Análise Arkade: Mortal Kombat X é o ápice da pancadaria sangrenta
Um dos games mais esperados do ano, Mortal Kombat X vinha sendo cercado de expectativa pelos fãs, que esperavam uma continuação para o bem sucedido nono capítulo da franquia, o reboot Mortal Kombat, de 2011. Será que ele conseguiu se sair tão bem quanto seu antecessor? “GET OVER HERE” e leia nossa análise!
O Mortal Kombat de 2011 reiniciou a franquia de todas as maneiras, mas para um bem maior. Além de ter sido o primeiro jogo da série com o selo Netherrealm, novo estúdio da Warner encabeçado por Ed Boon, ele também foi o primeiro a voltar às origens sangrentas do início da série.
Trazendo novamente a jogabilidade 2D mas com o visual tridimensional de primeira da Unreal Engine, o reboot deixou de lado praticamente tudo o que não foi bem recebido nos episódios menos queridos da série — Deadly Alliance, Deception e Armageddon — para se focar no que importa: a pancadaria e a história dos personagens “klássicos” e mais queridos.
Aliado a isso, tivemos um robusto modo história — herança do também controverso Mortal Kombat vs. DC Universe — que recontou a história da trilogia “klássica” de maneira exemplar, e foi sem dúvida uma das melhores coisas do jogo. Somado a isso, tivemos uma jogabilidade refinada e um novo patamar de brutalidade — alcançado com x-ray attacks e fatalities mais viscerais do que nunca — e violência que, juntos, transformaram Mortal Kombat em um clássico instantâneo, que colocou a franquia de volta nos eixos e consolidou-se como um dos melhores jogos de luta da geração passada.
Agora em 2015, coube a Mortal Kombat X manter o nível de seu antecessor. E este é um desafio e tanto pois ele tinha a responsabilidade de ser bom especialmente em seu modo História, que deveria dar continuidade ao ótimo enredo anterior e ainda nos apresentar toda uma leva de novos “kombatentes“, em uma trama que se passa ao longo de mais de 20 anos.
Então sem mais delongas, vamos ao que interessa!
A História
A partir do anúncio de Mortal Kombat X, praticamente tudo do game foi apresentado antes de seu lançamento, desde seu elenco até o início da História. Levando isso em consideração, vimos a apresentação de novos personagens — muitos deles descendentes de guerreiros famosos — ao lado de velhos conhecidos que retornaram ao Mortal Kombat X, que agora não é mais um simples torneio, mas sim uma grande guerra entre reinos e divindades que buscam mais poder.
A história de Mortal Kombat X tem uma premissa simples: com Shao Kahn derrotado, muitos almejam ocupar seu trono, e uma guerra interdimensional se inicia. Para defender a terra, um novo grupo de Special Forces liderado por Cassie Cage — estreante que é filha de Johnny Cage e Sonya Blade — recebe a missão de encontrar o amuleto em que Shinnok foi aprisionado.
Porém, isso não será tão fácil pois Quan Chi e seu esquadrão de espectros também estão atrás do amuleto, e o próprio Shinnok, mesmo exilado no Netherrealm, mexe seus pauzinhos para conseguir o que quer. Em paralelo a isso, Kotal Kahn (outro estreante) assume o trono de Outworld, o que desagrada Mileena, auto-proclamada sucessora de Shao Khan que acredita que este posto deveria ser seu. Novamente o amuleto de Shinnok está no centro de tudo, e Raiden e seus novos aliados precisarão forjar novas alianças e unir forças para manter a paz.
O enredo é relativamente interessante e seu estilo cinematográfico — herança de Injusce: God Among Us — consegue prender a atenção do jogador. Porém, alguns furos no roteiro e flashbacks meio abruptos geram certa confusão.
O maior problema, porém, é que a história não consegue ser tão boa quanto a do jogo de 2011. Ela até tenta, mas em muitos casos o desenrolar da trama parece mera desculpa para vermos novatos interagindo com veteranos e todo mundo caindo na porrada. Outro ponto a ser levado em consideração é o ritmo bem mais acelerado: se em 2011 tivemos 16 capítulos, agora temos apenas 12, o que torna tudo um pouco corrido demais.
Faltou um pouco de cuidado na hora de construir relações: a relação de Sonya Blade e Johnny Cage, por exemplo (que já estão divorciados quando o jogo começa) é tratada de maneira extremamente rasa. O mesmo vale Jacqui Briggs, filha de outro veterano que é uma das “mocinhas” mas não recebe muita atenção. O arco de Scorpion, por sua vez, reimagina as origens do ninja de maneira competente, mas não possui a a profundidade que o personagem merece. O jogo anterior se preocupou um pouco mais com o alicerce da trama, aqui tudo parece meio “jogado“.
No mais, o modo História sem dúvida é capaz de entreter o jogador por algumas horas, entregando doses comedidas de nostalgia e apresentando de maneira competente a maioria dos novos rostos. Novamente, acompanhamos a trama do ponto de vista de vários personagens (cada capítulo jogamos com um diferente) e agora temos alguns quick time events no meio das cutscenes, então nada de largar o controle enquanto assiste!
Os Novos Kombatentes
Os personagens novos se dividem entre os mocinhos do Earthrealm e os vilões de Outworld, e todos foram muito bem encaixados no enredo. Ao contrário de “antigos novos” personagens da franquia, que eram caricatos, cópias de outros personagens e desprovidos de qualquer importância — ou alguém aí se importa com Jarek, Dairou, Mokap e Hsu Hao? –; os novos kombatentes têm suas próprias personalidades, golpes e poderes únicos, ainda que em muitos casos eles carreguem o legado de seus pais ou mestres.
Cassie Cage é um bom exemplo: seus equipamentos e habilidades misturam um pouco dos golpes de seus pais, mas não soam necessariamente como meras cópias, fica a impressão de algo que foi “herdado“. Isso sem contar que ela tem um imenso destaque na trama, sendo uma das peças chave do jogo e liderando as Special Forces.
Completando o time, temos Takeda, filho de Kenshi que foi treinado por Scorpion, que possui uma espécie de chicote que lembra o gancho do ninja Shirai Ryu e é outro com herança genética e de aprendizagem; Jacqui Briggs, que não perdeu os braços como seu pai Jax, mas possui manoplas biônicas e um estilo de combate muito mais acelerado. Por último, mas não menos importante, temos Kung Jin, primo de Kung Lao que é o primeiro personagem gay de Mortal Kombat, carrega um arco-e-flecha e possui alguns dos golpes mais legais do jogo.
Do lado do mal, também temos muita variedade: escórias já conhecidas como Ermac e Reptile agora têm a companhia da imprevisível rainha dos insetos D’Vorah e da esquisitíssima dupla Ferra/Torr — duas criaturas que lutam em conjunto.
Ainda há o pistoleiro badass Erron Black — dono de um dos x-ray attacks mais legais do jogo — que usa pistolas e espingardas e, liderando a nova trupe de malfeitores temos Kotal Kahn, pseudo-divindade que possui um visual imponente e possui óbvias influências do povo Asteca (e até lembra um pouquinho o bom e velho Ogre de Tekken 3).
Os Veteranos
Se os personagens novos colocam banca e tentam ser a cara dessa nova geração de lutadores, os antigos não deixam por menos: envelhecidos ou simplesmente ressuscitados através de magia negra, muitos guerreiros klássicos estão de voltra. Porém, a ausência de alguns nomes importantes — ou o mal aproveitamento de alguns deles — acaba deixando um gostinho amargo na boca dos gamers old school.
O destaque aqui fica no novo viés da relação entre os ícones da franquia, Scorpion e Sub-Zero. Representantes de clãs diferentes, os ninjas estão muito mais relevantes agora; ambos são muito mais do que apenas ninjas a serviço de alguém, e sua eterna rivalidade é reapresentada de uma nova maneira, o que sem dúvida deve abrir novas possibilidades de roteiro para jogos futuros.
O mesmo acontece com outros veteranos, como os divorciados Johnny Cage e Sonya Blade — no que pode ser considerado como uma verdadeira homenagem de Ed Boon ao filme de 1995 — o recém aposentado Jax Briggs e também Kenshi e Raiden, que retornam mais velhos, mais experientes e com sua devida importância na trama do game.
O jogo também manda bem trazendo seus vilões clássicos em versões ainda mais cruéis, como Kano Reptile e Ermac, que estão sempre vendendo seus serviços para quem pagar mais. Kung Lao, Liu Kang, Kitana, e alguns outros estão de volta graças à feitiçaria maligna de Quan Chi, que está a serviço de Shinnok, vilão que, infelizmente, não possui o mesmo carisma de Shao Kahn.
Outras aparições durante o modo história ainda deixam um gostinho de nostalgia: Fujin, Li Mei, Bo’ Rai Cho, Frost, Rain, Kabal, Baraka e vários outros aparecem durante as cutscenes que desenvolvem o modo História, mas são somente coadjuvantes. Será que eles voltarão algum dia de forma jogável? Sabemos que no PC isso já é possível na mão grande, mas e oficialmente, quando poderemos jogar com eles de novo?
Modos de jogo e fator replay
O que faz Mortal Kombat X ser tão único e coloca-o à frente de outros jogos de luta contemporâneos com certeza é o seu modo História. Como já dito anteriormente, ele entretém o jogador por algumas horas, mesmo que passemos vários minutos vendo cutscenes ou cumprindo quick times events e minigames parecidos com os de Injustice, em que você pode receber dano e começar a próxima luta com menos vida.
Além deste carro-chefe, porém, temos aqui um apanhado de modos klássicos e novidades que vão manter os fãs de uma boa pancadaria entretidos por muito tempo. O primeiro exemplo disso são as Torres, que estão de volta muito mais variadas.
Temos a Torre Klássica (e uma variante dela) que corresponde ao modo arcade do jogo — onde cada personagem possui um final e ganha uma skin alternativa –, que chega acompanhada de Torres de Test Your Might — minigame clássico da franquia — e Test Your Luck, que te coloca em lutas onde modificadores malucos influenciam diretamente a luta e até fazem alusão à personagens que ficaram de fora, como Cyrax e Sektor.
Ainda há duas Torres de batalhas infinitas para quem gosta de desafios de sobrevivência extremos e Desafios de Torres, onde você deve cumprir objetivos específicos para ganhar pontos e pode então desafiar seus amigos a ultrapassar ser score. Para completar, temos as Torres Vivas, que trazem desafios variados diários e semanais aos mais afoitos.
A Krypta também recebeu uma repaginada, e volta como um pseudo-jogo de exploração. Seu objetivo ainda é gastar suas preciosas moedas (obtidas em qualquer modo de jogo) para abrir tumbas e desbloquear muito conteúdo — entre artes conceituais, skins, músicas, curiosidades e comandos para fatalities e brutalities — mas agora você explora o (enorme) cenário em primeira pessoa, e deve inclusive coletar itens, abrir portões, se livrar de feras e resolver pequeno puzzles que envolvem elementos klássicos de Mortal Kombat.
Já o modo online ganhou muita robustez, se dividindo entre as partidas clássicas, o novo King of The Hill e uma nova funcionalidade chamada Facções, em que você se alia à uma facção já no início do jogo e ganha pontos para ela lutando e cumprindo objetivos variados. Com isso chega um novo tipo de finalização, o Faction Kill, que garante mais pontos para essa guerrinha global de facções que é renovada semanalmente. E falando em finalizações, o modo online traz ainda o já famoso Quitality, que é uma espécie de castigo para aquele oponente mais nervoso que sai no meio da partida quando está perdendo. Ponto para a Netherrealm pela criatividade ao lidar com esse problema.
Jogabilidade e Fatalities variados
Se tinha em algo que Mortal Kombat X dificilmente erraria a mão, era sua jogabilidade. Pegando o já ótimo esquema do capítulo anterior e agregando elementos de Injustice temos aqui algo que é novo, mas familiar, um gameplay refinado que traz o melhor que a Netherrealm já fez. Em termos de gameplay, Mortal Kombat X é a franquia em seu melhor momento, desde que trocou os atores reais por polígonos.
Os golpes e combos mantém uma precisão muito alta — é bem verdade que os direcionais digitais de PS4 e Xbox One ajudam muito nisso, e são muito mais recomendados que os analógicos –, mas é fato que até novatos conseguem se adaptar, ainda que os players mais experientes sem dúvida tirarão o melhor proveito de um sistema de comandos que se mantém sólido, mas apresenta nuances em sua maioria positivas.
Um diferencial interessante que volta reformulado são os estilos de cada lutador. Cada personagem possui 3 variações que possuem diferenças sutis, mas fundamentais, pois concedem certas habilidades novas em detrimento de outras. Scorpion, por exemplo, pode conjurar um aliado demoníaco em seu modo Infernal, enquanto no estilo Ninjutsu, ele ganhas ataques exclusivos para suas espadas, e no modo Fogo do Inferno ele ganha golpes especiais potencializados por suas chamas.
Veja bem, todos estes três Scorpions possuem o arpão de sempre e o teleporte de sempre, mas as nuances que cada estilo de luta agregam ao personagem mudam bastante sua dinâmica de combate. E isso acontece com todos os 25 personagens selecionáveis que temos até o momento (contando com o Goro), ou seja, as possibilidades de variação são bem grandes.
Os Fatalities retornam de forma magistral, levando a violência ao extremos. Tudo está mais sangrento e visceral desta vez, com muito mais cérebros e tripas expostas. Um dos destaques é o já memorável Fatality do Ermac em que ele extrai os orgãos internos do oponente da pior maneira possível (gif abaixo), mas Kano, Mileena e até Cassie Cage possuem finalizações bem sangrentas. Entre fatalities criativos (alguns até demais) e outros mais tradicionais, não faltam decapitações, desmembramentos e vísceras espalhadas ao final de cada kombate.
Além das finalizações tradicionais e das já mencionadas Faction Kills, ainda temos o “retorno” dos Brutalities, que em nada se parecem com as sequências alucinantes de socos e chutes que terminavam com o oponente explodindo na década de 90.
Agora, um Brutality é uma finalização específica que requer ações bem específicas para funcionar — como terminar uma partida com mais de 50% de vida ou terminar a luta com determinado golpe especial –, de modo que o último golpe é potencializado para vermos a cabeça do oponente indo pelos ares, seu tórax explodindo ou varado por um projétil. Os novos Brutalities não possuem o mesmo charme de outrora, mas são fáceis de fazer, e podem ser uma maneira diferenciada (e humilhante) de finalizar uma luta.
E por falar em coisas fáceis de fazer, também neste novo capítulo temos os Easy Fatalities, que nada mais são do que “atalhos” para quem não consegue executar os comandos tradicionais dos Fatalities. Claro que esta mãozinha tem seu preço: os Easy Fatalities são consumíveis (representados por moedas vermelhas), de modo que, para usá-los você deve adquiri-los na Krypta ou comprá-los com dinheiro real.
Audiovisual
Quando seu primeiro teaser foi lançado, mostrando Scorpion enfrentando Sub-Zero em uma gélida floresta, uma qualidade gráfica absurda foi mostrada. Lógico que aquilo parecia muito fluido, muito “a frente”, bom demais para ser verdade. Claro afinal, era um trailer pré-renderizado, não uma cena de gameplay real.
O jogo não está no nível daquele trailer, mas também não faz feio. Muito pelo contrário, Mortal Kombat X possui uma qualidade absurda em seus modelos de personagens e cenários, com texturas ótimas e animações suaves e roda liso em 60 quadros por segundo também nos consoles da nova geração. A fluidez da movimentação impressiona tanto quanto os detalhes: podemos ver a textura de tecidos ensopados de sangue, ou chamuscados, e os cenários estão mais vivos do que nunca, cheios de elementos interativos (como em Injustice) e animações incríveis.
Por ser tão bonito no conjunto, certos erros saltam aos olhos e denotam uma pequena falta de polimento em alguns efeitos — mais percebidos em Fatalities de Sub-Zero e Erron Black — onde ocorrem colisões esquisitas entre partículas e corpos. Nada que comprometa o resultado final, que é de extrema qualidade, e só melhora com a ótima qualidade dos efeitos sonoros grotescos de porradas e desmembramentos.
A trilha sonora do game também é muito competente, e traz uma mistura interessante de música cinematográfica e um pouco de guitarras distorcidas, dando todo o clima pesado que Mortal Kombat precisa ter. A trilha de certos cenários — como a de Kuatan Jungle, por exemplo — se destacam por suas orquestrações elaboradas. Não toca System of a Down no jogo (só nos trailers, mesmo), mas o resultado final não decepciona.
A polêmica localização
Um dos pontos negativos de Mortal Kombat X, pelo menos para nós brasileiros, é a sua localização para o nosso idioma. Mesmo sendo louvável o comprometimento da Warner em traduzir todo o jogo par o português brasileiro, a falta de cuidado (e até de noção) do departamento de dublagem é medonha, o que evidencia ainda mais a tosca dublagem.
Abaixo você pode ver um compilado de praticamente todos os comentários que nossa querida Cassie Cage faz nas batalhas comuns do game (fora do modo História). Aproveite e repare também nas vozes e pérolas que os outros personagens soltam:
Sejamos justos: algumas vozes de personagens até que ficaram boas, como é o caso de Johnny Cage, D’Vorah e Erron Black. Porém a maioria delas não só destoa dos personagens, como é feita sem qualquer tipo de emoção ou interpretação. A coitada da Pitty encabeça essa lista por ser “a rockeira famosa” que está na capa do game (e convenhamos, sua dublagem é realmente ruim), mas Cassie Cage é só mais uma que sofre nas mãos de um departamento de dublagem que não parece nem um pouco preocupado com a qualidade final do produto.
Outro ponto que chama a atenção — negativamente — são os comentários que saem da boca dos personagens ou a maneira como alguns nomes e títulos foram adaptados. Chega a ser patético ver Cassie Cage dizer “perdeu, playboy” para o todo poderoso Shinnok (ainda que seja compreensível ver o Johnny Cage chamar a Mileena de “Raimunda“, HUE HUE BR), e ver Fatalities ganhando nomes como “Bate Gostoso” é no mínimo bizarro.
Mais do que para a inexpressiva Pitty, o puxão de orelha aqui vai para o departamento de dublagem que foi contratado pela Warner para cuidar da localização. Fica a dica, Warner: se é para fazer, faça bem feito. Do contrário, vocês só vão queimar a cara com os fãs, e essa nem é a primeira vez que isso acontece recentemente.
Os famigerados DLCs
Infelizmente, Mortal Kombat X sofre com um sistema quase obsceno de monetização, que vai desde as dezenas que já estão disponíveis para compra até moedas que podem ser compradas para desbloquear instantaneamente todo o conteúdo da Krypta e os pacotes para a realização dos Easy Fatalities.
Parece que muito conteúdo foi “cortado” para ser vendido separadamente mais tarde , como é o caso dos personagens que jogamos contra no modo história e que possuem modelos totalmente jogáveis, como Rain, Syndel, Baraka e Tanya — esta última já confirmada no pacote de novos lutadores que inclui Jason Voorhees. Saudades dos anos 90, onde realmente pagávamos e recebíamos um jogo completo no cartucho/disco…
Isso não compromete tanto a experiência como um todo, mas deixa a sensação de estarmos adquirindo algo incompleto que, logicamente, deve receber uma “Komplete Edition” no ano que vem, como já aconteceu com Mortal Kombat: Komplete Edition e mais recentemente com Injustice: Ultimate Edition. Quem embarca no trem do hype não consegue esperar, mas é fato que quem for paciente para adquirir a versão Kompleta fará um negócio melhor.
Konclusão
Mortal Kombat X é a continuação que esperávamos desta que é sem dúvida uma das maiores franquias de luta de todos os tempos. Honrando o excelente jogo de 2011, o novo título da Netherrealm eleva o patamar da franquia em termos de gameplay, e oferece toneladas de conteúdo para a alegria dos fãs.
Somando personagens interessantes, jogabilidade refinada, gráficos incríveis, animações fluidas e muito conteúdo para te manter entretido por horas e horas, Mortal Kombat X tem muito mais méritos do que pontos negativos, mesmo que alguns deles estejam bem claros (ainda que alguns sejam exclusivos da versão brasileira) e é sem dúvida o ápice da série desde que ela entrou na era poligonal.
Agora é espancar os amigos no modo online até os dedos sangrarem, enquanto esperamos pelo próximo capítulo da franquia, que tem um ótimo gancho para contar uma história ainda mais grandiosa e interessante.
Mortal Kombat X foi lançado em 14 de abril para PC, PS4 e Xbox One. Nos próximos meses, o Playstation 3 e o Xbox 360 devem receber suas conversões do game.