preservação, e pela diversão que jogar as versões do game e suas VR Missions.

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Metal Gear Solid, um clássico do PlayStation e PC, agora já está disponível na Metal Gear Solid: Master Collection Vol. 1, para consoles PlayStation, consoles Xbox, Nintendo Switch e PC.

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Junior Candido

Conto a história dos videogames e da velocidade de ontem e de hoje por aqui! Siga-me em instagram.com/juniorcandido ou x.com/junior_candido

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