Análise Arkade: Hora do tiroteio móvel em Modern Combat 5: Blackout
A Gameloft atualizou sua franquia de tiroteio móvel e tentou inserir algumas novidades. Será que vale a pena atirar nos outros enquanto espera o metrô esvaziar? Vamos conferir juntos em mais uma análise.
Vamos lá: se você está aqui é porque gosta de atirar nas pessoas, pelo menos nos videogames (pois de verdade dá cadeia e todos aqueles problemas que queremos evitar, certo?). E nos celulares e tablets, a referência sempre foi o Modern Combat da Gameloft, que mesmo bebendo muito da fonte de Call of Duty entrega material competente para a sua sede por tiroteios mesmo quando está longe de seu console ou PC.
No quinto jogo, a desenvolvedora tentou trazer algumas mudanças para a série, tanto no visual quanto em sua mecânica. Controlar os soldados é a mesma coisa de sempre, mas agora a gente se atrapalha ao “passar a faca” nos pescoços alheios, já que o ícone só aparece quando estamos perto demais do “infeliz” e o botão de correr que sumiu. Sem mencionar a assistência de mira que neste caso, piorou.
O interessante é que finalmente a Gameloft entendeu que jogador de plataforma móvel pode não ter tanto tempo assim para jogar uma missão. Então as “cansativas” missões de 20 ou 30 minutos foram resumidas por missões bem mais simples e diretas. O tempo de jogo continua o mesmo, apenas as missões que foram fragmentadas e distribuídas por um mapa que te dá a liberdade de escolher a missão que quiser de acordo com seu progresso.
E muito das coisas “boas” de jogos casuais foram implementados para uma experiência mais agradável: as três estrelas “Angry Birds” para as tarefas realizadas estão nas missões curtas e a customização de personagens e armas também estão lá, pra quando você quer ter contato com o jogo mas não está muito a fim de jogar pra valer. O multiplayer também cumpre o combinado e oferece vários modos e jogadores para a diversão se sustentar pelas salas de combate.
O lado ruim do online? É que assim como Homem-Aranha 2, o jogo exige que você fique online o tempo todo. Mesma coisa: não vai dar pra jogar Modern Combat 5 na fazenda do seu tio no fim de semana. Mas como aconteceu com o jogo que mencionei, mais tarde veio uma atualização que retirou essa obrigatoriedade e esperamos que o mesmo aconteça por aqui.
O visual é bonito sim, mas duas ressalvas precisam ser feitas. Primeiro: jogamos Modern Combat 4 e nos surpreendemos com a evolução gráfica do jogo, mas na sua quinta versão, embora melhor, o tal impacto prometido não acontece. Isso não é nada ruim, apenas estamos colocando os pés no chão. Talvez pela limitação dos aparelhos de hoje — mesmo os mais potentes — essa evolução ainda não pode acontecer.
Segundo: se você tem um aparelho compatível, mas de configuração inferior (como um iPad 2 ou um Galaxy S3, por exemplo), vários efeitos serão desligados e o jogo continua interessante, mas não vai rodar em sua plenitude. Sem mencionar algumas travadinhas aqui e ali que acontecerão (mas que não comprometem de maneira séria o jogo, só enchem o saco). Pelo menos o desempenho do jogo supera o do Homem Aranha 2 que analisamos em outra oportunidade.
O som, é o que você gosta: barulho de tiro, trilha tensa e GO! GO! GOOO!!! É o arroz com feijão feito de maneira competente e que ajuda a entrar no clima.
Modern Combat 5 conta aquela história clichê de sempre: o soldado Phoenix trabalha em um exército particular e descobre que seu patrão trabalha com terroristas, partindo daí o “dever moral” de acabar com a organização do “mal”. Isso não é ruim, é apenas a desculpa que nos dão para sair atirando por aí, igual Call of Duty, igual Battlefield. E você gosta disso que a eu sei!
O que podemos dizer é o seguinte: Modern Combat 5 não é uma evolução e sim uma atualização da franquia. Atualização competente, aliás. Suas ideias novas acertam na questão de deixar o jogo mais casual e erram quando querem fazer o jogo ser mais impressionante. De qualquer forma, tem campanha, modo online e visual suficiente para agradar qualquer fã de jogos de tiro e que gostam de matar uns aos outros em telas de celulares e tablets.